terça-feira, 7 de outubro de 2014

OLHÃO: A BARRA GRANDE É PARA FECHAR!


Desde há muito que as entidades envolvidas na Ria Formosa decidiram o encerramento da Barra Grande ou da Armona, a coberto de acções que se diziam ser em beneficio das populações, mas eis que acabam por ter um efeito pernicioso.
Quando se iniciaram as obras de ligação das redes de águas e saneamento estava previsto que as respectivas condutas passassem por debaixo das areias. Desculpou-se a empresa detentora da obra com a perda de brocas, para não concluir o serviço, tendo a Águas do Algarve, a dona da obra, desencadeado uma acção judicial que nunca mais conhece a luz do dia e que permite à empresa continuar a participar em concursos para obras publicas desta Republica de Bananas. Mas isso é outra questão que não vem ao caso.
Em 2009, estávamos em ano de eleições autárquicas e presidia à Câmara Municipal de Faro, o socialista José Apolinário, pessoa com grandes influencias no Poder central, que temeroso de perder as eleições, como se veio a verificar, acabou por pressionar a Águas do Algarve no sentido de fazer uma obra provisória, que o que era preciso e dava votos era a ligação da agua e dos esgotos a terra.
Nesta altura, as pessoas que tinham casas nos três núcleos da Ilha da Culatra não podiam sequer pensar que os milhões gastos naquela obra de nada lhes valia, porque era suposto servirem as ditas casas.
E até hoje ficou no segredo dos deuses as razões porque se gastaram tantos milhões se as casas eram para demolir, a não ser que o governo vendilhão tenha alguma proposta que a custo de saldo lhe permita realizar algum encaixe com a concessão a privados aquilo que deveria ser de usufruto publico, o mar e a natureza.
Para encurtar, as obras "provisórias" da Águas do Algarve, acabou por ditar o assentamento das condutas de agua e saneamento no fundo da Ria e da Barra, ancoradas por maciços de betão armado.
E porque já se adivinhava o impacto que o assentamento das tubagens no leito da Barra, a Agua do Algarve logo se apressou a dizer que a Barra estava totalmente assoreada, indiciando um possível futuro fecho da Barra.
Da conjugação desta analise com o facto de o POOC ter desclassificado a Barra da Armona, e por isso ela não estar assinalada como tal, se concluí que as entidades envolvidas, mais papistas que o Papa, se decidiram por deixar que a Barra feche tornando-a impropria para a navegação.
E assim, uma obra que obrigava a que as tubagens fossem enterradas por perfuração horizontal, se passou ao assentamento no leito sem se ter aberto uma vala, porque isso obrigava a dragagens e como tal sujeito a estudos de impacto ambiental, que entretanto podiam, mas não foram feitos para uma solução definitiva. Ou seja, aquela merda provisória veio para ficar definitiva!
Grande Apolinário, uma boa bosta! 
E nesta materia, não há a mais pequena diferença entre socialistas e social-democratas. É tudo esterco!
Bem podem os lesados com o encerramento da Barra falar que as entidades publicas se estão borrifando. Portanto só lhes resta um caminho: LUTAR!
REVOLTEM-SE, PORRA!

3 comentários:

J.Luis disse...

Essa obra foi fnanciada pela União Europeia com a condição das tubagens passarem 6 metros abaixo do leito da Ria.para não haver assoreamento e para num futuro as tubangens não empatarem as dragagens necessária paraa circulação das embarcações em segurança e para necessária oxigenação das aguas.
Essa obra foi feita,pela Somague, por uma das empressas do regime de traição nacional que tem vigorado desde o 25 de Abrile que te subsidiados as campanhas eleitorias do PS e do PSD.
Uma empressa que abandona uma obra publica por incompetência ou por nãolhe dar o lucro previsto devia ser fortemente penalizada,em vez disso ,continua a ganhar obras publicas como se nada lhe tivesse acontecido.
O que as organizações de pescadores armadores e viveiristas deviam fazer era uma queixa conjunta contra o estado português,pois devido a essa obra a sua actividade é bastante afectada monetáriamente(mais gastos de gasóleo e gasolina) e ambientalmente.pela falta de oxigenaçºao da Ria e pela destruição de milhares de hectares de florestas marinhas.

Anónimo disse...

Para dar agua aos clandestinos que não pagam os devidos impostos. Nâo teria sido mais barato retiralos de Là?

Anónimo disse...

A obra, por imposição do Parque Natural da Ria Formosa, implicava a colocação das tubagens no subsolo marítimo por perfuração. Não se podia colocar as canalizações sobre a areia ou fazer um rasgo no fundo do mar. Mas depois de quase um ano a tentar perfurar o solo, a empresa francesa contratada pela Somague – que ganhou o concurso para a realização da obra – desistiu de fazer a perfuração pelas dificuldades técnicas encontradas .

"Até à conclusão da obra o saneamento tem de ser assegurado pelas autarquias", diz ainda Teresa Fernandes. Mas José Apolinário, presidente da autarquia de Faro, discorda. "Faro só entrou no sistema da Águas do Algarve com o compromisso da concretização do saneamento nas ilhas Barreira", defende. Em particular na Culatra, onde existe maior número de residentes o ano inteiro. "Considero um escândalo que agora seja exigido à Câmara que assegure o saneamento", acrescenta.

Até agora os esgotos das casas das ilhas vão para fossas e a água potável é assegurada pelo transporte de contentores, de barco, suportados pelas autarquias.

PORMENORES

OBRA MILIONÁRIA

Quase seis milhões (5808 000 euros) foi a verba pela qual foi adjudicada a obra à Somague.

ILHAS

A obra incluía as ilhas da Culatra, Farol e Armona. Só esta última está fora do Concelho de Faro,estando na área de Olhão.
ver mais aqui:http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/portugal/detalhe/saneamento-sem-prazo.html