Ontem, que era um dia carregado de um certo simbolismo histórico já que que recorda o levantamento popular contra a ocupação francesa, mas infelizmente essa parte ficou de esquecida.
Para quem não assistiu ao discurso presidencial deixamos aqui o link para o video onde podem ver e ouvir as asneiras do traste https://www.facebook.com/cmolhao/videos/242213453932004.
E começamos a nossa critica pelo rotulo de populistas que ele colocou nos opositores quando o discurso dele não é outra coisa senão populista. Mas ele escreve mal e interpreta pior, porque não sabe o que diz! O populismo, mais pela forma do que pelo conteudo, quando utilizado no sentido pejorativo, é uma forma de arma de combate discursivo para desqualificar os opositores, procurando aliciar as pessoas para o voto em si, e particularmente junto das camadas com menos poder. Foi um discurso populista!
Porque estamos em tempo de pré campanha eleitoral, aproveitou o momento para descrever a obra feita nos ultimos oito anos, com os milhões gastos, e para anunciar obras futuras. Claro que lhe batem palmas, mas... O que talvez as pessoas não se apercebam é de que o Codigo dos Contratos Publicos leva à publicação dos contratos celebrados entre entidades adjudicatárias e adjudicantes, foi aprovado em Junho de 2008, ou seja tem treze anos de vida. Ao longo desses treze anos, a autarquia e as suas empresas municipais publicitaram contratos no valor de cerca 116 milhões, pouco mais, e que representam pouco menos de um terço das receitas orçamentais. Nestes contratos existe um pouco de tudo, ele são obras, publicidade, pessoal entre outras coisas.
O presidente devia explicar às pessoas onde foram gastos os restantes dois terços das verbas orçamentais. Vir falar dos milhões gastos em obras, quando afinal não representam nem 25% dos orçamentos e apresentar tal facto como grande vitória, devia também explicar o que faria ao dinheiro se as não fizesse; iria utilizar para limpar o traseiro? Ia pôr debaixo de algum ladrilho? Para que cobra tantos impostos senão para fazer as obras?
Sem querer deixou escapar as suas intenções quanto à forma como pretende levar à ocupação estrangeira por quase toda a area a sul do caminho de ferro, ao aprovar as ARU do Levante e do Mundo Novo. Isto dito sem ter em conta a data do levantamento popular contra a ocupação estrangeira.
À pala da requalificação das areas compreendidas pelo Levante e Mundo Novo, o que se pretende é a valorização à semelhança do que aconteceu na Zona Histórica, com o objectivo das negociatas imobiliarias, um processo de expulsão dos residentes que à mingua de rendimentos se verão obrigados a procurar casa noutro lado.
Não espanta pois o discurso populista do presidente!
Por aqui nos ficamos que o texto já vai demasiado longo.
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