segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

OLHÃO: PORQUE NÃO ENCERRAM LOGO OS MERCADOS?

Tivemos conhecimento de que a administração da Mercados de Olhão, EM, mandou uma carta a todos os empresários que operam nos Mercados intimando-os a fazerem a apresentação dos seguros sob pena da aplicação de coimas aos que não o fizerem.
Não por carta, mas verbalmente, a mesma administração comunicou aos concessionários dos estabelecimentos que vão ter de pagar as taxas devidas pela ocupação das respectivas esplanadas.
Ambas as situações nos merecem alguns comentários, nada abonatórios para os cavalheiros que tomam estas decisões.
Porque hão-de apresentar seguros que vão para alem dos do pessoal? Os Mercados definham e cada vez se faz menos negocio, com os operadores a balões de oxigénio. O autoritarismo da exigência não contempla o impacto negativo da intervenção da empresa mãe, o Município de Olhão. Não há tolerância alguma, parecendo que se preparam para encerrar os Mercados. Mas se o querem fazer, porque agonizar e não lhes proporcionar uma morte rápida?
No mesmo sentido, está a cobrança das taxas de ocupação das esplanadas dos Mercados. Ninguém quer reconhecer que com as obras de 5 de Outubro, é toda a actividade económica dos Mercados que se recente, e ainda mais em época ainda mais baixa, como a que atravessamos.
Curiosamente, o presidente da câmara vem, para a imprensa regional, dizer que os estabelecimentos da 5 de Outubro, estão isentos do pagamento de taxas durante o período de duração das obras. Mas então, os Mercados não estão na 5 de Outubro? Ou as esplanadas dos Mercados fazem parte da Ria Formosa? Não tiveram eles, já melhores dias? Ou o dinheiro das esplanadas dos Mercados vai servir para apoiar os eventos da Associação de Basquetebol, cuja direcção está quase toda metida na empresa municipal?
Por outro lado, devemos recordar que o presidente da câmara tem vindo a dizer que o custo da intervenção na 5 de Outubro é de um milhão e meio, quando a Polis só paga cerca de seiscentos e setenta mil. Onde vão ser gastos os restantes euritos?
No final do Verão nova intervenção se prepara, dessa feita na "requalificação" dos jardins, podendo assistir-se à supressão do estacionamento no lado sul daquela artéria. Com as maquinas a trabalhar, como vão funcionar os Mercados e as esplanadas?
Depois dessa, que passa a ser o segundo inverno, virá a "requalificação" da Avenida 16 de Junho até às antigas instalações da Conserveira do Sul, com constrangimentos no transito.
Três invernos seguidos, com obras e mais obras, algumas delas de difícil compreensão em termos de prioridade, mas de grande impacto negativo para toda a actividade económica da baixa de Olhão, que não só dos Mercados. É a morte lenta!
Enquanto todos os atingidos por este calvário, não se juntarem, organizarem e não mostrarem a força  do colectivo, dizendo NÃO a todos as medidas da administração dos Mercados e da Câmara, e obrigarem-nos a recuar nas suas intenções.
LUTEM! PORQUE SEM LUTA, NÃO HÁ VITÓRIA!  

2 comentários:

Anónimo disse...

O tempo de Zeca Afonso já lá vai.
"Olhão Madrinha do Povo Madrasta é que não"!

Anónimo disse...

o cagarão do meia leca« que manda nas praças, quer é destruir as praças de olhão,para obrigar os operadores a abandonarem a actividade, para depois fazerem restaurantes e cafés e bares com esplanadas.como já começaram a fazer.