segunda-feira, 18 de junho de 2018

RIA FORMOSA - OLHÃO: IPMA IGNORA SAÚDE PUBLICA!

Acedendo ao site do IPMA, constatamos mais uma vez que a preocupação da instituição não é a saúde publica, mas antes o cumprimento de objectivos políticos como procuraremos demonstrar.
A imagem acima reporta as analises aos bivalves da Ria Formosa, mas dão apenas uma visão parcial do problema, já que reflecte única e exclusivamente a situação do ponto de vista microbiológico, deixando de fora o elemento mais perigoso, as biotóxinas.
Para verificarmos as analises de Junho às biotóxinas tivemos de ir a https://www.ipma.pt/pt/bivalves/biotox/docs/a-biotoxinas-jun18.pdf , cujos resultados analíticos nos deixam a pensar, resultados que na maioria dos casos surgem com as siglas NQ, ND ou NR, ou seja, Não Quantificável, Não Detectado e Não Realizado, sendo que em relação à PSP não existe qualquer informação, pelo que é de supor que não tivesse sido realizada. 
Lembramos mais uma vez que aquilo que em Novembro de 2013 levou à desclassificação de toda a Ria Formosa para classe C, foi precisamente a falta de analises. E desta vez o IPMA nem pode dizer que não tinha amostras disponíveis, porque se as pode fazer para as outras biotoxinas, também podia fazer em relação à PSP, mas achou desnecessário!
Curiosamente, só em Olhão 1 é que foi feita a despistagem da presença de biotoxinas em ameijoa, deixando de fora todas as outras zonas; a Olhão 2 tocou ao mexilhão mas ficaram de fora todas as outras espécies, incluindo as ostras do presidente da câmara;  em Olhão 3 e 4 mais uma vez o mexilhão e "rei" mas nada foi encontrado; em Olhão 5, vem o berbigão e a ameijoa de cão; na costa em L8 a única analise é feita à conquilha.
Perante as amostras seria suposto, se houvesse preocupações com a saúde publica, todos os parâmetros seriam analisados, mas não. Cingir a despistagem na ameijoa apenas a Olhão 1, é o mesmo que andam à procura de um motivo para correr com os produtores de ameijoa daquela zona, caso contrário perguntaríamos porque não as fazem às ostras, as únicas da Ria Formosa, classificadas com classe A?
Analisar o mexilhão? Quem anda à apanha dele em Olhão 2, 3 e 4?
Em Olhão 5, apenas analisar o berbigão e o longueirão, é próprio de quem quer correr com os mariscadores que trabalham nos baldios.
E na costa porque não são analisadas as outras espécies como a ostra, o mexilhão, a ameijoa branca e ficam-se pela conquilha?
Por outro lado, como explicar que apesar de as zonas Olhão 1 e 3 estarem desclassificadas como classe C, sendo interdita a apanha, de acordo com a imagem, continua aberta?
As analises do IPMA não merecem qualquer credibilidade ou prosseguem objectivos escuros, admitindo-se tudo menos que estejam a zelar pela saúde publica. Agora não podemos deixar de inserir no plano de ordenamento das aguas de transição (Ria Formosa também) o que vai definir quem pode ou não trabalhar na Ria.
Aos poucos vão correndo com aqueles que vivem e trabalham na Ria, nem que para isso tenham de martelar ou parcializar as analises.
Cabe ao Povo trabalhador da Ria Formosa insurgir-se contra isto sob pena de serem todos corridos!

2 comentários:

Anónimo disse...

Todos anos é a mesma merda

Unknown disse...

Deixem chegar ao festival do marisco que fica tudo aberto. O turista tem que comer não é? Depois fecham outra vez, e quem se lixa é o mariscador.