segunda-feira, 29 de junho de 2020

ALGARVE: NA FORJA A CRIAÇÃO DE NOVOS TACHOS

O presidente da câmara municipal de Olhão, também presidente da AMAL e nessa qualidade falando, aponta para a regionalização e o regresso do governador civil, que curiosamente o ultimo foi o papá do artista.
Tudo isto na sequencia a propósito ou não da continuidade dos controladores regionais para a pandemia.
A pandemia é um problema essencialmente técnico e devem ser os técnicos de saúde a pronunciar-se sobre o assunto, fornecendo as orientações que os titulares de cargos políticos devem subscrever e não o contrario. Substituir o papel dos técnicos por agentes políticos não será a melhor solução e está à vista o resultado com o aumento do numero de casos, fruto de uma decisão politica de desconfinamento.
Para o lugar de coordenador regional de combate à pandemia, logicamente deveria recair no responsável regional de saúde publica! Mas foi escolhido, José Apolinário que nem para secretario de estado das pescas serve quanto mais para tratar de problemas de saúde. Basta ver as intervenções do artista para se perceber a inutilidade deste coordenador. Obviamente que os elogios por parte dos camaradas não podiam deixar de aparecer e se tivermos em conta que a maioria das câmaras algarvias estão em mãos socialistas melhor se compreende. Apolinário tem muito peso no ps algarvio.
Aproveitar a onda pandémica para se promover o retorno do papel do governador civil é completamente despropositado já que este depende do ministério da administração interna e não do da saúde. Para alguns crentes ainda no modelo governativo e que possam defender a necessidade de um elo de ligação entre a região e o poder central é bom que se lembrem que também, e como é recorrente, que as autarquias que tivessem de passar pelo crivo de um tal governador poderiam esbarrar nas dificuldades por ele criadas, como já aconteceu no passado.
É que o cargo de governador civil estava equiparado ao de um director geral e se os autarcas fossem obrigados a uma primeira abordagem junto dele antes de chegarem ao governo, podiam ver muitos dos seu projectos serem chumbados à partida.
O presidente da AMAL deve é estar com saudades dos tempos em que o papá exercia o cargo!
De tempos a tempos levanta-se o problema da regionalização sem se explicitar seriamente quais os objectivos. A regionalização seria a melhor maneira de aceder ao pote dos fundos comunitários que fossem destinados à região e quem dominasse o poder regional tinha a faca e o queijo na mão para proceder à sua distribuição de forma desequilibrada, procurando desviar os fundos para as autarquias por si controladas.
O modelo de governação, o sistema politico, com o nepotismo familiar em força, aliada à corrupção, ao compadrio e ao favorecimento, a regionalização era um autentico euromilhões para os políticos do grande centrão. 
Quem acredita nesta gente? E como não querem depois a ascensão do populismo? 
Governador civil e regionalização representam a criação de novos tachos e de redistribuição de cargos políticos aumentando o numero de oportunistas que veem na politica a forma de subir na vida quando o objectivo era o de servir as populações e não o servirem-se a si próprios.
Que mais tem feito o Pina senão isso mesmo?   

1 comentário:

Anónimo disse...

Restaurante com mais clientela obriga a aquisição de novos tachos, obviamente correcto.