sábado, 6 de agosto de 2016

RIA FORMOSA: DE MENTIRAS E PROMESSAS, ESTÁ O POVO DA RIA FARTO!

Na sua recente deslocação a Olhão, a Ministra Ana Paula Vitorino, mentiu, prometeu e toda a gente se prostrou de cócoras, batendo palmas à mentira.
"Ana Paula Vitorino recordou que o executivo prolongou, há cerca de um ano, as cerca de 1500 licenças de viveiristas do País - 1000 das quais na Ria Formosa - por mais seis anos." ...
Isto não passa de uma grosseira mentira, quando na realidade as licenças foram prolongadas apenas e só, por mais um ano, dando cumprimento ao decreto do regime de utilização dos recursos hídricos. E apesar de ser mentira, muitos foram os que embarcaram no bote ministerial, ávidos que estão de ver regularizada a sua situação.
Não há muito tempo, em resposta à Comissão de Moradores da Culatra, o Ministério do Ambiente, apontava para a elaboração do Plano Para a Aquacultura na Ria Formosa, o que estaria a ser conjugado com a secretaria de estado das pescas.
Acontece que, nesta visita, estava presente também o secretário de estado das pescas, que logo no momento devia ter chamado a atenção para a gaffe que a ministra estava a cometer, mas preferiu calar-se, sabe-se lá porquê.
Certo é que a ministra evidenciou os "esforços" do cretino presidente da câmara de Olhão, António Pina, parte interessada, uma forma simpática de elogiar o papel de bombeiro do presidente, que tenta a todo o custo evitar o conflito social, que um dia destes vai rebentar, mas que entretanto vai beneficiando desta política de traição ao Povo da Ria Formosa.
António Pina tem vindo a comprar diversos viveiros de ameijoa para neles instalar a sua produção de ostras. Para aqueles menos familiarizados com estes negócios, lembramos que, em regra, a ameijoa levantada do viveiro, cobre o valor que ele oferece pelo viveiro, ou seja, este acaba por ficar a custo zero.
Habituado às golpadas que já vêm dos tempos em que esteve no IFADAP, agora é apresentar uma candidatura a fundos comunitários e consegue ganhar mais dinheiro do que com a exploração das ostras.
Tal como em relação às demolições, também nisso parte interessada, Pina serve-se da política para beneficio próprio, mas a seu tempo, parte dos agora seus defensores, vão ver o logro em que caíram. E o Pina sabe, que nós sabemos que conversa manteve com um membro do governo a propósito das casinhas, assunto que só divulgaremos quando chegar a hora das demolições.
Mas voltando à situação dos viveiros, não podemos deixar de alertar os viveiristas contra estas manobras e outras que se ensaiam nas suas costas.
No âmbito do Polis, no período compreendido entre 2011 e 2013, foi estudada a capacidade de carga para a produção de ameijoa na Ria Formosa, porque se sabe que dentro da mesma espécie existe competição em torno de elementos essenciais à sua vida, como sejam o alimento e oxigénio. 
Da mesma forma deveria ter sido estudada a capacidade de carga para a produção de ostra, mas a espécie que vêm introduzindo é exótica e que é, à luz do Regulamento do parque Natural da Ria Formosa, proibida.
E se queriam levar as coisas mais a sério, então teriam estudado também a capacidade da produção mista de ostra e ameijoa na mesma área, porque também existe a competição entre as diversas espécies em torno dos mesmos elementos essenciais às suas vidas.
Mas nada disto foi feito, porque o objectivo final, é mesmo acabar com a produção da ameijoa. E nesta matéria entra, no estilo que lhe é conhecido, a União Europeia, apontando para o desenvolvimento da produção de ostra e ameijoa nipónica. É na subserviência aos ditames da União Europeia que vai ser elaborado o Plano Nacional da Aquacultura e em obediência a esse virá o da Ria Formosa.
Quando falamos na aquacultura, devemos também alertar para as correntes que se fazem sentir na nossa costa e que impedem ou minimizam a possibilidade da produção de peixe em mar aberto. Sendo assim, o tal Plano de Aquacultura visa na verdade a possibilidade de grandes investimentos na produção de bivalves em mar aberto, como sejam, as ostras, o mexilhão ou a vieira.
Mas aquando da Área Piloto da Aquacultura, na Armona, as entidades publicas ficaram de monitorizar os impactos da produção do mexilhão na Ria Formosa, monitorização de que ninguém tem conhecimento. Mas mesmo que o tivéssemos, perguntamos, porque carga de agua se fará depois o que deve ser feito antes, numa acção preventiva.
Permitir uma produção de ostras como a que se prevê na Ria Formosa, sem se fazer o estudo prévio da capacidade de carga da produção mista, é o mesmo que estar a dizer, que os viveiros de ameijoa têm os dias contados, seja pelos efeitos da poluição das ETAR, dos esgotos directos ou das escorrências da agricultura intensiva, que também devia ser banida na área da Ria Formosa.
QUEM ACREDITA NO PAI NATAL?


18 comentários:

Anónimo disse...

para os que querem saber a merda que se passa na Ria Formosa só venho informar que na Praia de Faro a mortandade da amêijoa boa é mais que muita.só que como todo omundo quer vender para a festa da ria em faro e para o festival do marisco o pessoal é obrigado a tar calado.

Anónimo disse...

anda a comprar viveiros e muitos mas não em nome dele.

Anónimo disse...

A propósito das casinhas!? Refinada traição, mais uma vez.

Anónimo disse...

o que a senhora ministra disse foi que as licencas ja caducadas iriam aer renovadas por 6 anos ate 2020 nao estejam a inventar coisas, pois ela nunca disse que o ano passado tinham sido renovadas por 6 anos mas sim que agora iriam ser.

Anónimo disse...

Ria Formosa, Ria Formosa!Em pouco tempo muda para Ria Desgraçada, cada vez mais desgraçada, prostituída, transformada em cloaca de pulhice.

a.terra disse...

Ao comentador do dia 6 pelas 22:34
Vejo que está muito bem informado, provavelmente estaria também presente.
Aquilo que se pode ler nos orgãos de comunicação social ou no site da câmara Municipal de Olhão é exactamente o que está escrito no post ou seja o que a ministra disse foi que em 2015, as licenças foram renovadas por seis anos, quando o foram por um ano que terminou a 28 de Junho.
Antes de tentar desmentir, leia e releia o que foram as declarações da ministra, sendo certo que o bandido Pina a podia ter corrigido.
Mas mesmo que a ministra quisesse dizer aquilo que o comentador diz ser sua intenção, também não passava de uma promessa. Bocas não valem a não ser que já estejam no papel.

Anónimo disse...

Após 50 anos foi relembrado algo na contrução da ponte 25 de Abril. A ponte 25 de Abril não se situa na Ria Formosa. Há 50 anos havia havia um elevadissimo sentido de
preservação da Ria Formosa. Depois, nos ultimos 50 anos verificámos uma elevadissima
destruição da Ria Formosa. Alguém calcula qual foi o custo de todas as instituições
que foram criadas para protegerem a detruição da Ria Formosa?

Anónimo disse...

A Ria Formosa era muito bem organizada há 50 anos. Nunca foi necessário mais do que
a Marinha Portuguesa que organizava e fiscalizava todas as acções na Ria Formosa. A
Secretaria das Pescas tambem tinha uma insignificante participação. O aproveitamento
vergonhoso do nome 25 de Abril deu origem à criação de tantos organismos que vieram
proteger a destruição da Ria Formosa. PAGA ZÉ e cala-te.

Anónimo disse...

Não existe transparência, frontalidade, esclarecimento imediato sobre alguma dúvida, quando há intenção malévola. Teoria da conspiração? Acontece que todo este processo configura algo de sinistro. Bocas não valem a não ser que estejam no papel, não qualquer papel e no mínimo, com assinatura reconhecida pelo notário.

Anónimo disse...

sou o anonimo das 22:34 camarada Antonio Terramoto numa coisa estou de acordo consigo as palavras da ministra nao passam de palavras pois o que conta é o papel. e sim estava presente tal como estive na reuniao em faro pois sou viveirista e este é um tema que me interessa pois é o meu ganha pao , tenho 15 mil metros de terra e nao a quero perder para os franceses nem para os ditos baroes intermediarios dos franceses, mas agora é aguardar pelo "papel" e nao ficarmos calados pois muitos falam mas na reuniao do mes passado em faro poucos foram á reuniao,mas segundo o falado as licencas seriam renovadas por 6 anos ate 2022, para que se possa usufruir do dinheiro do mar2020 que é financiado de 2016 a 2020 mas veremos pois isto na politica o que se diz nao se escreve e o que se escreve hoje apaga-se amanha....
mas nao podemos ficar todos felizes mesmo que seja 6 anos pois daqui a 5 anos vamos estar novamente a temer o futuro,

Anónimo disse...

Qual marinha qual quê, mó? Outros tempos, em que um cabo de mar impunha mais respeito que uma brigada de polícia. Então e os "Jobs for the boys"? Como é que a MAFIA alimenta e premeia a fidelidade canina? Moss, a canga do calar, do obedecer à prepotência de um qualquer calhau com olhos deixou marca profunda, a MAFIA conhece bem o rebanho.

Anónimo disse...

Moss terramoto ... a tua azia e porque o pina la vai conseguindo sempre defender a malta!! A uns post atras estavas muito preocupado com as licencas ... agora a malta tem mais cinco anos e o pina que conseguiu algo que nem a lei permite o gajo é que é mau! Porra ve se mordes a lingua... ai se o teu pai fosse vivo!! Grandes pasadas que apanhavas!

a.terra disse...

Ao comentador do dia 8 pelas 11:46
Não tenho motivos para ter azia, mas não penso da mesma maneira que outros. Não me parece que o Pina esteja a defender outro que não seja ele próprio, mas o tempo se encarregará de o provar, poderá é ser tarde demais para alguns. O Pina, no uso previlegiado de informação que o lugar lhe dá, vem comprando viveiros, uns atrás de outros, em seu nome ou de terceiros, planeando uma exploração maciça de ostras, o que poderá ser incompativel com a produção de ameijoa. Quanto às licenças, já se viu que as declarações da ministra na comunicação social, não correspondem àquilo que quis dizer, que era a promessa de um futuro alargamento das licenças. E isso só estará definido após a alteração da lei. Por enquanto não passa de uma promessa!
E se é verdade que os viveiristas têm mais cinco anos, também é verdade que findos, se levanta o problema novamente. Agora que vão proceder à alteração da lei, então resolviam logo o problema, dando garantias de futuro. Mas o interesse não é esse. Ao permitir a produção maciça de ostras sem ter previsto o impacto que pode ter na produção da ameijoa, é pior a emenda que o soneto.
Para alem disso, a degradação ambiental da Ria pode ditar o abandono dos viveiristas, não sendo sequer necessário submeter a concurso. Essa degradação tem muito a ver com o Pina, ou já está esquecido que em Novembro de 2013 anunciou ter quinhentos mil euros para acabar com os esgotos directos e continua tudo na mesma. Hoje apoia-no, amanhã serão os mesmos a dizer cobras e lagartos, mas ser´tarde. passe bem.

Anónimo disse...

O plano para a aquacultura na Ria Formosa já não tem cabimento tendo em conta as
condições actuais da Ria, mas poderá ser tido em conta se as medidas a tomar se refe
rem de há 50 anos para cá, altura da construção da Ponte 25 de Abril e que na Ria
Formosa se produzia 10 vezez mais do que hoje e os postos de trabalho também era 10
vezes superior.

A falta de manutenção. como em qualquer empresa, foi a causa principal e quáse unica
desta grande destruição. Os politicos que nomeiam os gestores da Ria poderiam fazer
favor de antes lerem "O Principio de Peter" porque vale a pena ler esse livro antes
de tomarem decisões como as que foram tomadas ao longo dos ultimos 50 anos.

Não estou a chamar pelo Salazar como alguém parece querer dizer, estou antes a aler
tar para o que vem a caminho porque conheci esse regime e o atual ainda não conheço.

Anónimo disse...

Onde está a grande abundancia de minhocas que existia há 50 anos em toda a Ria Formosa
e era a alimentação base da grande abundancia de peixe que existia?Havia, sem qualquer
exagero, 10 000 vezes mais do que há hoje. Durante nove dias corri toda a Ria a pé à
procura das minhocas e outras coisas, como anualmente faço e a verdade é que triste-mente verifiquei a quantidade descrita. A que se deve esta situação?Sei contar já fui
chefe da contabilidade de algumas empresas.Qual o interesse em deixar destruir esta
grande maternidade? tam paciencia ZE carrega com mais isto.

Anónimo disse...

Há 50 anos havia enorme quantidade de linguados e porque é insignificante o que temos
hoje?

E com as enguias ou irozes que se passa a mesma coisa?

Até com as tainhas se passa o mesmo...

O que teria acontecido?

Anónimo disse...

E meu dever como cidadao deste Pais, alertar para os processos de aquacultura para
as tainhas que os responsáveis possam aprovar.

Há varias especies de tainhas:

Cerrejas(linguagem de pescador) que não presta;

Garnentos " " " que não são bons mas comem-se

Negrões " " " que são bons

ainda há outras duas especies boas

Para aprovarem projetos com estas espécies espero que tenham em causa o que está es-
crito, para que não aconteça o que aconteceu com as douradas.

Anónimo disse...

ta a ameijoa morta a montes este mes ...