quinta-feira, 11 de junho de 2020

OLHÃO: QUE RICA AÇORDA, A DO COVID

À pala do Covid e do regime especial criado a propósito, é um fartar vilanagem de negócios pouco claros e que deveriam ser muito bem explicados, quando se trata da forma como são gastos os dinheiros extorquidos ao Povo.
Não será demais lembrar que esta espécie de democracia, onde supostamente deveriam prestar um serviço publico, acabam por se servir a eles próprios, enriquecendo muitas das vezes de forma ilegítima quando não ilícita.
É assim que, e sem surpresas, detectamos os contratos que a câmara municipal de Olhão vem celebrando para, dizem eles, adquirir os meios de protecção e combate à Covid. Como se pode ver em  http://www.base.gov.pt/Base/pt/ResultadosPesquisa?type=contratos&query=adjudicanteid%3D610, entre os dias 22 de Maio e 9 de Junho a autarquia gastou qualquer coisa como 230.000,00 euros, acrescidos de IVA, em mascaras reutilizáveis.
Tendo em conta o preço de mercado e as quantidades adquiridas, aquelas mascaras não custarão mais de três euros, pelo que a câmara terá comprado cerca de oitenta mil mascaras, para uma população de 45.000 pessoas. Muitas são as pessoas que se queixam de não ter visto a cor das mascaras e a Agregação de Juntas de Moncarapacho-Fuzeta terá feito a sua distribuição. Será que houve alguma distribuição? Para onde foram tantas mascaras? Que negocio encobrem as mascaras?
Existindo, nos dias que correm, uma multiplicidade de empresas a vender mascaras, despertou-nos a curiosidade de ver com quem anda a trabalhar o nosso presidente, partindo do principio de que se trataria de empresas que se dedicam ao ramo têxtil ou medicinal. Mas não! São empresas ligadas, de uma forma ou de outra, ao ramo automóvel ou de transporte de mercadorias.
Uma delas é a Metromarco, com dois contratos, no valor de 76.500,00 euros cada. Vejamos que empresa é esta:
https://publicacoes.mj.pt/DetalhePublicacao.aspx, e a outra:
https://publicacoes.mj.pt/DetalhePublicacao.aspx
Ambas são do norte. Que o nosso presidente é um admirador confesso do mercado automóvel, já o sabíamos, mas que faça negócios de produtos alheios a tal actividade com empresas daquele ramo é um bocado duvidoso.
Por outro lado, o presidente veio gabar-se das medidas que contiveram, no dizer dele, o Covid na região, omitindo que foi pelo medo do contagio da doença instigado pelo Poder e não pelas medidas tomadas que houve uma redução de casos. Curioso é verificar que quando se diz que a situação está controlada, é precisamente quando o presidente vai comprar as mascaras que ninguém viu. Servirão para o próximo Carnaval?

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