Ia eu, a caminho de casa, quando vejo numa papeleira, um amontoado de papeis que me despertou a atenção de tal forma que não resisti à tentação de dar uma vista de olhos, e qual não é o meu espanto quando me parece tratar-se de uma acusação contra um candidato à Câmara Municipal de Olhão.
Se por acaso se tratar efectivamente do candidato, um tal documento do foro privado, deveria conter-se nos limites dos tribunais, local próprio para tratar destes assuntos, mas...
O arguido, a ser o candidato, é o cabeça de lista pelo novo (Velho) rumo, um principio de organização de orientação monárquica, mas que serve como mel na sopa, como barriga de aluguer a toda a espécie de oportunistas.
O assim candidato a príncipe regente do reino de Olhão parece estar metido em maus lençóis, com uma acusação de burla qualificada, burlando inclusive o pai e madrinha, segundo o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP).
Não se pense que o individuo é acusado de dar milho aos pombos nem de cometer algum crime como titular de cargo politico, que é, porque esses são da competência de um outro DIAP, o Deposito de Inquéritos a Aguardar Prescrição; mas sim de ter engendrado um plano para enganar terceiros, algo que não sabemos se aprendeu com a Câmara Municipal de Olhão.
É que o arguido terá desencadeado um processo de usocapião, usando uma procuração do pai e da madrinha e em nome deles, para um terreno onde morava o proprietario. Conseguida a usocapião, e com a dita procuração vendeu o terreno a terceiros de quem recebeu o "carcanhol", sem ter dado um tusto aos velhos.
Quando os novos "proprietarios" pretenderam tomar posse das terras, o legitimo dono opôs-se e pediu a nulidade do processo, o que haveria de conseguir. Como resultado disso, os novos "proprietarios" apresentaram a queixa que originou o presente processo.
Ora, com um candidato destes e caso conseguisse o trono, era bem possível que ainda intentasse a usocapião para se tornar proprietarios dos Paços do Concelho, dos Mercados ou do Auditório Municipal. Nada que a Câmara Municipal de Olhão não merecesse porque já fez algo de semelhante, quando chamou a si, aquilo que era leito de mar, conquistado ao mar, mas que ainda assim pertença do Estado que não da autarquia. Curiosamente, esses terrenos desde sempre que têm andado envolvidos em golpadas, porque sendo do Domínio publico Marítimo e sem qualquer desafectação não se vê como possam ter passado a propriedade privada.
A Câmara Municipal de Olhão onde o arguido é vereador é uma autentica escola de cambalachos, que precisa de um novo rumo, que não o teatralizado por este candidato a presidente de câmara burlão.
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