A imagem acima mostra-nos mais um dos muitos contratos em que a Câmara Municipal de Olhão dá mostras da sua total falta de transparência e de democracia na gestão autárquica.
Se os nossos leitores repararem na data da celebração do contrato, verão que o mesmo foi celebrado a 18/10/2018. No entanto só foi para publicação no portal Base do Governo, um portal onde todos os contratos têm de ser publicados, a 21/01/2019, ou seja três meses depois.
Este contrato levanta ainda uma outra questão que é o facto de termos uma empresa para eventos, a Fesnima e depois é a Câmara quem celebra estes contratos. No que é que ficamos? Claro que o objecto da Fesnima foi alterado para receber a habitação social, e o seu dinheiro, porque era capaz de entrar dentro dos parâmetros que ditariam o seu encerramento.
Se a autarquia faz isso com este contrato, cujo valor é baixo, o que não fará com outros de valor superior.
Já aqui demos a conhecer o contrato com a empresa que está "requalificando" os esgotos de Olhão Poente, mas francamente, a zona deve estar mal definida. É que começaram a obra junto às Piscinas Municipais levando os esgotos para a estação elevatória por detrás do Modelo; depois começaram junto ao Macdonalds em direcção à rotunda da Galp; entretanto mudaram para o outro lado da Avenida D. João VI e fizeram-no até à Rua António Henrique Cabrita e agora seguem por essa rua fora. Não estará isto fora da zona Olhão Poente?
Por outro lado, o contrato celebrado tinha a duração de quatro meses, já há muito ultrapassados e o valor da obra parece pouco.
Será que há mais algum contrato que não foi publicado? Ou a empresa é uma benfeitora da autarquia?
A Câmara Municipal é suportada por uma maioria absoluta. e à semelhança do que aconteceu com o governo anterior, também ela tem toda a propensão para o autoritarismo ao não permitir a discussão de assuntos que são do interesse geral da população. Ainda há pouco tempo que o presidente dizia querer discutir com as pessoas a melhor forma de tratar os resíduos, mas depois toma as decisões sem consultar quem quer que seja.
Claro que a culpa não é só dele, mas enquanto não houver condições para correr com ele do lugar que ocupa, os eleitores bem podiam mudar o sentido de voto e manda-lo à urtigas. Promessas sabe-as fazer mas já quando toca a executa-las é mais complicado.
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