quarta-feira, 15 de julho de 2020

OLHÃO: CONTRATOS SEM TERMO?

1 - A Câmara Municipal de Olhão celebrou mais um contrato por consulta prévia, no valor total de 82.914,30 euros conforme se pode ver em http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/826412.
Para alem da discutível opção, que têm todo o direito de exercer, é curioso verificar que na clausula terceira se diz que o contrato entra em vigor cinco dias após a assinatura do mesmo mas não indica o termo.
Já na clausula sexta se diz que o contrato termina decorrido o prazo indicado na clausula terceira, ou seja, nunca.
Claro que há aqui um erro já que a empresa prestadora do serviço não vai ficar eternamente presa por um contrato destes. Os munícipes é que ficam sem saber quando é que acaba o contrato que pode ser dentro de alguns poucos dias, o que também não será credível.
Isto é que de uma transparência e peras!
2 - 
Na passada segunda feira, um operador do mercado de peixe, publicou nas redes sociais a imagem que reportamos em cima, apoiada por um comentário no qual questionava, e bem, a razão da porta do mercado para a zona central estar fechada, como se vê.
Logo a administração dos mercados procurou intimidar, se algo mais grave não se passar, o dito operador por ter umas caixas vazias encostadas a uma porta fechada, e sem utilização, mandando aos subordinados que tirassem fotografias, sabe-se lá com que intuitos.
De notar que este operador tem sido um dos que mais tem lutado na defesa dos mercados, razão pela qual já foi multado em quinhentos euros, e provavelmente não se livrará de mais uma.
Lamenta-se o dito operador que de que os consumidores dizerem que são os operadores os culpados por não enfrentarem a administração. Nós também achamos que sim! Mas não pode ser apenas o esforço de um operador mas de todos. Os operadores têm de se unir e falar a uma só voz, não podem é deixar que seja apenas um a dar a cara e ficar desamparado sem o apoio dos restantes.
O operador em causa, ainda que contando com o apoio de boca dos colegas, mas na prática isolado corre o risco de ser penalizado por defender os interesses de todos. Isto não pode ou não deve acontecer.
Mas regista-se também a atitude prepotente, desajustada e inadequada da administração dos mercados, que tudo julga poder fazer. Será que encerramento da porta central foi para "confinar o Covid?" Não brinquem com isto! Os Mercados estão mal não bastando a pandemia senão ainda os desaforos da administração.
Estão a esquecer-se que os Mercados são a principal fonte de atracção turística de que tanto falam mas depois na prática destroem o melhor que a cidade tem. Ele há com cada uma! 

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