segunda-feira, 2 de julho de 2018

RIA FORMOSA: ALERTAS OU MARTELANÇO?

Já aqui denunciámos por diversas vezes as más práticas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e assim continuaremos até que sejam capazes de dar uma resposta de jeito.
Com toda a costa algarvia interdita para apanha de bivalves por contaminação por biotoxinas, insistimos no assunto porque ele impede largas centenas de pessoas de governar a vida, sem terem direito a qualquer compensação. Não se trata de pedir subsídios mas tentar estabelecer a relação causa/efeito da presença das biotoxinas, algo que deveria ser o IPMA a fazer, se não estivesse dependente do Poder político.
As biotoxinas marinhas existem no seu habitat natural, mas não em quantidades que justifiquem a interdição da apanha ou consumo dos bivalves. A presença de biotoxinas é agravada pelas descargas das ETAR e dos esgotos directos, sem qualquer tratamento, ricos em nutrientes que ajudam na multiplicação do fitoplâncton potencialmente toxigeno.
Também já chamámos a atenção para o facto do sistema de alertas que o IPMA omite, preferindo decretar as interdições de acordo com a presença das biotoxinas na carne dos bivalves, sendo que ainda antes de se saber os resultados, já foram consumidos.

  Como se pode verificar na imagem de cima, estão ali fixados os Limites Legais de contaminação por biotoxinas, microbiológicos e por metais pesados.
Na imagem de baixo, temos os valores de referencia do IPMA, para a presença de fitoplâncton na agua, onde se pode ver quando deve ser lançado o alerta e a interdição.
Isto estaria muito certo se fosse acompanhado pela publicação dos resultados das analises das aguas, mas estes estão atrasados cerca de dois meses, já que o ultimo relatório data de Abril. Assim, não se pode dizer que há erro ou correcção por omissão das analises. E mais, o IPMA dá-se ao luxo de a coberto de direitos autorais não permitir a publicação destes documentos, um autentico absurdo.
Ora o IPMA tinha a obrigação de publicar e permitir a republicação das analises, em tempo útil, dos diferentes contaminantes.
Para quem acompanha pouco estas matérias, lembramos que a Zona L 8 abrange a maior parte da costa da Ria Formosa, estando classificada, para efeitos da contaminação microbiológica, como sendo de classe B, mal se percebendo como pode haver uma classe A, quando se diz que o risco de contaminação diminui à medida que se afasta do ponto de descarga.
Tudo muito mal explicado por uma entidade que tem por obrigação dizer o que realmente se passa. É por demais óbvio que o objectivo de tanta interdição e desclassificação serve os interesses únicos dos produtores de ostras, e mesmo de entre estes, alguns com mais "conhecimentos" que outros.
Isto não são alertas, mas antes um autentico martelanço! 

6 comentários:

Anónimo disse...

as ostras são os bivaves que mais agua poluida absorve para filtrar e naturamente reserva a
maior percentagem de materia a despoluir. As Entidades Pubicas têm a obrigação de nos infor-
mar a nos portugueses consumidores de bivalves O QUE SE PASSA, se há entidades publicas que
entendam algo sobre esta matéria.

Anónimo disse...

entao expliquem la como é que a ameijoa boa ta hoje interdita em toda a ria menos no viveiro do pratas olh2 está aberto

Anónimo disse...

queria dizer viveiro do pratas OLH 4

Anónimo disse...

Para os amigos tudo para os outros o martelanço da MAFIA. Só palermas necessitam explicação.

Anónimo disse...

a vergonha é excessiva.não há GOVERNO para a Ria Formosa. Que grande brincadeira....

Anónimo disse...

Há o GOVERNO da MAFIA. Desapareça quem tem vergonha da brincadeira.