O texto acima foi retirado da pagina de António Miguel Pina, presidente da câmara municipal de Olhão, que reage assim às imensas criticas que têm surgido nas redes sociais a propósito das ervas que proliferam pela cidade.
E como não podia deixar de ser. logo um servil colaborador da Casa da Juventude sai em defesa do patrão, com um comentário próprio de alguém sem espinha dorsal.
Os serviços de recolha de resíduos não pararam tal como outros também não. Embora durante o Estado de Emergência restringisse a prestação de serviços ao essencial, lembramos que as equipas de apanha de ervas são constituídas por dois elementos, um roçador que corta e outro com um compressor para juntar e apanhar a erva cortada, nada que impedisse de manter as distancias. Não custa, no entanto que durante a Emergência não trabalhassem.
Mas depois da Emergencia, veio o Estado de Calamidade e alguma abertura que permitia o funcionamento destes serviços e como vimos nalguns casos começaram mesmo a apanhar as ervas. Não se trata pois de apontar o dedo a quem faz o trabalho mas a quem dirige.
O prestimoso colaborador e comentador esqueceu porem que para alem dos motivos invocados existem outros que levam à presente situação, pelo que a sua sugestão de colocar os moradores a apanhar as ervas é absurda.
É nas ruas mais antigas onde se encontram mais ervas e isso tem que ver também com a politica prosseguida pela autarquia. É que onde antes havia uma casa, passaram a haver quatro ou cinco fogos, mal se sabendo a que vizinho caberia a tarefa de apanhar as ervas em causa. Mas não só, já que muitas destas casas passaram a ser de segunda habitação, estando ausentes os seus proprietários.
Antigamente, uns e outros não pagavam as elevadas taxas com que hoje brindam os munícipes e se as pagam, quem recebe tem a obrigação de prestar o serviço que cobra. Essa é a questão!
Esquece o comentador e o presidente que antigamente, as pessoas juntavam-se à porta de casa, comendo e conversando, fazendo disso o convívio social que hoje é feito nos cafés ou nas redes sociais. Ou seja, o rumo que deram à sociedade olhanense e não só, veio descaracterizar por completo a vivência do passado.
O que nem o presidente nem o seu servil seguidor dizem é que no passado as ruas eram lavadas e agora não, quem diz agora diz há muitos anos. Convém lembrar que a agua da rede contem cloro e como tal não será a melhor para as plantas (ervas).
A desertificação de muitas ruas, fruto da segunda habitação promovida pelo presidente, está associado a este tema até porque o pisoteio das ervas é muito menor, verificando-se que nas zonas mais pisadas quase não existe erva.
Em suma, Olhão é uma cidade abandonada, encontrando, os eleitos locais, na pandemia a desculpa para o estado de abandono. Os munícipes têm uma pesada factura, com taxas e mais taxas pelo que a responsabilidade de apanhar as ervas é única e exclusiva da autarquia e todos aqueles que acham que a sua rua está mal podem e devem protestar, seja nos sites da câmara, da empresa municipal ou nas redes sociais. Todos querem um cidade melhor, mais limpa. Apenas slogans não chegam!
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