domingo, 28 de setembro de 2014

C.M.Olhão quer aterrar Sapal e Zonas Humidas da Ria Formosa, na Fuzeta!

Antonio Miguel Pina, aprendiz de cacique, e por enquanto ainda Presidente da CMOlhão, quer cometer mais um crime: aterrar uma vasta zona de sapal e zona húmida na  zona ribeirnha da Fuzeta desde o Parque de Campismo até à Arte Nova.

Foto retirada da página do FB de Maximilian Xavier

A pedido de Antonio Pina e dos seus acólitos, que mandam na CMOlhão (e a mamar bem o nosso dinheiro), foi feito o relatório de revisão do PDM de Olhão onde se pode ler no ponto 2.3 “Questões Estratégicas de Revisão do PDM de Olhão": “ […] A frente da ria na Fuseta é um espaço insalubre que cria um risco de saúde pública para a população da  vila […]”. E diz mais à frente que essa zona deve ser reperfilada, leia-se aterrada, também por uma questão de saúde pública.

Quem faz afirmações dessa natureza foi bem pago para isso e não sabe, ou não quer saber, o valor e a importância das zonas de sapal, como esta que querem aterrar, para a biodiversidade da Ria Formosa.
Se essa zona cheira mal é porque a CMO descarrega esgotos não tratados nessa zona da Ria.
Se esse argumento fosse válido para todas as zonas da Ria Formosa de Olhão que cheiram  mal e são insalubres, e que supostamente colocam em causa a saúde pública, precisaria o Antonio Miguel Pina de mandar aterrar toda a zona húmida desde a ETAR Poente de Olhão, na Ilha da Lebre, até à zona dos estaleiros onde fica a Praia do Pedro Zé.
Não é acabando com esta zona de sapal na Fuzeta, que até que faz parte da Rede Natura 2000 e da ZPE da Ria Formosa, que se resolve o suposto problema de saúde pública de que falam. Para resolver o problema, que há décadas devia estar resolvido, é preciso acabar com os esgotos implantados no leito da Ria Formosana zona da Arte Nova.
Para os nossos autarcas que estão preocupados com os seus negócios e o com o pagamento de favores aos amigos, apenas se fala de perigo de saúde pública quando serve os seus interesses.
O sapal e todas as zonas húmidas estão protegidos, por leis portuguesas, comunitárias e internacionais, então por que será que mais uma vez Antonio Pina e seus acólitos querem infringir a lei?
No nosso entender esse aterro está a ser “encomendado” no relatório do PDM, para tentar legalizar as construções ilegais autorizadas pela CMO, a menos de 15 m do preia mar e construidas em Domínio Público Marítimo na zona ribeirinha da Fuzeta até à zona da Arte Nova. Se este espaço for aterrado, deixará de estar ilegal. Uma forma fácil de resolver a ilegalidade, mesmo que à custa de um bem comum e que nos pertence.

Esperemos que o PNRF, a APA e a CDDR tomem conhecimento desta intenção e não pactuem com mais este crime, conforme tem sido a sua práctica ao longo destes anos.
Todos nós também devemos estar atentos e não permitir que estas medidas sigam em frente.

4 comentários:

Anónimo disse...

É só negociatas com a destruição da Fuzeta.

JLA disse...

é mesmo de ficar aterrado com esta noticia!

Rafael disse...

Era um local para um porto de abrigo ou marina, só se tinha de dragar um pouco.

Anónimo disse...

nem aterrar nem marinas pois isso é ideias de gente sem responsabilidade pela natureza aquilo é uma zona para a fauna e flora local primeiro era retirar os esgotos e fazer uma leve dragagem em alguns canais para que a agua circule ... e sabem o "segredo" para aquela zona nao ter cheiro éra alem de acabar com os esgotos era fazer uma barra como deve ser assim a agua era renovada