quarta-feira, 16 de junho de 2021

OLHÃO: DOS APLAUSOS AO CHORO E REVOLTA, UMA QUESTÃO DE TEMPO!

 Porque hoje é dia de muitos aplausos nas inaugurações, entendemos dizer porque estamos sistematicamente contra a forma como é exercido o poder.
Os modos de produção são a forma de organização socio-económica das sociedades nas diversas etapas de desenvolvimento, determinando o modo de vida das pessoas. Isso faz parte da história que também nos mostra que todos eles criaram contradições entre as forças presentes, do capital e trabalhadores, de tal forma que acabaram  com conflitos sociais e politicos, alguns de forma bastante violenta.
Dos modos de produção mais conhecidos, até por serem ainda dos mais velhos, lembramos o escravismo, o feudalismo, o capitalismo e o socialismo, sendo que o unico resistente o capitalismo. Todos os demais sucumbiram perante um denominador comum, a insatisfação da maioria dos Povos face às desigualdades sociais, às fracas condições de trabalho, aos baixos salários, no fundo às precárias condições de vida de quem trabalha. Ressalve-se que o socialismo ruiu porque em seu nome se instalaram regimes opressores e de ditadura. No fundo, a ausencia de democracia e de liberdade, a acrescentar às condições de vida.
Será que o modo de produção capitalista não tem os seus dias contados?
A economia é uma ciência que está ao serviço do capitalismo, estudando e concebendo formas de aumentar os lucros e alimentar a ganancia do patrão, não respeitando os recursos naturais, o ambiente e menos ainda as condições de vida de quem trabalha. E aqui basta olharmos para o que se passa na Ria Formosa e ver como é tratado este importante recurso natural, o ambiente e as condições de quem nela trabalha.  
Mas os problemas que se adivinham para o futuro, são ainda muito mais complexos e maiores, mas as pessoas menos atentas e que aplaudem este tipo de desenvolvimento, não se apercebem, ou confundem, o rumo que ele toma.
O automatismo, a mecanização, a computação, a robótica e a inteligência artificial, tao apreciadas nos filmes de ficção, vieram para ficar criando desemprego, destruindo postos de trabalho, tudo na lógica do lucro!
Terão os estados condições para prestar assistência ao exercito de desempregados que vai atingir a maioria dos Povos, ou estes vão-se revoltar como nos filmes? 
Estarão os detentores do capital, o patronato na disponibilidade para abdicar de parte dos seus lucros para apoiar aqueles que vão ficar sem recursos? Não acreditamos!
Desta forma temos a ciência ao serviço de um modo de produção cujo objectivo é o lucro e nada mais que o lucro, mas não temos ciência que defina a forma de acabar com os excluidos compulsivamente por força da aplicação de tecnologias que destroem postos de trabalho.
Hoje batem palmas sem se aperceber que estão a promover as lagrimas e revolta dos vossos netos!
 2 - Os anti-criticos do burgo que logo se pronunciaram acerca do texto de anteontem, devemos lembrar que o nosso amigo Pina foi um daqueles artistas que veio anunciar a necessidade de reduzir as perdas de agua na rede. 
O que se passava na Rua António Henrique Cabrita era uma rotura que retirou a areia debaixo do alcatrão, ficando este no ar para abater aos poucos e podendo constituir perigo para quem ali transita.
Detectada há mais de uma semana, foi preciso a denuncia para acabar com a perda de agua. A obra ainda não foi concluida, faltando encher o buraco e proceder à repavimentação da estrada.
A questão é que situações daquelas não podem ou não devem levar tanto tempo para serem combatidas. 

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