Já lá vão muitos anos que foram montados os pré-fabricados que agora estão ao abandono. Não é o mau aspecto, embora já houvesse tempo suficiente para derrubar aquilo tudo, que nos trás à discussão.
Quando para lá foram morar, as pessoas tiveram três hipóteses de contratos: renda social, renda técnica ou renda resolúvel. No primeiro caso, eram tidos em conta os rendimentos doas agregados familiares. No segundo caso eram tidos em conta os custos de construção e no último caso, ao fim de 25 anos as casas passavam a ser propriedade das pessoas.
As pessoas que tinham contrato de renda resolúvel nunca viram a disponibilidade de quem de direito para passar as casas para a sua posse. Aliás, construíram-se os novos blocos de apartamentos e ainda hoje os moradores continuam à espera que um santo milagreiro se disponibilize para lhes dar aquilo que já há muito tempo lhes pertence.
Para os novos blocos, perto do bairro dos pescadores, foram transferidos os moradores dos pré-fabricados. Aparentemente, melhor instalados, diga-se em abono da verdade. Mas, a que custo? A pagar 300 e 400 euros de renda? É isso que se pode chamar de renda social? Que raio de critérios foram utilizados para atribuição das rendas? Devem os moradores aceitar pacificamente esta situação?
Os moradores devem protestar junto da autarqui, de uma forma organizada, através de uma comissão de moradores e dar luta sem tréguas até que a câmara tenha uma atitude mais justa para com estes moradores e os outros de renda resolúvel que ainda não viram o seu problema resolvido. Não basta a câmara desculpar-se com o INH. Tem de ter outra atitude, tem de zelar por aqueles que se sentem enganados pela autarquia.
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