quinta-feira, 2 de julho de 2020

OLHÃO: QUANDO OS PORCOS VOADORES FALAM DE GESTÃO DE TERRITÓRIO!

1 - Para aqueles que têm uma memória curta, lembramos que aquando da apresentação da proposta de compra das instalações da Bela Olhão, o presidente da câmara afirmou em Assembleia Municipal que depois de alterar o uso do solo naquela zona, a autarquia poderia ganhar mais valias de uma certa grandeza.
Mas antes disso negou a cidadãos ingleses a possibilidade de compra do espaço precisamente por causa do uso do solo!
Só mais tarde viria a mudar o disco para vir dizer que para ali transitariam serviços camarários e da Ambiolhão, com a qual formaria a parceria compradora do espaço.
2 - A gestão do território faz-se através dos planos de gestão territorial e não através de negócios pouco claros e transparentes como os que devem presidir a uma autarquia ou a qualquer outro organismo do Estado.
Os planos de gestão territorial devem ser discutidos e aprovados antes da compra dos espaços, e não o contrario. O uso e abuso discricionário que os autarcas têm do poder permite-lhes saber antes dos donos dos espaços qual a utilização que pretendem dar aos solos e fornecer essa informação a camaradas e amigos, dispostos a pagar por tal informação.
É o fermento da corrupção a levedar!
3 - Para os que têm duvidas quanto às verdadeiras intenções do Pina, não tanto quanto á gestão territorial mas quanto aos ganhos que poderá obter com a sua conduta, é bom que leiam com atenção para o que segue.
Há uns meses atrás, o cão de fila do Pina, andou pelo bairro do Xavier a convidar as pessoas a abandonar as casas para que no seu lugar pudessem construir fogos de luxo.

  O bairro do Xavier é constituído pelas casas que se situam a seguir aos prédios, em frente ao Auditorio Municipal.
Não satisfeito com isso, mandou o cão de fila, pressionar os donos ou inquilinos dos armazéns na Avenida 16 de Junho para os abandonar,e que podem ser vistos nas imagens de baixo, apontando o prazo limite de cinco anos.
Para o lugar desses armazéns seriam edificados fogos de luxo! 

Desde quando, um presidente de câmara se arroga o direito de chantagear ou pressionar proprietários e inquilinos, para abandonar os seus pertences, não por razões de interesse publico mas para satisfação de alguns patos bravos sem escrúpulos como o ex-presidente da câmara municipal de Faro, Luis Coelho?
Ao presidente da câmara e aos funcionários dela compete-lhes promover, discutir e aprovar os planos de gestão territorial e deixar que sejam os particulares a definir os terrenos que querem comprar. Quando uma autarquia, prossegue uma politica de chantagem como a que foi feita e não estando interessada na aquisição daqueles espaços, está na prática a favorecer os seus amigalhaços ou camaradas. Decisões que permitam o favorecimento ou vantagem patrimonial ou outra para si ou para terceiros, são susceptiveis de configurar crimes conexos aos de corrupção, conforme com a Lei 34/87 http://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=281&tabela=leis&ficha=1&pagina=1&so_miolo=.
4 - Um outra questão que foi levantada é a dos rótulos que põem nos cidadãos que contestam as politicas prosseguidas pela edilidade.
Tanto pai como o filho Pina entendem que só os privados prosseguem politicas liberais como se o estado e as autarquias não o fizessem. Quando um presidente de câmara, transforma a sua autarquia numa agência de pura especulação imobiliária, não estará ela a fazer uma politica liberal?
5 - Alguns batem palmas ao projecto de reconversão de toda a zona envolvente ao porto de pesca para o turismo, alegando o grande desenvolvimento que o hotel trouxe um grande desenvolvimento para a cidade.
Curiosamente a Avenida 5 de Outubro não cresceu assim como não cresceu o numero de estabelecimentos, embora alguns tenham sido convertidos até mesmo antes da construção daquele.
O hotel terá uma capacidade de alojamento inferior a trezentas pessoas mas as famílias estrangeiras residentes na zona histórica são muito mais do que essas pessoas. E os residentes fazem o seu consumo na cidade!
Atribuir o mérito de alguma crescimento no sector da restauração única e exclusivamente ao hotel é enterrar a cabeça na areia, como a avestruz. Que o pai Pina fosse conhecido por Macaco ainda se compreende mas de avestruz é novidade!
Destruir a envolvente do porto de pesca é a forma de acelerar o processo de destruição do que resta da pesca. É que o que se pretende é reduzir o numero de embarcações de pesca dentro do porto para libertar o mesmo para a marina.
Diversificar a actividade económica sim mas reduzi-la a um sector, o turístico é um erro crasso, e a pandemia está aí para prova-lo.
6 - Uma ultima palavra para a Bela Olhão. Aquela fabrica empregava seiscentas pessoas e não há nenhum estabelecimento hoteleiro que consiga gerar postos de trabalho como ela. Destruir o sector produtivo para o substituir por um sector de prestação de serviços não é a melhor opção, embora possa ter os seus apoiantes.
7 - Todo este negocio tresanda a crimes conexos aos de corrupção!

1 comentário:

Anónimo disse...

Ontem andava um agente do Pina e um "inspector" a tirar fotografias na Rua de Santana, será que uma das funções do contingente "pinesque" é fotografar e proteger os amigalhaços nas negociatas. Filhos d`Olhão, não acordem não, aos poucos estamos quase fora da nossa terra. Continuem a votar neles e depois não se queixem.