quinta-feira, 27 de junho de 2013

OLHÃO: ONDE PÁRA A PROTECÇÃO CIVIL?

A imagem foi retirada do facebook e na parte de baixo pode ver-se quem é o seu autor, a quem desde já pedimos pedimos desculpa por não lha ter solicitado directamente, mas que agradecemos.
Nos últimos tempos assistimos a duas situações demasiado caricatas, uma das quais resultou numa morte e a outra na destruição deste barco.
Independetemente de outras ilações que se poderiam retirar e dado que o assunto extravasa a competência dos bombeiros resolvemos elaborar este texto, recuando um pouco no tempo.
Há quatro anos atrás e durante a época de verão, os bombeiros tinham um piquete permanente na ilha da Armona; um ano depois já só lá ficavam até às 19 horas; daí em diante os bombeiros deixaram de ter qualquer piquete de serviço. Só que os nossos eleitos "esqueceram-se de inscrever qualquer verba no orçamento para que os bombeiros possam estar presentes na ilha, mas entretanto podem gastar o dinheiro  para certas vaidades como a aquisição de uma viatura de comando para os bombeiros (Protecção Civil), como se isso resolvesse o problema http://www.base.gov.pt/base2/html/pesquisas/contratos.shtml?tipo=1#421263 ou em eventos que dão mais visibilidade eleitoral. É assim no nosso concelho!
Acontece que a Ilha da Armona tem um denso aglomerado habitacional, particularmente na zona frontal e que em caso de incêndio, todo ele desaparecerá com a capacidade de resposta evidenciada nesta situação. Durante os últimos quatro anos a Câmara Municipal de Olhão criou o Serviço Municipal de Protecção Civil que no site da autarquia diz:
"A Proteção Civil é a atividade desenvolvida pelo Estado, Regiões Autónomas e Autarquias Locais, pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas, com a finalidade de prevenir riscos colectivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, de atenuar os seus efeitos, proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo quando aquelas situações ocorram."
Perante isto, perguntamos nós quais os Planos de Prevenção e Combate a um acidente como um incêndio no aglomerado habitacional? Qual a capacidade de resposta da Protecção Civil? E por mais que venham dizer que não têm lugar para pôr o barco na Grupo Naval, é bom lembrar que dentro do Porto de Pesca existem locais de atracação de embarcações para a Guarda Costeira e Marinha e parece-nos pertinente que seja solicitado ao IPTM o mesmo tipo de cedência para a Protecção Civil e ou Bombeiros que a integram. Não vale a pena arranjar desculpas quando o problema é de inacção da parte de quem responsabilidades na matéria. Quem será o eleito responsável pelo pelouro de Protecção Civil e se este não se sente incomodado com a barraca dada na prestação de assitencia?
Mas se isto é aqui nas nossas barbas, é também revelador da descoordenação do Serviço de Protecção Civil a nível regional, posto que na semana passada morreu uma pessoa por falta de assistência na Ilha da Culatra, o que indicia não haver um plano de prevenção e combate a acidentes na Ria Formosa. É todo o mundo a pensar nos negócios mas a não acautelar a vida das pessoas. E se acontecer com um turista? Um bom cartaz propagandistico da Maravilha Natural degradada pelo homem que é a Ria Formosa. De que serve terem bocas de incêndio e demais material necessário ao combate a um sinistro se depois estão impedidos de o utilizar?
Ou será que este esquema da protecção civil foi mais um expediente para dar trabalho a uma serie de boys, distribuídos pelos partidos de alternância governativa?
Tenham vergonha na cara e passem a olhar para a população com outros olhos!

16 comentários:

Anónimo disse...

Voltamos outra vez à mesma questão que foi respondida no facebook, o autor deste topico deverá fazer uma analogia à legislação que vigora e verá que a falta de bombeiros na ilha não se prende pela falta de verba, pois essa nunca foi posta em causa... Os bombeiros não estão na ilha por falta de impossibilidade legal de pagar horas extraordinárias a funcionários públicos... O município pode falhar em muita coisa no que diz respeito às suas obrigações mas esta não está relacionada com falta de vontade...

Anónimo disse...

Onde se vê os créditos da imagem? Não consigo saber que tirou esta excelente foto.

J.Luis. disse...

Não sabem quem é o vereador responsável pela Protecção Civil em Olhão????Olhem vou dar uma pista,é filho de um antigo vereador da CMO é filho de um antigo director regional da educação do ALLGARVE,é filho de um ex.governador Civil de Faro. é filho de um ex director do Turismo do Algarve.
Com um curriclum desses, concerteza já sabem quem é o vereador.Esse mocinho que aparce em tudo o que é bailinhes,e festas do campo, agora quer ser aquilo que o pai não conseguiu ser que é ser candidato a presidente da autarquia.
DE fogo e protecção civil não deve perceber lá muita coisa,o que percebe mesmo de protecção tem a ver com o seu viveiro de ostras pois quando há meses os romenos lhe deram um ataque às ostras logo a Policia Maritima se colocou em acção se for outro viveirista a queixar-se do roubo a policia marítima diz que não é nada com ela.é assim que funciona a lei,e a seguraança em portugal,protegem os políticos e desprezam o cidadão.

L. disse...

Alguém se picou aqui em baixo....
Eu tenho casa na ilha da armona e NÃO ME SINTO SEGURO LÁ!!!! em relação a muitos assuntos que o blog Olhão Livre já expôs!!! nunca tinha comentado mas agora senti obrigação de comentar este exelente blog!!!! Não me sinto seguro na "minha" ilha de sempre, por culpa da câmara municipal!!! Tenho dito ;)

Anónimo disse...

Não se pode fazer horas extraordinárias e a ambiolhão farta-se de as fazer?
Olhe lá explique-me lá, há um incêndio e o fogo não se apaga???

Anónimo disse...

Eu penso que às vezes algumas pessoas não sabem ler português ou as suas diferenças politicas não lhes permite...
Em primeiro lugar, nunca ficou nem ficará nenhum incêndio por apagar pois o efetivo do Corpo de Bombeiros Municipal de Olhão nunca se negaria a tal ato... Verdade também é que o Município de Olhão nunca se negou a pagar uma única hora extraordinária aos Bombeiros Olhanenses... Mais uma vez digo, não sei como é que os responsáveis das outras divisões fazem, contudo é como digo, a prevenção (atenção que sou o primeiro a apoiar o socorro e prevenção na ilha da armona, pois também tenho lá casa) não está contemplada nos termos da lei... Espero ter sido esclarecedor aos mais desantentos... Mais uma vez refiro, não sou a favor de uma grande maioria das politicas praticadas pelo Município, contudo neste tema as coisas não estão a ser bem ditas....

A.G. disse...

A partir do momento em que falha com as obrigações, está em falta com o cidadão e a segurança do mesmo. Recebem pouco pelos alugueres dos terrenos...
As borucracias e as leis e os procedimentos são tramites que só dizem respeito Às entidades, para que no final todos sejamos servidos e bem, de preferência! é uma ilha mas é território nacional, e só por isso tem que ter as mesmas condições e apoios.
Quanto à foto, foi tirada por mim, e há mais algumas, assim como alguns videos que comprovam o que foi dito na descrição dessa foto...

Carlos B. disse...

Ao comentador, que parece saber muito sobre a Ilha da Armona e sobre os bombeiros.
Porque razão deixaram os Bombeiros de fazer serviço 24horas por dia na Armona,na época do verão?
Já agora quantas pessoas morreram na Ilha da Armona por falta de assistência,no ano passado?
Parece que houve uma noite que andou um hélicopetro em cima da Ilha, para evacuar uma pessoa idosa e não o conseguiu,resultado essa pessoa saiu de lá já falecido.
Já agora qual o plano de prevenção e combate aos incêndios na ILha da Armona, sabendo de antemão que por detrás do Tolinhas,e do Carlos bar, aquilo se houver um fogo a sério arde tudo em menos de um foguete.
A CMO só sabe cobrar o terreno cuidar da segurança das pessoas tá quieto pois nem um posto de enfermagem tem na ilha.

Anónimo disse...

Bom Dia caro Carlos B,

tentarei esclarece-lo sobre as suas duvida...

É facto que os bombeiros deixaram de fazer serviço na ilha da armona 24 horas, esse facto esta relacionado com a dificuldade de recursos humanos, e também seria mentira dizer que não há relação aos custos porque há... Contudo o numero de ocorrências que existia das 20h às 08h fez com que se tornasse fácil tomar essa decisão visto que dá para contar pelos dedos das mãos as que existiram durante os 3 anos que o corpo de bombeiros de Olhão fez serviço em regime de 24horas.
No que diz respeito ao numero de mortos por falta de assistência, mais uma vez refiro, é preciso conhecer as leis e os seus sistemas para se atribuir responsabilidades...

Em portugal a entidade responsável pela emergência médica pré-hospitalar é o INEM, este é que detém a responsabilidade de ir buscar à ilha da armona ou qualquer outro sitio todas as pessoas...

Pelo facto de por vezes estes não deterem os meios necessários solicitam apoio aos corpos de bombeiros, cruz vermelha portuguesa, isn, marinha e em ultimo caso até a particulares.

No que diz respeito ao dito plano que se fala, nunca o vi nem infelizmente tive oportunidade de ler, mas sinceramente gostava, até porque passo o verão e uma grande parte do inverno na ilha da armona, gostava de saber o que lá diz...

Espero ter ajudado no esclarecimento de algumas duvidas... Apenas quero referir mais uma questão... Não sou a de todo a favor de todas as politicas seguidas pelo município de Olhão e já reclamei muito junto de alguns dos responsáveis sobre diversas situações que por aqui se passam...

a.terra disse...

"Mais uma vez digo, não ei como é que os responsaveis das outras divisões fazem, contudo é como digo, a prevenção.... não está contemplada nos termos da lei..."
É assim que se pronuncia o comentador anonimo das 23:42 do passado dia 27.
Parece pois que o comentador é o chefe da divisão que responde por isto, protecção civil e bombeiros.
Reconhece, com o seu comentario, que a legislação, em materia de prevenção não é cumprida, pelo menos é que se sub-entende do que diz.
Mas se a legislação não ´cumprida, para quê a Protecção Civil? Qual a sua verdadeira função? Toda a especie de socorros não está ou não deveria estar abrangida pela protecção civil? Quem e como se faz a coordenação das operações de socorro?
Não misturem os Bombeiros nesta embrulhada, porque o que está em causa é a Protecção Civil e não os bombeiros. Se houver um sinistro grave, qual o grau de operacionalidade da Protecção Civil? Essa é a questão. Se houver um incendio que meios, em que tempo e lugar vão actuar? Isso deveria estar previsto e os responsaveis, principalmente os politicos, deviam ter isso em conta.
Como autor do post, não tiro uma virgula do conreudo, posso é agravar!

João Cabrita disse...

Caro A. terra,
Nada mais sou que um bombeiro municipal, cujo não tenho qualquer problema em me identificar, não o fiz até agora pois não achei necessidade, contudo penso que para que não haja aqui qualquer tipo de confusão, o meu nome é João Cabrita, sou bombeiro profissional de 3ª Classe no Corpo de Bombeiros Municipal de Olhão.

Como qualquer bombeiro que se prese tento entender ao máximo sobre a minha profissão, quer no que respeita a parte operacional bem como a administrativa... Contudo não sou senhor da razão, apenas tento esclarecer alguns pontos que não são tão claros em alguns comentários que aqui têm sido postados.

Penso que em primeiro lugar devemos clarificar o que é a proteção civil bem como quem são os seus responsáveis.

O responsável pelo serviços municipal de protecção civil é o Sr Presidente da Camara de Olhão, delegando o pelouro para o Sr. Vice-Presidente António Pina, sendo que o Comandante Operacional Municipal é o Comandante do Corpo de Bombeiros, Luís Gomes. O COM é uma inerência da função de CMDT.

Nestes serviços SMPC fazem parte um conjunto de instituições, (CB, GNR, PSP, JF, PJ, INEM, SS, ETC) cuja comissão está definida.

Note-se que nunca podemos desvincular os bombeiros desta situação pois estes são o "corpo armado" do município e o principal agente de protecção civil no que concerne ao socorro.

O socorro é todo assegurado pela protecção civil, note que o INEM também é um agente de protecção civil, bem como a marinha, a PSP, entre muitas outras instituições que socorrem em Portugal.

No caso particular da Emergência Médica estes são os responsáveis em território nacional pelo socorro pré-hospitalar como definido no Decreto-Lei n.º 34/2012 de 14 de fevereiro, podendo verificar no artigo 3º as suas missões.

As operações de socorro são sempre coordenadas pelo Centro Distrital de Operações de Socorro e comandadas pelo bombeiro mais graduado no teatro de operações (COS), sendo que sempre que necessário esse pode pode solicitar a presença do Comandante do CB para o local.

Em caso de sinistros graves, pode consultar essa informação no Plano Operacional Municipal de Olhão que está no site do município de Olhão, sendo que independentemente desse plano o Corpo de Bombeiros Municipal de Olhão nunca em caso algum que me recorde colocou em causa a rápida resposta ás situações de socorro. Pois somos nós os primeiros a sair na maioria dos casos.

João Cabrita disse...


No caso de incêndios na Ilha da Armona, que penso que é o que toca esta “discussão” toda os recursos são mais limitados, pois apenas dispomos de um meio de combate a incêndio em cima da Ilha, notando-se que foi um investimento que o Município fez, dando um exemplo muito próximo que é o farol e a culatra que nada tem sendo que tem bem mais residentes que a Ilha da Armona. Contudo o corpo de bombeiros dispõe de equipamentos suplementares como moto-bombas e mangueiras que estão num “armazém” na ilha prontos para as situações de emergência.

Agora é preciso dizer o seguinte, não estou aqui a defender o município, pelo contrário e como já disse, não estou particularmente de acordo com esta questão, contudo, por ter esse conhecimento sei que a responsabilidade de não haver bombeiros na ilha não é totalmente do município de olhão e dos seus responsáveis, é também uma imposição de lei, no que concerne ao pagamento de trabalho extraordinário. Note que os meus sogros têm um restaurante na Ilha e que este já ardeu por duas vezes, uma delas o ano passado e de salientar que se não fossem os bombeiros de serviço nesse dia podia ter sido bem complicado… Eu sempre manifestei junto do Comandante do CB, inclusive, coloquei uma vez a questão ao Sr. Vice-Presidente qual a volta a dar neste tipo e situação estando tudo relacionado com o que já referi anteriormente, o pagamento de horas extraordinárias.

Mas também não posso deixar de dizer que no que diz respeito aos bombeiros a Camara tem demonstrado sempre um grande interesse, e sempre que é necessário tem aberto os “cordões à bolsa” no que respeita a segurança do pessoal, e as condições de trabalho. Sou bombeiro desde 1999 e quando para cá vim apenas tinha um fato de macaco, umas botas de borracha e um capacete, sendo que hoje somos um dos corpos de bombeiros mais bem equipados quer no que toca a protecção individual quer no que diz respeito a equipamentos.

Cumprimentos,

João Cabrita

A.G. disse...

Passo a citaar "o corpo de bombeiros dispõe de equipamentos suplementares como moto-bombas e mangueiras que estão num “armazém” na ilha prontos para as situações de emergência." Só gostava de saber é porque é que, se "...bombeiros a Camara tem demonstrado sempre um grande interesse, e sempre que é necessário tem aberto os “cordões à bolsa” no que respeita a segurança do pessoal, e as condições de trabalho." Porque é que as bombas não puxavam água nenhuma e como dizia um colega seu no momento em que tentavam que a bomba trabalhasse" nem terra puxa!"
Porque é também que houve falha num socorro a um residente por a moto não querer trabalhar. E talvêz me saiba esclarecer uma dúvida, (que me fez realmente confusão na actuação dos bombeitos nesta situação especifica a meio da noite)Porquê a moto4 não circulava com as luzes acesas na ecuridão da praia, sabendo que podia haver pesoas no caminho, como havia, e mesmo os cabos das amarras dos barco que estão na praia estariam a dificultar a passagem.

a.terra disse...

Ao João Cabrita, agradeço os esclarecimentos, mas devo dizer-lhe o seguinte:
Os bombeiros têm os recursos tecnicos para uma primeira intervenção na Armona, pelo menos pelo que se depreende do seu comentario.
Faltam porem, os meios humanos e sem eles nada feito.
elo conjunto dos comentarios, constata-se que a falta de recuros humanos se deve à falta de meios financeiros, tanto faz que seja trabalho extraordinario ou não. Acontece que a entidade que tem de resolver o problema dos recursos financeiros é a Câmara Municipal. E esta tem 28.860 euros para pagar a vigilancia das praias, veja em
http://www.base.gov.pt/base2/html/pesquisas/contratos.shtml?tipo=1#759145. Bem, se a Câmara Municipal não pode pagar horas extraordinarias, pode contratar alguem, sazonalmente, para apoio aos bombeiros tal como o faz para a vigilancia da praia. Não pode é deixar a praia desprotegida. E mais, convem tambem saber das condições em que se encontra o material e o seu grau de operacionalidade. É que se o sinistro serviu como um simulacro, foi um pessimo exemplo.
E ainda lhe digo mais, porque tem a ver com as opções da gestão autarquica. Quando a CMO pretende gastar 600.000 euros nos largos e depois vem dizer que não há dinheiro para o socorro, vê-se bem das prioridades da autarquia.

João Cabrita disse...

Caro A.G,

de facto nem sempre tudo corre como se espera, de facto as coisas também têm avarias, poderá ter havido um problema com uma mota bomba contudo não apareceu outra a substituir? Infelizmente existem dias em que os astros estão contra nós... Ou não me diga que nunca lhe aconteceu chegar ao carro e ter uma roda em baixo? Ou até não pegar por falta de bateria? Os nossos equipamentos também avariam.

Em relação as questões que me coloca sobre a moto 6x6 que temos na ilha, em relação à primeira nunca ouvi dizer tal coisa, contudo como já lhe disse as coisas avariam, em relação ao circular sem luzes posso dar-lhe uma conjunto de possibilidades, mas de só quem circulava com o veiculo é que saberá responder. Sinceramente não sei ao certo qual foi a finalidade, mas dou-lhe um exemplo prático, nos incêndios florestais por vezes é necessário apagar as luzes para tentar identificar no meio da escuridão possíveis focos de incêndio em fase nascente, mas também poderá ser uma avaria não faço ideia...

Lembro apenas o seguinte, a minha finalidade é esclarecer algumas coisas que se fala sobre a atuação dos meus colegas... Não tenho qualquer vontade de servir de "saco de pancada" apenas faço o meu dever em esclarecer a população, casos que julguem pertinente o Corpo de Bombeiros bem como o município detêm livro de reclamações.

Cumprimentos,

João Cabrita

João Cabrita disse...

Caro A.terra,

desde já quero dizer-lhe que estou a achar esta conversa muito produtiva e pode sair daqui esclarecimento para algumas duvidas que ficaram no ar. Na minha opinião a "discussão" construtiva é sempre positivo.

Também de referir que estou a comentar e fazer analogias a titulo particular, como cidadão mas com o conhecimento inerente as minhas funções de bombeiro.

A nossa falta de recursos humanos, prendesse com o facto de não ser possível atualmente, imposto pelo estado a contratação de novos bombeiros, sendo que este é um processo demorado, pois as recrutas são no mínimo de 1 ano até que estes estejam em condições de desempenhar atividade operacional.

No que diz respeito ao valor que a câmara paga pelos nadadores salvadores, conhecendo outras realidades de amigos que o são em outras praias e tendo em conta que a câmara tem se não estou em erro 8 nadadores contratados até acho pouco dinheiro. Pois dá cerca de 900 euros nadador salvador/mês, a mim não me parece muito.

Como deve perceber, não é possível contratar pessoas para fazer o trabalho dos bombeiros, sendo que para por lá bombeiros é um problema por causa do que já referi antes, não podem pagar as tais horas, coisa que dava muito jeito nesta altura de crise...

O trabalho de bombeiro requer algumas formações especificas, sendo por esse o facto que não é possível contratar, também é impossível contratar outros bombeiros pois a lei não permite "servir" dois corpos de bombeiros diferentes.

No que toca a este mundo caro A.terra, é bem mais complicado que parece.... infelizmente...

Não sei de onde apareceu a história que aquilo seria um simulacro, não se fazem simulacros com os bens das pessoas... No que diz respeito à operacionalidade dos equipamentos, estes estão em perfeito estado... São os melhores do mundo?? Não... Mas são os que temos e funcionam na perfeição... Contudo tal como referi anteriormente, estes equipamentos também avariam...

Vou referir mais uma vez meu caro, não estou nem de perto a fazer papel de advogado do município, até porque como também já disse, não concordo com todas as suas politicas, se vão gastar 600.000 euros nos largos desconhecia, até porque não ando de olhos postos nisso.. Agora posso-lhe dizer, nunca em altura alguma ouvi um único responsável do município dizer que não há dinheiro para o socorro...

Cumprimentos,

João Cabrita