sábado, 5 de janeiro de 2019

OLHÃO: A MORTE LENTA DA 5 DE OUTUBRO!

Apesar do anuncio de tentar recuperar o tempo perdido, o atraso nas obras da Avenida 5 de Outubro mantém-se, procurando-se as mais diversas desculpas, mas sem ir ao fundo da questão.
Em primeiro lugar, parece que muito boa gente ainda não percebeu que a obra é da Câmara Municipal de Olhão, e que a Sociedade Polis é apenas o instrumento financeiro para a sua execução. Antes a sociedade Polis fora o instrumento financeiro para a execução do POOC, o tal plano que mandou demolir N casas nas ilhas barreira. Aqui passa-se exactamente a mesma coisa com uma diferença, o projecto da Polis para a zona ribeirinha era o que se pode ver em http://olhaolivre.blogspot.com/2017/03/olhao-destruicao-de-habitat-do-caimao.html, e porque o presidente da câmara entendeu vender os terrenos da Horta da Câmara para a construção de um eco-resort, pressionou  aquela sociedade no sentido de transferir as verbas destinadas à intervenção então prevista para proceder à destruição da 5 de Outubro.
E assim se jogaram fora 160.000 euros gastos num projecto para jogar no artigo cesto.... do lixo!
Claro que quando dizemos que estão a destruir a 5 de Outubro é pelo impacto negativo que a intervenção está tendo na actividade de toda a baixa de Olhão e muito especialmente nos Mercados e restaurantes da zona.
As obras andam a passo de caracol, ora porque falta a pedra, ora porque querem trabalhadores com salários de merda. Competia á entidade que promoveu o concurso verificar se a empresa tinha condições para executar a obra dentro dos prazos previstos; do mesmo modo competia a essa entidade fiscalizar a execução porque já vimos a forma como estão compactando o enchimento das valas. E não é preciso ser-se técnico para se perceber que não será jogando uns borrifos de agua que o conseguirão e daqui a uns meses vamos ver aquela desgraça abater toda. Onde anda o diligente presidente da câmara? Passeando?
Passado o período de festas, está na hora de todos os lesados pela obra, operadores dos Mercados, restaurantes e até os comerciantes da baixa, se juntarem e manifestarem publicamente contra o Poder local, responsabilizando-o pelos prejuízos decorrentes desta anedota de intervenção. Quem quer vaidades que as comporte sem prejuízo para terceiros e não venham dizer que o beneficio virá nos próximos vinte anos que é tudo bluff.
 O comercio da baixa desespera pelo fim das obras e nem se apercebe que terminadas estas outras virão com impacto semelhante, ou não tivesse sido já encomendado o estudo para a requalificação da Avenida 16 de Junho, entre a rotunda da Bela Olhão e as instalações da antiga Conserveira do Sul.
A tudo isto se junta a falta de estacionamento cada vez menor, fruto da falta de planeamento de curto, médio e longo prazo.
Foi assim que a câmara de Vila Real de Santo António faliu, com obras e mais obras, como se a cidade tivesse que ser transformada num só mandato. Essa forma de trabalhar é pura agenda eleitoral, apresentar obras para ganhar eleições, sem olhar aos interesses munícipes. Porque não promover um ampla discussão com toda a população por forma a definirem-se as prioridades do concelho? Isto é alguma ditadura? Parece que sim!
Continuem assim até à morte completa da 5 de Outubro!

1 comentário:

Anónimo disse...

O dinheiro canalizado pela União Europeia passa por muitas casas!