Um acidente de trabalho pode acontecer em qualquer lugar e por isso mesmo há regras de segurança e obrigações a cumprir, e muito especialmente por parte daqueles que devem dar o exemplo, os titulares de cargos políticos.
O presidente da Câmara Municipal de Olhão tem uma empresa de exploração de ostras, que como já é do conhecimento geral mantém ocupados ilegalmente terrenos do Domínio Publico Marítimo, sem que as autoridades tomem qualquer atitude. Se fosse um cidadão normal, caía o Carmo e a Trindade, mas tratando-se de alguém ligado ao Poder, é melhor ignorar!
Não se pense que ficam por aqui as diatribes do dito cujo. É que ninguém sabe onde, quando e como se realizou o concurso para que ele ficasse de posse das instalações da antiga lota, e pior ainda que renda paga. Tanto quanto sabemos, antes dele houve uma outra sociedade que participou num concurso, que pagou as taxas devidas, mas a quem nunca foram entregues as instalações. Coisas do Poder político!
No passado fim de semana, ocorreu um acidente de trabalho em que um trabalhador quase ficava sem a mão. Chamada a ambulância para prestar o socorro, e tratando-se de um acidente, logo se apresentou a Policia Marítima e a PSP, que constataram que não havia seguro, tendo levantado o respectivo auto.
Obviamente que o menino presidente está sujeito a multa e não só, está obrigado a pagar todas as despesas inerentes ao tratamento, recuperação e rendimentos do trabalhador em causa.
Apercebendo-se da ausência de seguro, a Autoridade para as Condições de Trabalho, fez deslocar ao local, uma brigada. E não estão apenas em causa o seguro como até os descontos para a segurança social.
A ganancia do menino presidente é tal, que apesar do bom volume de vendas de um produto, que devia estar proibido na Ria Formosa se as instituições funcionassem, que foge a tudo quanto sejam despesas como forma de encher os bolsos, não lhe bastando o vencimento de presidente da autarquia.
Gostaríamos de saber o que vão fazer a Policia Marítima e a ACT perante um caso destes. Será que vão calar, como o têm feito até agora, as ilegalidades cometidas pelo traste do Pina?
Felizmente, segundo nos disseram, o trabalhador está a recuperar bem e esperamos que assim continue, mas não podemos deixar de alertar para o futuro de quem trabalha e no final da vida não vai ter senão direito à reforma mínima por ausência de descontos.
Ao presidente da câmara, aproveitamos para mandar um recado: seja menos ganancioso, porque lhe pode custar caro!
3 comentários:
Se o edil faz falcatruas na sua empresa privada, imagine-se o que se passa na autarquia!
Será que declara às finanças as 60 toneladas de ostras que já vendeu fruto de explorar terrenos da Rede Natura 2000 na Zona da Fortaleza, que deviam ser públicos,e ele ocupou ilegalmente?
Não tem vergonha de ter trabalhadores a trabalhar sem seguro e sem segurança social?
mosse deixa lá trabalhador ficar sem mão. Ainda tem outra.
Enviar um comentário