O Centro Hospitalar Universitário do Algarve parece padecer de doença oncológica em fase terminal.
Há falta de tudo, um pouco, seja pessoal medico, de enfermagem, auxiliares, medicamentos e até produtos de limpeza, tudo em obediência às conhecidas cativações.
Hoje, trazemos a lume a situação de um doente que há mais de ano e meio se apresentou no serviço de urgência com problemas renais. Observado, o médico de serviço recomendou que se apresentasse junto do médico de família para proceder á marcação de uma consulta de especialidade, O que veio a ser feito nos dias imediatos.
Como não obtivesse consulta e perante nova crise, consultou novamente o médico de família que lhe receitou um medicamento. Passado todo este tempo, o doente está a sentir os mesmos sintomas pelo que vai mais uma vez recorrer ao médico de família.
Porque se passasse mais de ano e meio e de consulta, nada, reclamou para a Direcção Geral de Cuidados em Saúde, que por sua vez reencaminhou a reclamação para a entidade Reguladora dos Serviços de Saúde. E esta, mandou para a Administração do Centro Hospital Universitário do Algarve, que mandou a resposta constante da imagem.
O Centro Hospitalar é tudo menos Universitário por mais que o queiram valorizar, mais parecendo uma agência de promoção da morte, deixando que a doença larve até se tornar incurável. E foi assim que mataram o meu irmão, á espera de uma consulta que só foi marcada após a sua morte.
Claro que tudo isto é fruto das cativações levadas a cabo pelo governo em nome do défice e da divida, numa clara subserviência aos ditames da União Europeia. É uma forma de austeridade que as pessoas só sentem quando precisam de recorrer aos serviços e não encontram respostas. Para quem tem posses, sempre pode recorrer aos serviços privados, mas os que não têm, os trabalhadores com o salário mínimo de miséria ou os reformados, ficam à espera da morte.
Não basta aos partidos da oposição agitarem o espantalho, precisam de tomar medidas. Aprovar orçamentos sem ter a garantia de que verbas destinadas a serviços essenciais com os da saúde, não serão objecto de cativações, é o mesmo que dar ao governo, especialista na arte de manipular, o poder de condenar os que menos recursos têm a uma morte antecipada, e assim poupar uns milhões no pagamento de reformas.
Diz a Lei que as consultas devem ser marcadas através da plataforma digital dos serviços no prazo de cinco dias, mas o governo e as entidades dele dependentes limpam o cu à Lei. A lei só é aplicável em situações de trabalhadores em greve quando reivindicam melhores condições de vida. Aí sim, até a policia e a tropa é chamada.
De forma despudorada vêm agora os candidatos a deputedo pelo falso partido socialista no Algarve declarar a sua paixão pela Saúde. Onde andaram estes quatro anos? Que dirão quando o Ronaldo das finanças, se fizer parte do próximo governo, continuar a proceder a cativações na saúde?
TENHAM VERGONHA, CANALHAS!
2 comentários:
Quando um povo é conivente, legitima a farsa em que vive, trágico vai ser o seu fim. Canalha? Que pensar de quem os apoia?
Estão a falar da morgue existente em Faro. Grande tristeza
JMateus
Enviar um comentário