A câmara municipal de Olhão fez publicar na sua página nas redes sociais que vão decorrer quatro dias de festas gratuita, que coincidem com a data do festival de Marisco, como se pode ver em https://www.facebook.com/cmolhao/posts/pfbid02DkE21dC3FK3jYhHa3U6aXaSqN3cW2cLNLDwwxhRgEcDeQsQiP3KPVLV3uk4Dw9gBl.
Curiosamente, e uma vez que os artistas já foram contratados, não surge no portal Base do Governo qualquer publicação dos contratos, sejam eles feitos em nome da autarquia ou da sua empresa municipal, a Fesnima. Claro que gostávamos de saber quanto vai custar esta brincadeira.
Também não deixa de ser curioso a localização e data do evento por decorrer na Jardim Pescador Olhanense e nos dias em que realizaria o Festival de Marisco, que não se realiza por causa da pandemia.
Pandemia que escolhe quais os eventos em que se pode ser contagiado ou não, porque é muito provavel que, pelo menos o primeiro concerto, esteja a abarrotar de pessoal, pelo preço, borla, como pelas caracteristicas do artista, que normalmente é patrocinado por uma grande superficie.
Porque se trata de uma festa, é normal haver muita gente a aplaudir, como se uma tal festa lhes desse de comer, esquecendo os momentos dificieis que vivemos, sejam provocados pela pandemia, pela guerra ou pela seca.
Com papas e bolos se enganam os tolos, um proverbio que se aplica bem ao caso.
É que, para alem da guerra, para a qual não fomos tidos nem achados, e como sua consequência, o euro, outra decisão para que não fomos convidados a pronunciar-nos, está perdendo valor face ao dolar pelo que mesmo que o preço do crude em dolares venha a baixar, continuamos a perder porque o euro vai desvalorizando, beneficiando os USA, os grandes beneficiarios desta guerra.
Os produtos de primeira necessidade sobrem de preço enquanto salários e reformas não acompanham aquele aumento, aumento esse que gera uma inflacção demasiado elevada. E face a isto, a solução proposta, como sempre, é o de subir a taxa de juros, que vai criar dificuldades adicionais a quem já está mal. Para não falar nas restrições no acesso ao crédito para a habitação e ao consumo.
Se pensarmos que a seguir ao Verão, vem um periodo que pelas suas caracteristicas é mais propicio ao desnenvolvimento da pandemia, que o frio obriga a mais custos energéticos e com a incerteza do resultado final da guerra, vir organizar festas como se os próximos tempos não fossem de grandes dificuldades, é estar a viver, a criar uma imagem, pouco compativel com a realidade.
Batam palmas que quando vierem os aumentos logo choram!
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