domingo, 8 de novembro de 2020

RIA FORMOSA: ESTÃO MATANDO A VIDA NA RIA!

A Ria Formosa desde sempre funcionou como maternidade de variadas espécies piscícolas e conquícolas mas que, curiosamente, desde que foi classificada como Parque Natural tudo se tem degradado, quando era suposto acontecer o contrário. 
Antes de ser Parque Natural, na Ria eram utilizadas toda a espécie de artes e havia fartura de tudo, de tal forma que nunca esteve em causa a continuidade das espécies; com a criação do Parque a maior parte dessas artes foram proibidas e as espécies começaram a decair.
É evidente que não pretendemos dizer que foi pela criação do Parque ou pela proibição de algumas artes que o declínio de espécies surgiu. 
Depois disso foram construídas as redes separativas de esgotos entre 1984 e 1992, a que se juntaram as ETAR e aí começou o flagelo da poluição provocada pelo péssimo tratamento das ETAR e das descargas de esgotos sem qualquer tratamento, as quais os canalhas no Poder teimam em dizer que resultam de ligações clandestinas.
Para quem não sabe, diga-se que os construtores apenas têm de trazer os esgotos até meio metro da porta, ficando a ligação à rede publica sob a responsabilidade da autarquia. E a desmentir aquilo que os canalhas dizem, na Rua Diogo Mendonça Corte Real há um prédio com mais de quarenta anos que tem os esgotos ligados à rede de aguas pluviais. Um edificio anterior à construção da rede separativa de esgotos, a confirmar que foram cometidos muitos erros nessa construção, e que são da responsabilidade única e exclusiva da autarquia.   
Claro que a câmara municipal de Olhão conta com a cumplicidade de algumas entidades, supostamente independentes, ligadas à ciência, mas a uma ciência que não é posta ao serviço ou bem estar económico, social de quem trabalha e vive na Ria.
IPMA, CCMAR, UALG, Parque Natural da Ria Formosa, todas elas têm branqueado a situação na Ria. Apesar do Decreto-lei 596/1998 atribuir ao IPMA a monitorização da qualidade das aguas conquícolas e piscícolas, só a partir de 2013 é que as passou a fazer, depois do Comité veterinário da UE ter obrigado à desclassificação da Ria como zona de produção conquícola.
Com a criação da Sociedade Polis da Ria Formosa, foi concebido um livro para branquear a acção criminosa das entidades publicas e mais uma vez o IPMA colaborou na farsa.
Por outro lado, o Parque Natural da Ria Formosa não se pronuncia uma única vez sobre a poluição que destroi a vida na Ria Formosa.
Em 2001, uma bióloga canadense procedeu à monitorização das colonias de cavalos marinhos existentes na Ria, uma das maiores do mundo mas já em declínio por força da poluição, segundo noticias da época. Nessa altura ainda não havia traficantes asiáticos para comprar o cavalo marinho.
Muitos anos mais tarde, surge o CCMAR, mais papista que o papa, arvorado em grande defensor daquele peixe em vias de extinção, mas que nunca tomou qualquer posição contra a acção destruidora da poluição. O que o CCMAR fez, foi promover condicionamentos  a actividades económicas tradicionais da Ria como forma, dizem eles, de combater o extermínio da espécie. E continua a saga do branqueamento da poluição!
Como se aquele mal não bastasse, as mesma entidades mais eficientes que o melhor dos detergentes, vêm branqueando a plantação de uma espécie exótica, invasora, infestante que não serve de abrigo, de habitat, a nenhuma das espécies existentes na Ria, muito pelo contrário, o alastramento da alga, de seu nome Caulerpa, vem conquistando espaço e pondo em causa o equilibrio no ecosistema.
A Ria Formosa precisa, com muita urgência, de um plano de erradicação da erva, como lhe chamam os pescadores, mas as prioridades ou vaidades dos investigadores, vão para outras areas, como a recuperação de cetáceos e tartarugas arrojadas, tal como consta do texto em https://www.barlavento.pt/ambiente/algarve-tem-novo-projeto-para-recuperar-cetaceos-e-tartarugas-arrojadas  .
Quem acode à Ria Formosa?

6 comentários:

Anónimo disse...

Caulerpa não foi plantada, é uma espécie invasora que vêm da baía de Cádiz...e já há muito invasora do mediterrâneo...... só agora chegou aqui aos vossos olhos....

a.terra disse...

O comentador está a deturpar a informação ou a tentar branquear o que aqui foi feito. A primeira mancha de Caulerpa foi detectada na Fuzeta em Março de 2010 após a destruição do cordão dunar e espraiamento das areias que soterraram a seba. E segundo dizem as pessoas foram os "cientistas" que a plantaram. De qualquer das formas, os tais "cientistas" deviam debruçar-se sobre um plano de erradicação da alga.
Claro que nós percebemos que se nada for feito, a médio prazo, a actividade economica tradicional da Ria desaparece, deixando-a livre e em exclusivo para fins turisticos.

Anónimo disse...

Muito antes de 2010....... verifica

Atento disse...

Quem diz que a caulerpa veio do mediterrâneo?Porque será que a caulerpa chegou ao mesmo tempo que os cientistas andaram a apanhar Seba em frente à Culatra para levar para a cabo o projecto Biomar que começou em 2010?
Porque será que os cientistas do CCMAR estão calados perante desgraça que a Ria Formosa está a sofrer ao ver a caulerpa ganhar o espaço das antigas florestas marinhas na Ria Formosa.
Medidas urgentes são precisas mas infeliz<mente só os autores do blog Olhão LIvre é que falam nesta gigantesca desgraça.
Falam muito no desaparecimento do Cavalo Marinho, que foi culpa dos chineses que compravam esses peixes aos mergulhadores, mas não falam que o cavalo marinho desapareceu desde que a poluição das aguas aumentou e a caulerpa começou a ganhar espaço às florestas marinhas de Seba e Sebarinha.

Anónimo disse...

A Ria Formosa, em especial na zona de Olhão é para ser transformada numa zona de negócio turístico e de produção de ostras. Quem ganha com isto? Investigue-se!

Atento disse...

"A importância destas intervenções para as Pradarias Marinhas e Valorização da Ria Formosa são evidentes:- Melhoria no sistema da circulação que tem um efeito positivo no aumento do valor funcional e estado de conservação dos habitats associados;- Preservação, minimização e monitorização das manchas de pradaria marina existentes no local e das transplantadas no âmbito das intervenções;- A preservação contribui para a protecção do meio ambiente e aumento da biodiversidade.NOTA:Foidescobertaumaespéciedealgaquenãoeravistaàmaisde50anosnaRiaFormosa,designada Intervenções Polis –Pradarias Marinhas e Valorização da Ria Formosa Maio de 2011
Nota: Foi descoberta uma espécie de alga que não era vista à mais de 50 anos na RiaFormosa,designada Caulerpa prolifera, esta acção contribui para a sua preservação."
Este texto foi copiado num documento do Polis Ria Formosa,será que os autores do Blog Olhão Livre tem conhecimento dele?Será que não serve de prova como as entidades oficiais tanto estimam essa Alga invasora que tem destruído milhares e milhares de hectares de pradarias marinhas?