Depois de se terem calado com o factor de sustentabilidade da segurança social, depois de baixarem a taxa social unica para os patrões a troco do aumento do salário minimo, eis que o governo tenta recuperar o factor de sustentabilidade, como se pode ler em https://eco.sapo.pt/2022/07/05/fmi-quer-alteracoes-no-sistema-de-pensoes-governo-concorda/.
Quando o governo abriu mão de parte da taxa social unica aos patrões, o Fundo Monetário Internacional (FMI) não suscitou quaisquer duvidas quanto à sustentabilidade do regime de pensões. Deixou que ele se degradasse e vem propor a redução das pensões futuras ou o aumento da idade para reforma.
Curioso é verificar que é uma instituição exterior ao País que vem propor e o governo concordar com tal, mas não constitui qualquer novidade a forma como o FMI se pronuncia.
Na verdade o FMI sempre que pode empobrecer os Povos fá-lo sem qualquer rebuço, impondo medidas restritivas para os trabalhadores e promovendo uma vida mais facil para as empresas, isto é mais lucros à custa de quem trabalha.
Os trabalhadores portugueses devem lembrar-se dos tempos da chamada Troika com que espremeram o Povo português com as tão faladas medidas de austeridade, retirando ás pessoas a capacidade para o consumo.
Para um governo que ostenta o nome de socialista, ainda que se diga social-democrata, vender os trabalhadores portugueses aos novos escravistas em nome de uma sustentabilidade que eles degradaram ainda mais, esquecendo o sofrimento que vão ter com os efeitos da pandemia, da guerra e da seca anunciada, os trabalhadores portugueses têm de lutar.
O dinheiro gasto na manutenção de uma guerra para a qual o Povo português não foi tido nem achado, estaria melhor aplicado na segurança social.
Aceitar as recomendações do FMI e tentar promovê-las é o mesmo que dar corpo ao neoliberalismo. Pode ser que o final da guerra acabe por alterar a ordem mundial e terminar com a influência nefasta daquela instituição.
Apesar de ser suportado por uma maioria absoluta, este governo não vai conseguir aguentar até ao fim da legislatura se os trabalhadores lutarem por melhores condições de vida.
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