OLHÃO: PRESIDENTE DA CÂMARA EM DUPLO OU TRIPLO CRIME!

O presidente da Câmara Municipal de Olhão faz gato-sapato da oposição até que um dia lhe tirem o tapete, isto é, a delegação de competências das quais usa e abusa.

A 2 de Abril deste ano, a oposição no seu conjunto aprovou o pedido de sindicancia À gestão camarária dos últimos dois mandatos, conforme a imagem de cima que reproduz o anexo a esse propósito, da acta nº 15.

Como se pode ver no nosso sublinhado, a sindicancia tinha o carácter de urgência, mas só foi enviada para o seu destino a 16 de Setembro passado, ou seja cinco meses e meio depois de ter sido aprovada.

Que se passou para que tal acontecesse?

É por demais óbvio que o presidente em exercício tentou a todo o custo retardar que a sindicancia se realizasse porque sabe bem dos crimes cometidos e o aval que deu a alguns deles.

Mas a vereadora do BE tanto pressionou, porque desconfiou da marosca, para ter acesso ao processo que confrontou os serviços com um pedido por escrito, o único que o presidente reconhece, sabendo que perante tal facto poderia ter que responder em Tribunal.

E como não podia deixar de ser, coagiu o Chefe de Serviços Jurídicos e Fiscalização a assumir a responsabilidade de um acto que deveria ser ele a assumir, na tentativa de esconder, evitar a realização da sindicancia.

Julgando-se mais esperto que os demais, na Assembleia Municipal da passada sexta-feira, tentou descredibilizar a vereadora do BE dizendo que ela não teria levantado o problema em sessão de Câmara, porque o teor da acta nº 36 não retrata o que nela se passou, ou seja não divulga a intervenção feita pela vereadora.

Tentando comer os outros por parvos, fez enviar à vereadora, um nova acta por correio electrónico mas não corrigindo a original. O que o presidente pretendia com esta manobra, era de que a vereadora se contentasse com a acta enviada e não levantasse mais problemas, iludindo a fiscalização popular da actividade dos vereadores.

Ontem mesmo, em nova sessão de câmara, o Chefe dos Serviços Jurídicos e Fiscalização, dá o dito por não dito e agora a responsabilidade já não é dele mas sim de uma funcionaria, sem que se saiba qual delas se trata.

Certo é que a gravidade da situação implicava desde logo procedimento disciplinar se não fosse do interesse do presidente, que os apontados como responsáveis tentam encobrir. Quando forem confrontados, certamente que não manterão a mesma posição!

Obviamente que estamos perante uma situação de coacção, e ela é susceptível de constituir crime, para omissão de documentos, provavelmente outro crime, que revela bem da forma abusiva como exerce o poder, quem sabe outro crime.

E porque não andamos nisto para branquear situações, de tudo isto daremos conhecimento aos Serviços do Ministério Publico para investigar o triplo crime presidencial.

REVOLTEM-SE, PORRA!