Antonio
Miguel Pina, aprendiz de cacique, e por enquanto ainda Presidente da
CMOlhão, quer cometer mais um crime: aterrar uma vasta zona de sapal e zona húmida
na zona ribeirnha da Fuzeta desde o Parque de Campismo até à Arte Nova.
Foto retirada da página do FB de Maximilian Xavier
A
pedido de Antonio Pina e dos seus acólitos, que mandam na CMOlhão (e a mamar
bem o nosso dinheiro), foi feito o relatório de revisão do PDM de Olhão onde se
pode ler no ponto 2.3 “Questões Estratégicas de Revisão do PDM de Olhão": “
[…] A frente da ria na Fuseta é um espaço insalubre que cria um risco de saúde
pública para a população da vila […]”. E diz mais à frente que essa zona
deve ser reperfilada, leia-se aterrada, também por uma questão de saúde
pública.
Quem
faz afirmações dessa natureza foi bem pago para isso e não sabe, ou não quer
saber, o valor e a importância das zonas de sapal, como esta que querem
aterrar, para a biodiversidade da Ria Formosa.
Se
essa zona cheira mal é porque a CMO descarrega esgotos não tratados nessa zona
da Ria.
Se
esse argumento fosse válido para todas as zonas da Ria Formosa de Olhão que
cheiram mal e são insalubres, e que supostamente colocam em causa a saúde
pública, precisaria o Antonio Miguel Pina de mandar aterrar toda a zona húmida
desde a ETAR Poente de Olhão, na Ilha da Lebre, até à zona dos estaleiros onde
fica a Praia do Pedro Zé.
Não
é acabando com esta zona de sapal na Fuzeta, que até que faz parte da Rede
Natura 2000 e da ZPE da Ria Formosa, que se resolve o suposto problema de
saúde pública de que falam. Para resolver o problema, que há décadas devia estar
resolvido, é preciso acabar com os esgotos implantados no leito da Ria Formosana zona da Arte Nova.
Para
os nossos autarcas que estão preocupados com os seus negócios e o com o
pagamento de favores aos amigos, apenas se fala de perigo de saúde pública
quando serve os seus interesses.
O
sapal e todas as zonas húmidas estão protegidos, por leis portuguesas, comunitárias
e internacionais, então por que será que mais uma vez Antonio Pina e seus
acólitos querem infringir a lei?
No
nosso entender esse aterro está a ser “encomendado” no relatório do PDM, para
tentar legalizar as construções ilegais autorizadas pela CMO, a menos de 15 m
do preia mar e construidas em Domínio Público Marítimo na zona ribeirinha da
Fuzeta até à zona da Arte Nova. Se este espaço for aterrado, deixará de estar ilegal.
Uma forma fácil de resolver a ilegalidade, mesmo que à custa de um bem comum e
que nos pertence.
Esperemos
que o PNRF, a APA e a CDDR tomem conhecimento desta intenção e não pactuem com
mais este crime, conforme tem sido a sua práctica ao longo destes anos.
Todos nós também devemos estar atentos e não permitir que estas medidas sigam em frente.
4 comentários:
É só negociatas com a destruição da Fuzeta.
é mesmo de ficar aterrado com esta noticia!
Era um local para um porto de abrigo ou marina, só se tinha de dragar um pouco.
nem aterrar nem marinas pois isso é ideias de gente sem responsabilidade pela natureza aquilo é uma zona para a fauna e flora local primeiro era retirar os esgotos e fazer uma leve dragagem em alguns canais para que a agua circule ... e sabem o "segredo" para aquela zona nao ter cheiro éra alem de acabar com os esgotos era fazer uma barra como deve ser assim a agua era renovada
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