Já por diversas vezes, e fá-lo-emos quantas forem necessárias, denunciámos a liquidação passada, presente e futuro da pesca, com a cumplicidade e acção das entidades que era suposto servirem, desenvolverem as melhores condições para uma pesca sustentável.
Desta vez como se vê em http://www.diarionline.pt/noticia.php?refnoticia=135688 , os investigadores do IPIMAR mostram mais uma vez como estão ao serviço de interesses específicos económicos de um sector, sem a mínima preocupação com as pessoas, o elo mais importante e que deveria ser determinante e preocupação maior de uma politica para a pesca..
Os investigadores estão ao serviço da aquacultura por ordem do patrão Estado e não da pesca, preocupando-se em rentabilizar os negócios daqueles que não da pesca. Alegam a redução de stocks para promover a aquacultura mas não canalizam recursos, de todos nós, para o repovoamento dos bancos naturais, e têm o desplante de se justificar com a pesca intensiva quando a frota tem vindo a ser abatida à media de setenta embarcações por ano.
As alterações climáticas, a poluição e a ausência de uma politica de pesca correcta e a subserviencia aos ditames da CEE, são matéria ignorada na degradação dos stocks. Certo é que cada vez mais, o peixe consumido pela população portuguesa é de importação e algum dele pescado nas nossas águas.
A quantidade de anúncios feitos recentemente pelo IPIMAR obedece a uma estratégia propagandistica para enganar os portugueses, fazendo crer que estão preocupados com os problemas da população, quando a verdade é outra. Em toda a orla costeira portuguesa, num lugares com mais ou menos importância, existiam portos de pesca, concebidos para essa actividade. Hoje temos um secretario de estado do mar, que não da pesca o que mostra desde logo que as preocupações e prioridades são outras.
A imagem apresentada em cima é da Acuinova do grupo Pescanova (espanhol), instalações de Mira que por estar instalado em zona protegida foi considerado Projecto de Interesse Nacional (PIN) e utilizado para a produção de pregado, e é para este tipo de investimentos que o governo português, os anteriores e o actual, está virado, não para proteger a produção nacional mas os interesses de grandes potencias económicas que apenas deixam de mais valias o valor residual dos salários pagos aos trabalhadores, pouco contribuindo para a economia local e nacional.
Porque não canalizam os recursos técnicos, humanos e financeiros para o repovoamento dos bancos naturais de pesca? Porque não são capazes de estabelecer regras para uma pesca sustentável? Acaso ignoram o Código de boas praticas para a pesca sustentável da FAO?
A degradação do sector das pescas e a situação de fome e miséria dos pescadores é revoltante e mais revoltante se torna quando assistimos às autoridades responsáveis virem a terreiro anunciar medidas que cada vez mais, põem em causa o sector.
REVOLTEM-SE, PORRA!
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