As demolições na Ria Formosa devem ser encaradas no contexto das perspectivas criadas para o desenvolvimento da zona, porque são apenas uma das muitas decisões que conduziram o País e a região à situação de fome e miséria.
É no o empobrecimento das populações, na falta de rendimentos, que os governos socialistas e social democratas encontram os argumentos para, por via legislativa, alterarem o modo de vida das comunidades da Ria Formosa.
A destruição da industria conserveira, através de subsídios para abandonar a actividade.
Quotas de pesca, por forma a permitir que espanhóis, franceses e italianos possam pescar na nossa costa aquilo que a nós não é permitido.
A falta de fiscalização no mar que permite aos espanhóis apanharem bivalves que os pescadores portugueses estão proibidos.
O abate da frota de Marrocos.
Licenças de arrasto para espanhóis apanharem os crustáceos e outras espécies, quando se aplicam quotas aos portugueses.
A desclassificação das zonas de produção de bivalves sem analises que ajudem a fundamentar a decisão.
O fim das concessões de viveiros marcado para Junho próximo.
A importação de bivalves que são vendidos como se fossem apanhados na Ria.
A interdição da presença humana em zonas de produção de bivalves determinada por planos de ordenamento.
Esgotos directos e ETAR com funcionamento deficiente como causa indirecta da morte dos bivalves.
As demolições sem suporte ambiental e com aplicação de dualidades de critérios da legislação.
Estamos pois perante uma clara conjugação de decisões politicas que vão determinar que as comunidades residentes na área da Ria Formosa sejam afastadas do seu habitat natural para em seu lugar imporem a presença de elementos estranhos.
Num contexto destes seria essencial a união de todas as forças, de todos os que vivem de e na Ria para combater o actual e todos os outros governos que entendem por via legislativa alterar o modo de vida das pessoas, condenando-as à fome e miséria.
Mesmo para aqueles que não têm qualquer relação com o mar, torna-se importante criar as condições para que os outros possam desenvolver a sua actividade, criando riqueza que será redestribuida. O comercio local, que vive a balões de oxigénio precisa que as pessoas tenham rendimentos para poderem frequentar as lojas, os cafés e outros.
Assistir impávido e sereno às demolições, à desclassificação das zonas de produção de bivalves, à poluição da Ria e às quotas de pesca, sem tomar uma posição contra elas, é o mesmo que estar a hipotecar o futuro de todos, seremos um Povo a abater!
Se querem ter fome cruzem os braços e limitem-se a observar!
LUTEM! SEM LUTA NÃO HÁ VITORIA!
REVOLTEM-SE, PORRA!
3 comentários:
falta 6 meses para o final da licença do viveiro, supostamente concurso teria de ser feito antes do final para que nao haja umperiodo em que os viveiros nao sao de niguem, e teria de ser publicado o concurso 30 dias antes no diario da republica, ou seja faltam 3 ou 4 meses, e nada se diz,tenho de colocar areia no viveiro e fazer um repovoamento , mas pergunto.
vou investir e se passado 6 meses me dizem que o leilao é a €€ e vem um frances e dá o que nao tenho...
mas se nao tomo conta do viveiro e depois fico com ele para o ano nao tenho ameijoas pois nao coloquei lá nenhumas... ja foi o tempo em que os proprios viveiros rebentavam ameijoa...
isto é gozar com as pesoas estou numa anciedade sem saber o meu futuro , pois se perco a concessaao vivo do que?dinheiro nao tenho para leiloes....
Quem cala, consente; Só aqueles que lutam merecem o respeito de viver - ontem, hoje, amanhã.
o ridiculo é que ja que ilhotes , hangaresm farol etc esta tudo ilegal, mas começaram pelos unicos que precisam das casa,
pois se for aos ahangares agora nem uma pesoa que la está pois aquilo é tudo segundas habitacoes mas a malta que vive nas ratas e coco é que ficou sem telhado,e esses sim vivem do mar e na ilha, mas claro o pequeno é smepre o primeiro a levar
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