Num programa feito com a mãozinha do IPMA como que a justificar cientificamente o fim da pesca da sardinha na costa portuguesa.
As entidades publicas, há muito que nos habituaram a estudos que visam justificar decisões politicas mesmo que isso conduza à fome e miseria as pessoas que dependem das actividades estudadas.
Neste programa, nem uma unica vez se faz alusão à apanha de sardinha abaixo da medida, os juvenis, quando ainda hoje se podia ver no Mercado de Olhão, petinga vendida pelos espanhois.
Sem juvenis não há adultos e a prática criminosa de rapina dos espanhois nesta materia é sobejamente conhecida. Enquanto que no nosso País, e bem, não é permitida a captura de juvenis, com tamanho abaixo dos 11 centimetros, os espanhois capturam e vendem de tudo.
Apesar daquilo que é dito no programa, os estudos do IPMA mostram que o nivel de abundancia de sardinha na nossa costa, cresceu trinta por cento ao mesmo tempo que o stock dos nossos vizinhos diminuiu cerca de 20%, sendo na sua maioria juvenis, abaixo do tamanho.
Ainda assim, as autoridades portuguesas decidiram-se pela redução da cota para 2016 a niveis completamente insustentaveis para o sector, situando-se agora nos 10% da atribuida para a presente safra, ou seja mil toneladas.
Curiosamente, no que diz respeito à captura do atum, cada País, tem as suas proprias cotas, mal se percebendo porque razão não acontece o mesmo com a sardinha.
Na semana que passou, as organizações representativas dos armadores reuniram com as entidades oficiais que se mostraram irredutiveis, decretando com a sua pstura, o FIM DA PESCA DA SARDINHA no proximo ano.
Na comparação dos estudos com as declarações prestadas no programa existe uma clara contradição a que não serão alheias as decisões politicas de subserviencia aos grandes interesses europeus e muito especialmente, espanhois.
A aposta da UE para a pesca passa pela aquacultura na costa apesar de saberem que as correntes maritimas não são muito favoraveis. Basta olhar para a situação da APA da Armona em que nenhum dos lotes destinados à produção de peixe esteja em actividade. A razão é simples, as correntes maritimas levam o alimento.
Por outro lado, foi já discutido no Parlamento Europeu, Comissão das Pescas, a criação do Mar Europeu a partir de 2022, que no fundo se traduz, em conceder a dominialidade do nosso mar às grandes potencias europeias para o saque e rapina das nossas aguas.
Sabedores das implicações que a redução da cota tem para os nosso armadores e pescadores, atar os barcos aos cais, os espanhois espreitam já uma oportunidade de negocio, disponibilizando-se para a compra de parte da frota de cerco.
Este problema só será resolvido no dia em sairmos da UE e reconquistarmos a soberania que os governos de traição nacional venderam às grandes potencias europeias.
Os pescadores portugueses têm uma palavra a dizer, mas lamentavelmente as organizações socio-profissionais do sector emudeceram perante o espectro da fome e miseria que vão ser potencialmente agravadas no proximo ano.
PELA SAÍDA DA UE!
LUTA, PORQUE SEM LUTA NÃO HÁ VITORIA!
REVOLTEM-SE, PORRA!
Sem comentários:
Enviar um comentário