Empréstimo de 6,8 ME para pagar dividas municipais de Olhão aprovado apesar das criticas do PSD
O Plano de Ajustamento Económico e Financeiro da Câmara de Olhão (PS) foi aprovado em assembleia municipal com os votos favoráveis do PSD, que, no entanto, referiu ter dado um aval contrariado.
Com aquele plano, a autarquia pretende acertar dívidas contraídas até 2011 no valor de 6,8 milhões de euros.
Em comunicado, a concelhia de Olhão explica que o voto favorável se prende com uma “questão de responsabilidade e consciência política, tendo em conta que este empréstimo irá no imediato injetar dinheiro na economia local, aliviando situação económicas de muitas empresas sediadas no concelho”.
O vice-presidente da autarquia explicou à Lusa que o esforço do executivo está a permitir fazer um equilíbrio entre dívida, despesa e receitas municipais durante este ano e que o empréstimo se debruça sobre dívidas anteriores.
“É preciso perceber que a autarquia de Olhão entre 2009 e 2011 perdeu nove milhões de receita, ou seja, quase um terço da receita anual, e não existe possibilidade de adaptar rapidamente”, disse António Miguel Pina (PS).
As dificuldades orçamentais têm impacto nos serviços prestados pela câmara no concelho e entre várias decisões a autarquia deixou de subsidiar a água, que passou a ser cobrada ao munícipe ao preço real de mercado, acrescentou.
A decisão é criticada pela oposição social-democrata, que considera que os olhanenses não devem suportar o pagamento dos juros do empréstimo em casa através do aumento de imposto e taxas municipais.
No entanto, o PSD justifica o voto favorável por considerar que os encargos do empréstimo “serão inferiores aos juros de mora que legalmente teriam de ser pagos a credores pelas dívidas em atraso”.
Confrontado com as afirmações do partido, António Miguel Pina considerou que se trata de uma “insensatez”
“Nós tínhamos maioria [15 deputados num conjunto de 25] para aprovar e, se estavam contrariados, votavam contra”, afirmou.
O autarca olhanense frisou ainda que as autarquias de Vila Real de Santo António, Faro, Loulé e Albufeira estão a pedir empréstimos com valores entre os 40 e os 100 milhões de euros, considerando por isso que o empréstimo olhanense “no contexto algarvio é uma gota de água”.
.diariOnline RS com Lusa
09:45 sábado, 13 outubro 2012
O texto acima é da responsabilidade do diariOnline e merece da nossa parte o s seguintes comentários:
1ª- Não é explicado como, por quem e porque foram criadas estas dividas, sendo certo que parte delas já datam de há onze anos e de valores irrisórios que envergonhariam qualquer um, mas que dá a imagem real de um Estado caloteiro. Parte destas dividas não foram pagas como retaliação aos credores.
2º-Também não nos parece coerente a postura do PSD, porque jogar com o argumento da economia local é falacioso. Parte dos credores, pelo menos aqueles que esperam há onze anos por 50 euros, obviamente que já haviam desistido da ideia de alguma vez receberem aqueles valores. E a lista desses credores é enorme.
3º- Pina mente quando diz que a autarquia está a fazer um esforço para o equilíbrio entre divida, receita e despesa, porque a discrepancia entre o real e o fictício é tanta que só para quem não presta atenção. Começa por fugir á responsabilidade na divida quando foi eleito em 2005 e diz que as dividas são anteriores. Depois vem dizer que entre 2009 e 2011 a autarquia perdeu um terço das receitas, mas não diz que a Câmara Municipal de Olhão da qual é vice-presidente, continuou a gastar à tripa forra, admitindo pessoal pela porta do cavalo, não abdicando de festas, festinhas e festarolas, e mantendo à frente de empresas municipais deficitárias, administradores remunerados mas não responsabilizados pelos défices.
4º- O aldrabão Pina vem dizer que a CMO deixou de subsidiar a agua para a cobrar ao preço real de mercado. Bom, que mercado é esse? As contas da agua, mostram que depois de todos os encargos a ela associados, apresentam um lucro de 100%, apesar de ser um bem essencial e indispensável à população. De facto só com um bocado de bosta pela tromba!
5º- A seguir vem o gozo com o PSD e bem, quando diz que tinham 15 votos entre os vinte e cinco e que portanto se estavam contrariados que votassem contra. Pelo menos nisso, disse a verdade.
6º- E na falta de melhores argumentos compara o pedido de resgate com outras autarquias PSD da região, comparação que nos últimos tempos tem surgido a propósito de tudo e mais alguma coisa. Nós estamos em Olhão e é a gestão de Olhão que nos interessa. Os problemas dos outros deve ser resolvido pelas populações locais, servindo esta "explicação" apenas para desviar as atenções dos problemas reais do concelho e dos quais António Pina é um dos principais responsáveis. Quando faz estas comparações devem ter sempre presente a elevada taxa de desemprego e de rendimento de inserção social, assunto sobre o qual não diz uma letra.
Perante aquilo que é dito
ANTÓNIO PINA É ALDRABÃO!