sexta-feira, 30 de maio de 2008

As doces palavras de Jaime Silva aos pescadores!

Diz o ministro das pescas que o mal dos pescadores e armadores está na comercialização do pescado. Não diz o ministro, que os pescadores são obrigados por lei bastante antiga, feita e aprovada por todos os partidos com assento parlamentar, a vender o pescado em lota, (com um leilão que começa por cima, até que algum comprador se lembre de carregar no botão ou até chegar a zeros como já se viu na lota de Olhão) em instalações da Docapesca existentes em todo o país e que quem fugir à venda em lota tem logo a brigada fiscal à perna (como se vê por vezes em Olhão, junto aos mercados).
Ora como se pode ver, a culpa dos pescadores serem alvo de especulação pela parte de quem comercializa o pescado é do Estado e não dos pescadores. Na minha opinião, a haver leilão, devia-se começar por um valor mínimo estabelecido para cada espécie, com o acordo de pescadores, armadores, comerciantes e o leilão em vez de descer, subia conforme as necessidades do mercado ou a abundância.

Como solução para a crise, vem também o ministro dizer para abater mais embarcações. Isto é o que têm feito os sucessivos governos! Têm aliciado os armadores a destruírem os seus barcos, recebendo em troca uma ninharia e acabando com uma série de empregos no sector das pescas em Portugal.
Enquanto os nossos governantes apelaram ao abate, os nossos vizinhos espanhóis (que tinham uma frota que era uma vergonha comparada com a nossa), modernizaram a sua frota e conseguem, através de cooperativas de armadores e pescadores, serem eles a comercializar o produto da sua pesca, acabando assim com um dos intermediários do seu sector.

Diz agora o ministro que vai haver paragens e que serão pagas. Mas não é isso que o governo tem feito! Fazem-se as paragens biológicas mas o governo não as paga (veja-se as paragens da ganchorra este ano em curso e a do polvo há 2 anos!).

Diz ainda o ministro que a U.E. não permite a ajuda ao sector das pescas por causa dos sucessivo aumentos do combustíveis mas o governo já pode ajudar a TAP por causa dos mesmos aumentos, será por a TAP ser nacionalizada?
A França já anunciou, hoje, uma ajuda de 110 milhões de euros ao sector das pescas para amenizar os custos com os combustíveis, não estará a França na mesma U.E. que Portugal? Ou teremos nós ministros que se vangloriam de ter assinado um tratado (de traição) de Lisboa, mas depois não têm tomates para decidir os destinos do país sem pedir autorização a Bruxelas?

Entretanto a frota nacional está paralisada. A algarvia com (cerca de 1300embarcações) paralisou totalmente. Esperemos que não haja nenhuma traição pelo caminho e que as formas de luta se agudizem, levando por exemplo a uma manifestação do sector em Lisboa (seguindo o exemplo dos espanhóis que puseram hoje em Madrid cerca de 10.000 pescadores a distribuir 20 toneladas de peixe à população madrilena). Talvez assim os governantes acordarem de vez e pensem duas vezes antes de destruir um sector de vital importância para a economia nacional.

VIVA A GREVE DA PESCA

A greve da pesca aí está. Parece que a posição face à greve é concensual entre armadores e pescadores. Aos preços que os combustíveis se encontram, os rendimentos dos pescadores serão cada vez menores e para os armadores os riscos de ficarem com elevados prejuízos também é real. O que se adivinha é a liquidação quase total do sector das pescas. O comissário europeu das pescas foi peremptório e o ministro Jaime Silva também. NÃO HÁ MAIS APOIOS!
Os portugueses sempre foram bons rapazinhos, cumpridores, abateram tudo o que havia para abater e mais abateriam se houvesse mais dinheiro. Numa primeira fase, em nome de uma modernização da frota, em nome de uma frota tida como sobredimensionada, etc, etc. Numa segunda fase porque Marrocos acabou. E finalmente que os custos de operação de uma mebarcação se pesca se tornam de tal forma onerosos que impedem que os pescadores ganhem e que os armadores consigam manter as embarcações.
Mas também não é menos verdade que, à medida que se vai abatendo a frota nacional as nossas águas vão ficando cada vez mais disponíveis para os poderosos da união pescarem naquilo que é nosso. A táctica de Bruxelas passa por destruir a força produtiva portuguesa e criar condições para que, principalmente os espanhóis, ocupem as nossas águas.
Agora é a pesca, amanhã será outra actividade qualquer. A bola de neve vai aumentando e chegará a um ponto que não terá retorno. Aos restaurantes não lhes adianta subir os preços. O público consumidor à medida que vai perdendo o poder de compra, também vai deixando de poder comer nos restaurantes e se os perços subirem ainda mais. Com o comércio de roupas, com as cabeleireiras, enfim, com aquelas actividades de menor capital, mas igualmente importantes, começam a sentir sérias dificuldades em sobreviverem. Por outro lado, as dificuldades em pagar a prestação da casa ao banco vai aumentando e nunca se viu tanta casa à venda como agora e que ilustra as dificuldades por que o cidadão comum está passando.
O governo de José Sócrates vai-se mostrando insensível mas o caudal de indignação vai aumentando, o sentimento de revolta vai-se interiorizando. Com a situação a degradar-se de dia para dia, lá chegará o momento de exteriorizar essa revolta... e depois, se verá no que ficamos.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

FORPESCAS / FORMAR - SALÁRIOS EM ATRASO

O conselho de administração e a direcção nomeadas, mais não são do que a comissão liquidatária do FORPESCAS/FORMAR. Os formandos e os formadores não receberam a bolsa e os honorários correspondentes ao mês de Abril e o mês de Maio também já está no fim.
Como é que é possível que uma entidade do estado se comporte desta maneira? Os formandos tem as suas carências e, embora a formação profissional não possa ser encarado como um trabalho, se tem direito, se há um contrato em como a entidade formadora se compromete a pagar, só tem que o fazer. Com os formadores a situação é idêntica. Tem casas a pagar, carros, etc etc. Se não satisfizerem os compromissos atempadamente serão penalizados com os juros altíssimos que a banca cobra. Quem é o responsável por essa situação?
Mas se os formandos e os formadores não recebem desde Abril, os funcionários também não sabem quanso irão receber o mês de Maio e tudo se vai transformando numa bola de neve conducente ao encerramento do FORPESCA/FORMAR. Mais tarde ou mais cedo os formandos irão recusar-te a ter formação, os formadores irão recusar-se a dar formação.
Aquando da publicação da portaria que extinguiu o FORPESCA e criou O FORMAR, estas situações deveriam estar acuteladas. Assim não foi e a conclusão a tirar é que o estado não é uma "pessoa" de bem como os nossos des"governantes" tanto gostam de apregoar.
O Dia do Pescador está aí. Uma forma de iludir o pescador, de o levar a pensar que alguém lhe reconhece algum mérito. Nada mais falso, nada mais hipócrita. A greve da pesca é bem ilustrativa disso mesmo. Ainda ontem o ministro da agricultura, Jaime Silva, desferia mais um forte ataque à pesca. Qual deve ser a atitude dos pescadores? Celebrarem o Dia do Pescador com quem os engana, com quem os despreza ou fazer do Dia do Pescador, um verdadeiro dia de luta e aproveitando todas as cerimónias para denunciar a política deste governo? A câmara de Olhão é extremamente infeliz quando promove uma palestra sobre turismo responsável e deixa a pesca de fora das celebrações do Dia do Pescador. Uma aberração doutra aberração que é o presidente da câmara...

quarta-feira, 28 de maio de 2008

FORPESCAS / FORMAR - QUE SITUAÇÃO?

No dia 23 de Abril passado, foi publicada uma portaria em Diário da República que extinguia o FORPESCA e criava o FORMAR. Foi nomeado um novo conselho de administração que, por sua vez, nomeou um novo Director.
Foi uma extinção apressada com o único objectivo de entregar as instalações da Escola de Pesca e das Marinhas de Comércio à Fundação Champalimaud. A apressada extinção não teve em conta a formação a decorrer e, muito menos, o futuro.
Os trabalhadores da EPMC foram parar aos quadros dos supranumerários e, prevê-se, que parte dos trabalhadores do Forpescas sejam absorvidos pelo IEFP.
No entanto, as coisas não são assim tão simples. Há questões que se levantam e às quais ainda não foram dadas respostas. Futuramente, caso o FORMAR encerre, onde frequentar o curso de pescador? Onde frequentar o curso de arrais de pesca?
A legislação obriga a que o pessoal da pesca tenha formação, mas como obtê-la se o centro de formação é encerrado?
O FORPESCAS não está isento de criticas, é verdade. O grande problema do FORPESCAS sempre esteve nas sucessivas direcções que foram passando, na maior parte dos casos, lugares que foram ocupados por pessoas que não tinham qualquer conhecimento de causa, não conheciam as realidades no terreno. Digamos que o único critério para a sua colocação foi o cartão do partido, rosa ou laranja.
As coisas chegaram a um ponto tal que não havia material para a formação. No ano de 2007, foi gasto em média 1 (uma) grama de fio por hora/formando. Uma ridicularia. Material que foi solicitado em Setembro de 2006 (dois mil e seis) e que, decorridos que são quase dois anos ainda não apareceu. Mais de um ano sem que a sala de informática estivesse operacional para a formação e outro aspecto ridiculo pelo valor irrsório que representa, mais de um mês sem papel higiénico. Naturalmente, nestas condições, é praticamente impossível fazer formação.
Poderão os funcionários não terem dado o melhor de si. É possível que sim. Mas se as chefias tinham conhecimento e não actuavam, são as chefias que devem ser responsabilizadas pela situação. Quando não há como trabalhar, que fazer?
Para o snr presidente da câmara de Olhão, esta situação é ouro sobre azul. Estão a criar as condições para que ele consiga os seus intentos. O encerramento do FORMAR é mesmo à medida para que as instalações sejam "aproveitadas" para o ninho de empresas, como se este "ninho" de empresas viesse contribuir nalguma coisa para o progresso de Olhão.
Já sabíamos que, para os nr presidente da câmara, os pescadores são feios, porcos e maus. Quer corre-los da doca para transformar esta em marina. Agora procura tirar algo que mexe com a dignificação da classe. O snr presidente deveria ser o primeiro a manifestar-se contra o encerramento do FORMAR, mas faz precisamente o contrário. Celebra o dia do pescador apenas para a fotografia e "poder" dizer que é pelo pescador. Falso como Judas...

terça-feira, 27 de maio de 2008

Mais um contributo de outro leitor

Exmo. Sr.Tomo a liberdade de enviar um estudo que elaborei sobre os combustiveis em que procuro torrnar claro porque razão os preços dos combustiveis aumentaram tantas vezes na ultima semana em Portugal e porque razão são superiores aos preços praticados na maioria dos países da União Europeia. Utilizo apenas dados oficiais: da Direcção Geral de Energia do Minsitério da Economia e da própria GALP.Espero que possa ser-lhe útilCom consideraçãoEugénio RosaEconomista

21-2008-Lucros-GALP-aumentam-228%-devido-especulacao.doc115K Visualizar como HTML Abrir como documento Google Transferência

Agradecemos encarecidamente a este leitor o seu contributo. Contributos desta natureza são sempre bem vindos. Obrigado

Recebemos de um leitor...

Cheguei ao seu blog.Gostaria que, por favor consultasse http://quantoperdi.blogspot.com/Desenvolvi uma aplicação online que estima quanto perdeu um empregado porconta de outrem se não tiver tido aumentos nos últimos anos.É impressionante.Cordialmente,Alcides Santos

Um contributo que valoriza o blog. Agradecemos a este nosso leitor o seu contributo e esperamos que continue a colaborar connosco

A revolta está aí e começa a ser globalizada!

A revolta está aí: é a paralisação do sector pesqueiro, não só em Portugal mas também em Itália, Espanha e França, por causa dos preços dos combustíveis que na pesca em Portugal aumentaram para mais do triplo nos últimos 3 anos; é o boicote anunciado por cidadãos que se organizam espontaneamente, sem a intervenção dos partidos com assento parlamentar, para que nos próximos dias 1, 2, 3 de Junho não se façam abastecimentos nos postos da GALP, BP, REPSOL para que estes monopolistas dos combustíveis sintam um aranhão nos seus lucros fabulosos.
Digo eu que é uma revolta que, tendo começado com um grande movimento de professores (que conseguiu pôr na rua 100000 mil professores a protestar contra as politicas do governo para a educação), continua agora com a revolta contra o aumento dos combustíveis que afecta todos os sectores da nossa sociedade.
Esperemos que nestas revoltas não surjam oportunistas a trai-las (como aconteceu com os professores) e a impedir que esse sentimento se alastre aos sectores mais pobres e desfavorecidos da população que bem sentem na pele a crise que está instalada.
Nós no Olhão Livre, apoiamos essas lutas que se avizinham e começam a globalizar-se, mas deixamos no ar o alerta, de que nem só de combustíveis vive o Homem.
Devemos também questionar se não se devia pensar em formas de luta contra o aumento de juro na habitação, pois, por este andar, a maior parte das pessoas vai ter de entregar aos bancos as casas que compraram (com empréstimos a juros de 2% e que já vai quase em 5% enchendo a barriga à banca). Devemos ainda lembrarmo-nos daqueles que nem automóveis têm para abastecer, nem casa para pagar empréstimo e que vêem a sua subsistência em risco com os aumentos dos produtos alimentares.

sábado, 24 de maio de 2008

COMBUSTÍVEIS - QUE ILAÇÕES?

O boicote ao consumo dos combustíveis das três marcas que tem sido veiculado por telemóvel, vai ganhando força, vai tomando forma e vai fazendo sentir-se cada vez com mais intensidade. Não é só um problema do povo de Olhão. É um problema de todo o povo português. Nem todos tem as mesmas armas, nem todos tem as mesmas possibilidades.
Para quem vive em Faro, Olhão, S. Brás, Tavira, Castro Marim, Alcoutim e Vila Real de Santo António, praticamente metade do distrito de Faro, compensa abastecer em Ayamonte. Hoje mesmo a diferença no preço da gasolina 95 situava-se nos 41 cêntimos ou seja 82 escudos pela moeda antiga. Num depósito de 40 litros poupa-se qualquer coisa como 16 euros (três contos e duzentos). Quem vá abastecer de gasolina e que queira poupar dinheiro no tabaco, também dá para forrar mais qualquer coisa. Um maço de cigarros que custa 3 euros e cinco cêntimos, lá custa 2 euros e setenta, isto é, num volume poupa-se 3 euros e meio.
Se todos apontarmos nesse caminho, não será como o cretino do presidente da Galp diz. O encerramento de postos de venda de combustível não vão resolver problema algum e inevitavelmente, mais tarde ou mais cedo, a Galp irá ceder. Mas o próprio Estado desta classe politica e do grande capital vai ter que aceitar baixar, não só o preço dos combustíveis como dos imposto sobre os combustíveis que se situam nos 60%. Se nos mantivermos firmes a vitória será de todo o povo português.
Esta luta tem como curiosidade o facto de se desenrolar à margem dos partidos. Sem cabeça dirigente, de uma forma espontânea, vai tomando forma e novas lutas se preparam. Mais tarde ou mais cedo ela irá estender-se à banca e às seguradoras.
Quem tenha recorrido ao crédito à habitação e que em Dezembro de 2005 tenha pedido 150.000 euros pagava 700 e poucos euros. À presente data, o mesmo crédito passou a pagar o dobro e tudo se encaminha para que se agrave ainda mais, levando a que muita gente perca os seus haveres pela ganância de um estado excessivamente explorador e de uma banca que merece uma forte lição.
Enquanto o povo vai definhando o estado vai engordando os cofres como no tempo de Salazar e o grande capital, com empresas como a Galp e os grandes grupos financeiros como a Caixa Geral de Depósitos, o Banco Comercial Português e o Banco Espirito Santo vão apresentando lucros escandalosos.
As desiguladades vão-se acentuando cada vez mais. Os níveis de pobreza vão aumentando. Quem o diz é a própria União Europeia. José Sócrates desmente. É natural. Já todos estamos habituados às suas mentiras. Por agora trata-se de nos roubarem o máximo possível para no próximo ano nos darem um rebuçado e tentarem conquistar os votos de quem andaram a enganar durante estes três anos.
O povo não dorme. Agora são os combustíveis. Veremos se fica só por aqui...

terça-feira, 20 de maio de 2008

Que significado para o Dia Europeu dos Mares?

Celebra-se hoje pela primeira vez o Dia Europeu dos Mares pela U.E.
Vivendo numa cidade ligada ao mar devemos deixar no ar algumas questões.
Deverá ser só mais uma data simbólica ou devemos tentar que as pessoas comecem a ter consciência da importância que têm a Ria e o mar para os seus habitantes?

E o que podemos fazer para a defesa da nossa ria e do nosso mar?
1º devemos exigir que se acabe de vez com os esgotos que diariamente são despejados para a ria sem terem primeiro um tratamento primário.
2º devemos exigir análises feitas à boca desses esgotos para se verificar se tem tratamento ou não.
3º devemos exigir que na descarga das ETARS para a ria se façam análises para ver se essas ETARS estão funcionando dentro dos parâmetros exigidos por lei comunitária.
4º se nada disto acontecer os cidadãos devem-se organizar e apresentar queixa à União Europeia por incumprimento das leis comunitárias.

Na pesca devemos exigir que se façam paragens biológicas para as espécies mais sensíveis como a sardinha, os bivalves, os crustáceos e os polvos. Essas paragens devem ser de modo a que os armadores e pescadores tenham as merecidas compensação monetária pelo tempo que estão parados.
Deve-se também estudar as quotas a atribuir a cada embarcação para evitar a pesca das espécies até as por em risco de extinção.
Os pescadores e comerciantes de peixe devem exigir que os acessos à doca sejam condignos de uma cidade de pescadores e não se pareçam com os de países ditos do 3º mundo (o actual porto de pesca de Olhão parece que sofreu um bombardeamento, tal o estado lastimável em que se encontram as estradas).

domingo, 18 de maio de 2008

Paragem Biológica versus Paragem Política

Mais uma vez vai haver uma paragem biológica num sector da pesca artesanal e mais uma vez o Estado foge “com o cu à seringa”, no que respeita a compensações a dar aos armadores e pescadores neste sector.
Porque é que eu digo que o Estado foge "com o cu à seringa"? Porque, ao fazer uma paragem de apenas mês e meio, evita dar os respectivos subsídios, que são obrigatórios se a paragem biológica tiver 2 meses ou mais tempo. O mesmo acontece com a pesca da sardinha ao fazer a paragem semanal em vez de paragem biológica (tal como já aqui referimos neste blog), pois a U.E. só prevê subsídios se a paragem biológica for de mais de 2 meses. É por esse motivo que na vizinha Espanha as paragens biológicas são SEMPRE compensadas. A UE paga para isso! Para onde vai então o dinheiro que Portugal recebe?
Será que a paragem que decretam é suficiente para a reprodução das espécies (conquilha, amêijoa branca, pé de burro e navalha)? Na minha opinião não é! Como vem sendo hábito, uma semana depois da paragem biológica decretada, logo decretam a proibição da actividade piscatória alegando toxinas, nalgumas das espécies atrás referidas.
Estou completamente de acordo que se proíba qualquer actividade piscatória, se esta puser a saúde pública em risco. Mas então, não se percebe, porque motivo se proíbe a actividade piscatória alegando a saúde pública e se deixa os cidadãos e veraneantes, nas ilhas de Olhão, Faro e Tavira, apanharem esse marisco nas praias, durante o mesmo período, com a complacência das autoridades marítimas e nadadores salvadores!

Será que algum ministro ou autarca, prescindia do seu vencimento durante mês e meio se por acaso tivesse que parar de trabalhar por ordem do Estado? Sinceramente não acredito.
Isto só acontece porque as associações de pequenos armadores estão atadas de pés e mãos aos subsídios da U.E. e não fazem ondas para não perderem essas esmolas. Os pescadores, por seu lado, estão organizados em órgãos que não defendem os seus interesses e que só esporadicamente vêm a terreiro para mostrar trabalho e muito em cima da hora, como mais uma vez está a acontecer.
Os pescadores e armadores devem "abrir os olhos" e exigir aquilo a que têm direito pelas regras de UE, já que, também pelas mesmas regras, têm deveres que lhes são exigidos!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Médicos

Parece-me que quem tem a culpa pela situação em que se encontra a Saúde no nosso país não são os médicos. Há provavelmente, como há em todos os sectores, indivíduos que à custa da Saúde (principalmente a saúde pública) tentam tirar dividendos políticos, que aproveitam todas as oportunidades para fazer fortuna. Há concerteza, como em qualquer sector profissional, oportunistas que põem o lucro e o dinheiro à frente das suas responsabilidades e deveres profissionais, demonstrando grande desonestidade e falta de ética profissional, mas não me parece que os médicos tenham, na sua generalidade, essa posição.
O que eu vejo, felizmente nas poucas vezes que preciso deslocar-me aos hospitais, são indivíduos assoberbados de trabalho, a trabalhar muitas horas seguidas, em locais que deixam muito a desejar em termos de recursos. Aliás, os médicos, são um sector da população que ao fazer as suas reivindicações profissionais, precisamente porque lhes toca de perto, colocam sempre a questão das listas de espera, a falta de pessoal, a falta de meios, ...

O problema está nos sectores privados que acabam, muitas vezes por ser a única alternativa a um sector público francamente deficitário. Aí sim, só é tratado quem tem dinheiro. Quanto a mim, essa é uma porta que o nosso Estado abre e uma situação que o nosso Estado promove, ao implementar nos últimos anos, um conjunto de medidas no sistema de saúde, que em vez de resolver os problemas neste sector os agravam ainda mais e em vez de tornar o acesso à Saúde um direito igual para todos, aumenta, pelo contrário, um abismo entre aqueles que têm dinheiro e podem ir às clínicas privadas e aqueles que só têm como recurso o seu médico de família ou as urgências de um Hospital Distrital a romper pelas costuras.

UMA MÁFIA COM NOVAS ROUPAGENS...

Não há muito tempo que o bastonário da Ordem dos Médicos veio a público atirar-se aos autarcas que levaram munícipes seus às terras de Fidel, para serem operados aos olhos. Entende o infeliz bastonário que os autarcas estão a fazê-lo com aproveitamento político, com vista às próximas eleições. Até é possível que seja verdade. Mas também não é menos verdade que esses cidadãos à anos na lista de espera viram os seus problemas resolvidos e de uma maneira muito mais barata. E, tomara todos os cidadãos deste país, que lhes resolvessem os problemas de uma forma tão simples.
O que o senhor bastonário, com um discurso miserável, não diz é que os médicos fazem fortuna à custa da doença, que se comportam como verdadeiros mafiosos: "ou pagas ou não és tratado". Agora, a ministra da saúde arranjou uma maneira de dar mais uns bónus aos médicos oftalmologistas: "tapem lá esses buracos das listas de espera que eu vos pago". Cedeu à chantagem da classe médica, o que já vai sendo um hábito neste país.
Os médicos tiraram os seus cursos em faculdades pagas pelo erário público, ou seja, somos nós todos a pagar, porque é com o dinheiro dos nossos impostos que se mantêm essas mesmas faculdades e os senhores médicos deveriam, isso sim, serem obrigados a prestar um serviço público de qualidade. Todo o cidadão concordará que um médico, pelo que estudou, pelo seu empenho, pela natureza do seu trabalho, deve ser bem remunerado. Mas, que só tratem de quem tem dinheiro é que não.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

20 de Maio, Dia Europeu dos Mares!

Vai ser celebrado, pela União Europeia, pela primeira vez, o Dia Europeu dos Mares no dia 20 de Maio, data da chegada de Vasco da Gama à Índia em 1498.
Até ao dia 20 vou deixar algumas questões sobre as pescas e o meio ambiente marinho, que gostava que fossem debatidos pelos leitores deste blog, pois penso que são temas de bastante interesse para as nossas comunidades de pescadores, mariscadores e viveiristas bem como de todos os habitantes deste espaço que é o Parque Natural da Ria Formosa, que faz parte da Rede Natura 2000 da Convenção RAMSAR e zona de protecção integral de aves.

Começo por uma questão, que talvez a maior parte das pessoas desconheça mas que muito nos toca.
Na pesca do cerco que é efectuada pelas traineiras e pequenas cercadouras conhecidas em Olhão por rapas, foi decidido há anos pela U.E. uma paragem semanal para a preservação desta espécie e o dia dessa paragem à 2ª feira. Ora, se é para a preservação de uma espécie, em vez de uma paragem semanal, não devia de haver uma paragem biológica, que coincidisse com a altura da reprodução da sardinha, que é de Outubro a Dezembro (paragem essa que havia no antigo regime e deixou de haver, após o 25 de Abril)?
Será esta paragem semanal correcta, do ponto de vista biológico e cientifico?
O que dizem acerca deste tema os investigadores que estão no IPIMAR?
Quanto a mim, quem beneficia com a paragem semanal é o estado Português, pois assim, não havendo uma paragem biológica o estado não tem de pagar aos armadores e pescadores um subsídio por essa paragem, conforme mandam as regras da U.E.
Quem perde? Perdem os armadores, pescadores e todos nós, porque não existe um defeso eficaz, que permita a reposição natural do peixe apanhado e vamos tendo menos sardinhas no mar!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Sócrates fumou? Tá Bem Tá!

Vem toda a comunicação social realçar o facto, do primeiro ministro e parte da sua comitiva ter fumado, dentro de um avião da TAP. Mas o povo já não sabe que quem faz a lei não a cumpre?!!
Eu revolto-me é: por os combustiveis terem subido pela 15ª vez só este ano; por a ministra da Saúde estar indignada por idosos irem a Cuba para serem operados para não ficarem cegos; por haver cada vez mais desemprego, fome e miséria no meu país; por os sindicatos dos professores terem traído a sua justa luta; por terem vendido o nosso mar à E.U.; por continuarmos a mandar os nossos soldados para guerras, que os grandes "senhores da guerra" fazem nascer em todos os continentes onde têm interreses económicos. Por estas e por outras é que eu me sinto revoltado!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Hoje é 13 de Maio


E, ao abrir as televisões, só falta mesmo o fado para estes órgãos de informação, a mando desta "democracia", completarem a triologia dos Fs do antigo regime: Fado, Fátima e Futebol.
Quanto mais se mantiver um povo na ignorância, melhor ele pode ser explorado.
Até quando?

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Ria Formosa - Que esgotos?






Este assunto já foi abordado aqui mas parece não ter solução à vista. Mesmo com as declarações da Drª Cátia Cardoso, na Expomar, em que ela referia que a qualidade das águas estava bem pior, com elevados níveis de cobre e oxigénio bastante reduzido.




A imagem mostra uma situação que não tem nada a ver com a estação de tratamento de esgotos. Tem a ver, sim, com o cais de embarque para as ilhas. Isto é, o esgoto sai directamente ali, mesmo junto ao cais de embarque, à vista de todos e onde é bem perceptível os dejectos a saírem do esgoto, quando a maré está baixa.


A estação de tratamento de esgotos não funciona nos moldes mais adequados, mas esta dos esgotos saírem, assim, directamente para a Ria Formosa é demasiado grave para ficarmos calados. Tal como o esgoto que sai directamente para a marina, frente ao futuro hotel, bem como o esgoto que despeja directamente para a doca. Mesmo sendo leigo na matéria, qualquer pessoa que passe junto ao topo norte da doca se apercebe daquilo que ali está.


Provavelmente será necessário aparecer alguma enguia com um penso no lombo no prato do snr presidente da câmara para tomar uma atitude que já deveria ser tomada há muitos, muitos anos.


O Tribunal de Justiça europeu condenou o Estado português, por falta de tratamento adequado dos esgotos na Costa do Estoril, apesar de haver uma autorização excepcional para um tratamento menos rigoroso do que o estabelecido para as águas residuais lançadas na costa atlântica.
No nosso caso ainda é mais grave, porque não se trata da costa atlântica mas, sim, no interior da Ria Formosa.
A manter-se a situação, iremos tomar uma iniciativa de denunciar a situação a outros níveis. A câmara de Olhão não pode continuar a fazer orelhas mocas.
As eleições aproximam-se e os nr presidente já tem as suas megalomanias para apresentar como obra feita. Esta questão que já foi alvo de contestação por parte dos mariscadores e viveiristas, ainda não. Até quando?

domingo, 11 de maio de 2008

JÁ SABÍAMOS MAS VALE A PENA INSISTIR...

Dos 308 presidentes de câmera, cerca de metade já tem a reforma. 55% dos presdidentes tem idades compreendidas entre os 50 e os 60 anos e só 7% é que tem mais de 65 anos.
Ao cidadão comum vão retirando os direitos, aumentando a idade da reforma, torpedeando com o aumento do custo dos combustíveis, fazendo os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
Aos políticos vão aumentando as mordomias, as facilidades. Este governo, tem sido o governo que mais à direita tem governado, desde o 25 de Abril de 74. Todos os dias as notícias vão-se sucedendo acerca dos lucros fabulosos da banca, das seguradoras, das multinacionais, das grandes empresas. O trabalhador vai ficando cada vez mais aos dois braços para trabalhar, sem conseguir pagar a prestação mensal da casa, sem conseguir pagar o carro ou esticar de qualquer maneira metendo 10 euritos de combustível para o passeio dos tesos. Cada vez mais reduzidos à insignificância, aos trabalhadores deste país só lhes resta lutar contra este governo, transformá-lo no inimigo principal do povo português.

http://diario.iol.pt/economia/reformas-autarquias-portugal-presidentes-camaras/950633-4058.html

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1328382&idCanal=12

DE UMA NOSSA LEITORA...

Mandaram-me este mail com o assunto "Olhão do Futuro". A minha pergunta é qual futuro?Um site da Marina em que a língua estrangeira aparece para escolha visualmente primeiro que a NOSSA LÍNGUA. A mim parece-me é que é o Olhão para os estrangeiros e não para as pessoas da Terra, como sempre... E depois aparece um site do Ria Shopping, isso é futuro? Para quem? Só se for para os donos das grandes empresas, e os pequenos comerciantes? É futuro para eles?... NÃO, deve ser é uma grande volta pela negativa para eles!!! Os pobres cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos. É isto que queremos?...Não comecem a estar atentos e a pensar por voces que não é preciso.




Marina de Olhão
http://marinavillageolhao.com/ Centro Comercial de Olhão http://www.riashopping.pt/ Alguém atento

sábado, 10 de maio de 2008

A História das Coisas

Demora um pouco mas vale a pena ver. Está legendado em português e aplica-se a todos nós.
"O que é a História das Coisas? ... Desde a sua extracção até à venda, uso e disposição, todas as coisas que compramos e usamos na nossa vida afectam as sociedade no nosso país e noutros países, mas a maioria disto é propositadamente escondido dos nossos olhos pelas empresas e políticos. A História das Coisas é um documentário rápido e repleto de factos que olha para o interior dos padrões do nosso sistema de extracção, produção, consumo e lixo. A História das Coisas expõe as conexões entre um enorme número de importantes questões ambientais e sociais, demonstrando que estamos a destruir o mundo e a auto-destruirmo-nos, e assim apela-nos a criar um mundo mais sustentável e justo para todos e para o planeta Terra. Este documentário vai-nos ensinar algo, fará ri, e acabará por mudar para sempre a maneira como olhamos para todas as coisas que existem na nossa vida. Um excelente documentário a não perder."

CAÇA À MULTA - UMA VERGONHA

De norte a sul do país a ASAE multou, encerrou, fez trinta por uma linha. Na linha de um governo, que só procura receitas, a ASAE definiu objectivos de multas, encerramentos e toda uma série de coisas como se neste país meio mundo cometesse infracções. António Nunes, o manda chuva da ASAE, bem pode dar as explicações que quiser que ninguém acredita. Pode ser que para 2009 os objectivos sejam mais suaves porque é ano de eleições e o Eng. (será?) Sócrates dar-lhe-á instruções para ser mais moderado.
Neste país adiado, onde os produtos regionais são alvo da sanha repressiva destes fascistas (no caso concreto de Olhão, não nos esqueçamos dos litões secos), onde as pessoas vivem com enormes dificuldades só nos faltava que uma entidade que ao serviço do governo defina objectivos antecipados para transtornrem ainda mais a vida de cada um.
No mínimo o snr António Nunes deve pedir a demissão ou ser demitido. Pelo menos dava-se um ar de democracia...
Até o PS, pela voz de Jorge Seguro acha que há excessos por parte da ASAE. No que ficamos, afinal de contas? Se acham que há excessos, demitam-nos!!!!!!!!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Já Mário Soares Dizia o Mesmo! E Quem Lucrou Com Isso?

Diz agora Cavaco Silva que o Tratado de Lisboa (que devia ser referendado conforme promessa do PS) será uma âncora para Portugal.
Também Mário Soares, na altura da entrada de Portugal na então C.E.E (também sem referendar a opinião do povo), dizia que se Portugal não aderisse à C.E.E. ficaríamos isolados da Europa .
Pergunto eu de que nos serviu entrarmos nesta Europa se continuamos na cauda dela, agora sem pescas, sem agricultura, sem indústria, sem moeda, sem independência nacional e acima de tudo com desemprego, fome e miséria. Quem lucrou com a Europa foram os que se aproveitaram dos dinheiros para nada produzir e enriquecer à custa dos que tudo fazem, os trabalhadores.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1328229

BOLSAS DE ESTUDO

É normal as autarquias atribuírem bolsas de estudo. Um dos nossos leitores colocou a questão de forma a fazer sentir alguma falta de transparência. Outro leitor informou-nos que terá sido colocado um edital da câmara, à entrada da praça do peixe, por baixo de outros papéis.
Os alunos candidatos à bolsa de estudo não fizeram mais que exercer um seu direito. Mas, como em todas as coisas, há critérios e critérios. O que gostaríamos de saber é quais sãos os critérios que são utilizados. É que há alunos com bastantes potencialidades mas que não conseguem movimentar-se o suficiente no meio de maneira a conseguirem as influências necessárias para obterem a famigerada bolsa de estudo. E também se sabe, que de uma forma geral, os beneficiados não serão os mais carenciados.
Não pedimos que seja publicada a declaração de rendimentos dos agregados familiares de quem foi beneficiado. Quem não deve, não teme mas, mesmo assim, damos o benefício da dúvida.
No link abaixo segue o edital da câmara com a listagem dos beneficiados e se alguém se sentir injustiçado, que se manifeste, aqui e a quem de direito.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Quando Será a Vez da Ria Formosa?

Tribunal de Justiça Europeu, condenou Portugal por não tratar esgotos na zona do Estoril.
Será que nós Olhanenses, não somos capazes de levar uma queixa como esta, até ao mesmo tribunal?
Razões e motivos para que isto aconteça não nos faltam, pois se não temos praias na ria (acabaram com elas), temos mariscadores, viveiristas, pescadores, que apanham bivalves e peixe para consumo Humano e temos que prevenir antes que algo de grave aconteça!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Coragem e Exemplo a Seguir!

Bob Geldof afirmou ontem http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1327918, que em Luanda havia casas mais caras que em Londres, enquanto isso a população morria de fome e os dirigentes enriqueciam à conta das riquezas naturais do país.


O B.E.S. já se veio demarcar-se das posições corajosas do músico, activista em favor dos direitos humanos. Outra coisa não seria de esperar, pois caso contrário os ricos governantes de Angola e em especial o seu presidente tirariam de lá o dinheiro que têm roubado ao povo angolano.

Exemplos como esses precisam-se em Portugal pois por cá as coisas não estão muito diferentes, a maioria dos governantes orientam-se a eles, e como se não bastasse orientam também a família e amigos e nenhum dos partidos da assembleia denuncia estes factos.

No nosso concelho também começa a ser precisa essa coragem, pois os negócios na área do imobiliário estão a ficar cada vez mais escandalosos. Imagine-se apartamentos T1 ao preço de 200.000€ em terrenos quase oferecidos pela autarquia.

As alterações ao PDM quando são feitas, já alguém as conhece com antecedência, para começar a comprar terrenos ao preço da uva mijona e depois vender a preços astronómicos. Os donos dos terrenos que caem no logro vão ficar a ver navios, enquanto que aqueles que tiveram a informação privilegiada, vão ficar mais ricos com os terrenos que não lhes pertenciam. Estejam com atenção a Marim e verão quem tem lá terrenos comprados nos últimos anos.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Honremos os nossos concidadãos...

Podemos não ter conhecimentos para avaliar a obra de uma pessoa, podemos, até, nem ser grandes apreciadores de determinada forma de arte mas há que saber ler e valorizar um curriculum e, para mais, qaundo se trata de um curriculum invejável. Variadas exposições em Lisboa, Porto, Munique, Paris, variados prémios conquistados.

Nascido em Moura, no alentejo, passando por Lisboa onde estudou e, também, onde haveria de passar pela prisão de Caxias, veio parar a Olhão.

Os olhanenses só tem motivos de orgulho por contar entre as suas gentes o artista António Costa Pinheiro.

Nos links abaixo podem ver a atenção que o jornal Público lhe dedica assim como o seu curriculum.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1327775&canal=14



http://www.fsgaleria.net4b.pt/sitept/exposicao/pdfs/cv_cost_pinheiro.pdf

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Portugal na cauda da Europa em DEMOCRACIA!

Conforme estudo feito pelos amiguinhos ingleses, Portugal encontra-se nos últimos lugares em termos de democracia!
Em nada este estudo me espanta, basta ver, quando há eleições, que quem monopoliza as noticias são sempre os mesmos partidos, são eles que monopolizam os orgãos de imprensa, antes e depois das campanhas eleitorais. Os pequenos partidos não têm direito ao mesmo tempo de antena, nem a aparecer nos telejornais como os partidos que têm alternado o poder desde o 25 de Abril.
No nosso concelho, a democracia segue os exemplos das chefias e a oposição não existe (veja-se o recente caso do Polis que foi aprovado por unanimidade). Quando a sociedade civil tenta, através de algumas associações, fazer um trabalho para que Olhão saia do marasmo em que se encontra, (caso dos projectos elaborados pela APOS de recuperação da Barreta e da ida do Caíque ao Brasil, ambas mortas pela veração da CMO e em especial pelo seu presidente Francisco Leal) as suas propostas são de imediato abafadas e boicotadas pelo poder local.
À recuperação da Barreta, zona de arquitectura tradicional, que faz parte da nossa cultura local, com características muito próprias e que devia ser valorizada contrapõem-se hoteis de luxo, de arquitectura duvidosa (que não tem nada a ver com as características cubistas de que tanto se fala) e construidos em cima de uma lixeira (o que causou logo alterações nos projectos).
No caso da viagem do Caíque, Francisco Leal disse que queria ficar na história por ser o presidente desse evento, ele ficará na história, por ter morto o projecto da APOS e ter impedido que o Caìque fosse ao Brasil comemorar os 200 anos da Restauração.
A democracia que existe, por enquanto, é a existência de partidos políticos (até ver), a liberdade de imprensa (mas com o controlo dos grandes grupos da comunicação social), a liberdade de o simples cidadão se poder reunir e manifestar publicamente (mas as coisa estão-se a complicar, veja-se o recente caso das policias nos sindicatos dos professores).

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=330700

domingo, 4 de maio de 2008

"BARREQUINHAS SUL" - A INEVITABILIDADE DA DEMOLIÇÃO



Com a construção do Marina Village, as "Barrequinhas" sul tem os dias contados.
Basta olhar para o projecto para nos apercebermos disso mesmo. O problema põe-se nos mesmo termos que para as casas pré-fabricadas que são uma vergonha, para Olhão, por ainda estarem de pé. Não pela demolição em si mas porque se vai tornar realojar toda aquela gente. Será que alguém da autarquia já lhes terá posto o problema? Provavelmente, não. Mas pior que isso, trata-se de se saber em que condições serão realojadas e onde.
Fala-se à boca pequena que foram criadas sérias dificuldades ao construtor que teria um projecto para fazer um condomínio fechado, na antiga fábrica do Gargalo e que, por via dessas dificuldades, a câmara agora pensa em construir ali os blocos onde pretenderá realojae os despejados das "Barrequinhas".
A ser verdade, quanto irá pagar cada inquilino? 300 ou 400 euros, como aconteceu com os que se mudaram para os blocos junto ao bairros dos pescadores? Será que as pessoas estrão disponíveis para pagar tanto com a vida tão complicada como está?
Para já, quanto custa ao município a transferência de toda esta gente, das casas pré-fabricadas mais as "Barrequinhas"?

sexta-feira, 2 de maio de 2008

OLHÃO E O POLIS,SEMPRE VAI HAVER DEMOLIÇÕES

Segundo notícias de última hora, o 1º ministro anunciou que vai haver demolições na Ria Formosa.
Não disse Socrates é que o POLIS não vai acabar com os esgotos que continuam a serem despejados para a ria, sem serem tratados, nem que o POLIS não vai resolver o problema das ETARS já existentes que não funcionam como deve ser nem dão vazão às necessidades dos concelhos.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1327553&idCanal=59#Comentarios

POLIS DA RIA FORMOSA

É, hoje, assinado o protocolo entre as autarquias e o ministério do ambiente, no parque natural da Ria Formosa.
Os famosos 87 milhões aí estão para serem geridos por uma empresa exterior às autarquias e que vai permitir jogar as casas das ilhas barreira abaixo. Também se sabe que, para além disso, uma vez que uma quarta parte das verbas estão destinadas à demolição das casas, o que resta para as outras obras também não é assim tão significativo e dessas obras o que aparece é o combate à erosão e infra-estruturas portuárias e de acostagem.
Para quem ainda tinha dúvidas quanto ao desfecho...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

1º de Maio, Dia Mundial do Trabalhador

Não será novidade dizer a um trabalhador, a um cidadão deste país que o mundo em que vivemos é feito de injustiça, de hipocrisia e de exploração. Não será também novidade dizer que o regime actual, está podre e ultrapassado e não corresponde aos nossos anseios mínimos. Somos relegados ao papel de joguetes da ânsia de poder, da ganância e do lucro dos que dominam, dirigem e têm o poder no nosso país.
Com humor o povo vai mostrando a sua revolta e dizendo algumas verdades: Maios – Olhão/Bias 2008






































E a Feira de Maio?

Acabaram com a Feira de Maio em Olhão! Alguém sabe explicar porquê? Fizeram-se novos eventos: Festival de Marisco, Expomar, Feira de Parques Naturais, então porque acabam com as tradições locais? A Feira de Maio já foi há muitos anos, a próxima a acabar será a Feira de S. Miguel. Aliás, para continuar como tem sido realizada nos últimos anos, só serve para envergonhar a cidade de Olhão. De uma das maiores feiras do Algarve, passou a ser um das piores. Porque não se criou ainda um Parques de Feiras e Exposições com todas as condições para a realização deste tipo de eventos? Quanto cobra a EXPOAlentejo por cada participação num evento de Olhão? Façam as contas e se calhar só à custa da C.M. de Olhão já têm as tendas pagas. Quem lucra e quem perde com isso?

E ainda os 200 anos e Olivença

Passam hoje duzentos anos sobre o Manifesto de 1 de Maio de 1808, acto legislativo do Príncipe-Regente após a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil na sequência da invasão francesa comandada por Junot, pelo qual o Governo Legitimo e Soberano de então declarou «nulo e de nenhum efeito» o Tratado de Badajoz, assinado sob a coacção dos exércitos espanhóis e franceses, sete anos antes.Assim foi repudiada a ocupação de Olivença por Espanha, alcançada com um acto de guerra que nem o Direito de então havia de admitir, conforme veio a explicitar o Congresso de Viena, em 1815.Com o Manifesto de 1 de Maio de 1808, Portugal jamais reconheceu ou aceitou a ocupação de Olivença pelo Estado espanhol, posição que obteve e tem consagração constitucional.O Manifesto, proclamação da perenidade e independência de Portugal, visto por todos os portugueses como indicação para a insurreição contra os invasores, teve para os oliventinos, em particular, o significado de que a sua Pátria não os esquecia e não os abandonava.Duzentos anos de separação forçada não apagaram a identidade mais profunda e verdadeira de Olivença.O reencontro de Olivença e Portugal, sustentado na História, na Cultura, no Direito e na Moral, sendo uma promessa por cumprir, é desafio para ambas as margens do Guadiana.
Grupo dos Amigos de Olivença