1 - Nos últimos dias, começou a intervenção na Estrada Nacional 125, no troço entre Fuzeta e Olhão. o que tem vindo a criar grandes constrangimentos a quem tem de circular naquela via.
Desde logo se coloca a questão do timing escolhido para fazer a obra, já que estamos em plena época balnear, quando o calendário poderia ter sido outro de forma a permitir uma maior mobilidade automóvel. Mas foi a opção do presidente da Câmara Municipal de Olhão, o mesmo que diz tanto defender o turismo. Não fora a pandemia e o movimento turístico estar em baixa e teríamos um autentico caos mas ainda assim com bastantes queixas.
Para aqueles que pensam apenas nas viaturas que circulam entre a Fuzeta e Olhão, lembramos que a Nacional 125 se prolonga até Vila Real de Santo Antonio, cuja alternativa, se é que tal se lhe pode chamar, é a Via do Infante, uma via portajada.
Esqueceu-se, o presidente da câmara, que nem todos conhecem os caminhos ou estradas alternativas, particularmente aqueles que não são da região, para alem de que a alternativa apresentada, era o desvio por Quelfes que também estava em obras.
Um belo serviço prestado à população do concelho, de Tavira e de Vila Real e à actividade económica turística.
2 - Ontem anunciávamos a aquisição de mais uma viatura de reboque para a Policia Municipal, como que a querer dizer que as multas vão chover, mas hoje temos mais uma novidade.
A Câmara Municipal de Olhão acaba de assinar um contrato com os CTT para a prestação de serviços de tratamento de contraordenações rodoviárias e respectiva cobrança, como se pode ver em http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/829767 . O valor deste contrato é de 160.000 euros acrescidos, o que vai elevar a quantia para cerca de cento e noventa mil euros, por ano.
Têm de chover multas para justificar os salários da Policia Municipal e de mais este contrato. Se alguém tinha duvidas quanto à instalação de um concelho policial é melhor que repense já que vai doer e muito a quem se descuidar com o estacionamento.
Não será demais repetir que o grosso destas multas vai acontecer a sul do caminho de ferro, onde, pelo Regulamento Geral da Edificação Urbana, não se poderia construir com fachadas superiores à largura das ruas.
À data da publicação inicial do dito regulamento (1951), não se previa o aumento do trafego e estacionamento automóvel e mesmo que o previssem, a verdade é que se não construíssem em altura, não faria grande diferença. É que onde havia uma casa ou um carro, passaram a haver quatro ou cinco casas e outros tantos carros.
Tudo isto com a autorização da autarquia, a única responsável pela falta de estacionamento, e isto sem falar na destruição de imensos lugares para o fazer.
É a nossa autarquia no seu melhor. O Pina está de parabéns porque mesmo fazendo estas bilharetas ainda há quem bata palmas, pelo menos até que lhes bata à porta o mal dos vizinhos.
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