Foram vários os técnicos que nos informaram, em jeito de queixa, que os processos de obras particulares andam muito atrasados, na Câmara Municipal de Olhão.
Quando questionada sobre o assunto, a resposta é invariavelmente a mesma, o atraso na aprovação dos processos deve-se essencialmente aos problemas com que a autarquia tem sido confrontada.
Os processos de obras obedecem a um conjunto de procedimentos e prazos, desde logo porque há que verificar da conformidade com os planos de gestão territorial e com o Regulamento Municipal da Urbanização e Edificação.
As autarquias elaboram uma lista dos documentos necessários à elaboração dos processos para apreciação prévia. Quando aprovado o pedido de informação prévio, passa à entrega e analise do projecto de arquitectura que uma vez aprovado, dá lugar aos projectos de especialidades.
O que acontece é que cada vez que se aproxima o final dos prazos previstos no Regulamento, são pedidos, a conta-gotas, mais esclarecimentos ou mais documentos, prolongando artificialmente os prazos, sem fim á vista, para desespero de quem começar as obras e não pode.
Desconhecemos a que problemas se refere quem tal responde às pessoas, se se trata das denuncias das irregularidades cometidas na autarquia ou se aos casos de corrupção, mas de um coisa sabemos, é que o atraso na aprovação dos processos é, sim, mais uma forma de promover aquilo que dizem não querer fazer: corrupção!
É que para quem quer dar inicio a obras, tempo é dinheiro e quanto mais tempo demorar mais dinheiro custa, e assim convida-se a que os interessados avancem com alguma promessa ou beneficio a quem tenha a responsabilidade momentânea para que o seu processo ande mais rápido, alterando a ordem que deveria presidir à respectiva analise e aprovação.
Não se pode dizer que os funcionários ou outros, sejam corruptos mas não se pode deixar de dizer que um esquema destes é propiciador de actos de corrupção.
Os processos devem ter uma ordem e quem manda tem o dever de obrigar ao cumprimento escrupuloso dos prazos previstos, exigindo que as peças em falta, ou contendo erros, sejam pedidas de uma só vez e não avulso como vem sendo feito.
Parece que afinal a desculpa de possíveis problemas não passa de uma forma de criar mais problemas. Quem diria!
1 comentário:
qualquer dia,para andar na nossa terra, pelas ruas bem limpas como estão, terá que se pagar, isto a proposito, o parque bem lá ao fundo a poente, também é pago agora, quem ia para lá desfrutar um pouco da bela vista, se quiser ficar, só tem que puxar os cordões à bolsa ou então estaçionar no largo da feira, no meio do pó ?
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