sexta-feira, 17 de julho de 2020

OLHÃO: O COVID NA POLITICA

1 - A pandemia tem servido para justificar tudo e mais alguma coisa, sendo que num dia se diz para no seguinte se desdizer.
Vem isto a propósito do comunicado da Ambiolhão, colocado nas redes sociais ontem, uma semana depois de ser denunciada a ultima factura da agua.
A justificação encontrada é o confinamento por causa do Covid. O Estado de Emergencia teve inicio a 19/03 e manteve-se até 30/04 e daí passou ao Estado de Calamidade.
Mas será que o confinamento das pessoas levou a um tão elevado consumo de agua? Exceptuando uma maior utilização do autoclismo e de algum excesso na lavagem de mãos, o restante consumo de agua não terá sido muito diferente do habitual. Sendo assim, um acréscimo de 100 litros de agua implicariam mais três metros mensais, que mesmo alterando os escalões ainda assim fica muito longe dos valores apresentados pela maioria dos reclamantes. De notar que em Abril não fazia tanto calor assim que levasse a grandes consumos de agua, embora se admite o tal acréscimo. 
 É verdade que de acordo com o tarifário em vigor, quem tiver de consumo mais de 25 m3, o custo por m3 fica a 2,46 euros, mais 1,87 de saneamento e 0,46 de resíduos sólidos, uma media de 4,79 euros por m3, mas também sabemos que, em media, o consumo por pessoa é de 100 litros diários ou três metros3 mensais, o que para uma família normal atingir os 25 metros seria necessário muito descuido.
Vejamos então a factura da agua e o que nela constatamos é que o período de consumo vai de 02/04 a 04/05, ou seja o consumo reportado diz respeito ao mês de Abril, embora se aceite que seja referido com sendo de Maio, cuja factura foi emitida a 14 de Junho e recebida em Julho.
São muitos os consumidores que se queixam de facturas de mais de 400 euros, o que seria equivalente a um consumo de cerca de cem metros, o que é exagerado e não há confinamento algum que justifique tal consumo.
Em muitos casos sabemos que os contadores foram substituidos, sem qualquer aviso prévio, sem a informação do consumo registado no contador substituido e leitura inicial do novo, abrindo a porta para a trapaça. De tal forma que no caso aqui denunciado se registou um consumo de cinco metros, sete menos dois, algo que nunca foi registado antes.
Para compor o ramalhete, acrescentaram no gráfico do histórico, o mês de Junho quando a factura foi emitida a 14 desse mesmo mês, enquanto no gráfico reportavam um consumo, no mês de Maio de 2 metros. Para que serviu o gráfico senão para credibilizar a leitura apresentada?
Certo é que as reclamações choveram de todos os quadrantes e por essa razão a Ambiolhão viu-se na necessidade de vir apresentar uma justificação, muito frouxa .
Para alem de a empresa municipal não ter ajudado os munícipes na fase de confinamento, com os rendimentos em queda, verifica-se precisamente o contrario. O Covid justifica o assalto á carteira dos munícipes.
2 - Também a Junta de Freguesia de Olhão veio publicitar um vídeo sobre o Mercado Mensal de Artesanato, mostrando as instalações da Junta, com o balcão protegido com painéis de acrílico, mas que continua a trabalhar à porta fechada, por marcação facto que ainda esta manhã foi verificado.
O Covid justifica tudo mas o futuro se encarregará de repor as coisas.



2 comentários:

Anónimo disse...

Entao o pina como tem reoarado no desagrado da população da fuseta e moncarapacho agora no facebook so publica coisas da fuseta ja a pensar nas proximas eleicoes

Anónimo disse...

Oh terramote, da lá um mail para a malta te contar senas