Por Hugo Rodrigues
Cerca
de duas centenas de pessoas despediram-se, esta tarde, de Jorge Serra, o
pescador de Olhão que morreu num naufrágio, na passada terça-feira, na
Barra da Armona.O funeral da única vítima mortal do acidente juntou muita gente, entre familiares, amigos e colegas de profissão, na Capela do Siroco, no bairro olhanense com o mesmo nome.
Jorge Serra, nascido em 1968, tinha 46 anos, feitos a 22 de outubro de 2014, apenas cinco dias antes de morrer. Foi hoje a enterrar, no Cemitério Municipal 16 de Junho, de Olhão.
O acidente aconteceu no dia 27 de setembro, pelas 6h30, quando o malogrado mestre da embarcação de pesca local à ganchorra «Patrício» tentava fugir à forte rebentação que se fazia sentir no local do acidente, aquela hora.
Segundo a descrição do armador do barco acidentado, Jorge Serra estaria a tentar regressar a terra, por considerar que não era seguro tentar passar a rebentação, mas foi apanhado por um golpe de mar, que virou o barco. Tanto a vítima mortal como o outro tripulante do barco, que ficou ferido, tinham colete de salvação e estavam a cumprir todos os requisitos de segurança.
O acidente abalou a comunidade piscatória local, que defende que este podia ter sido evitado caso as dragagens desta barra, também conhecida pela Barra do Lavajo (ou Lavage) já tivessem sido feitas, como exigem há muitos anos. O assoreamento do canal usado pelos barcos para se fazer ao Oceano, aliado ao mau tempo, são apontados pela associação de armadores Olhãopesca como os fatores que podem explicar o acidente de Jorge Serra, um mestre experiente.
Noticia do sulinformação online
Nota do Olhão Livre:Os autores do Olhão Livre deixam as condolências à familia.
Os pescadores, e armadores ,que hoje foram solidários com a familia, devem exigir o rápido dessasoreamento da Barra do Lavajo,pois se há milhões de € para jogar casas abaixo também tem de haver dinheiro para dessasorear a barra pois dela depende a segurança e a sobrevivência dos pescadores.
1 comentário:
O que não é se diz nesta noticia é que os mesmo estavam a operar dentro da barra local onde não é permitido as ganchorras trabalhar.
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