O defunto João Alves, o agora ex-coordenador das área protegidas do sul, vai ser substituído na direcção do Parque Natural da Ria Formosa, na dança habitual da redestribuição da fatia do bolo que sempre se faz quando há alternancia do Poder.
Para o seu lugar é nomeado um arquitecto paisagista, assessor da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional e vogal do conselho de administração da Parque da Cidade, empresa inter-municipal, criada pela Associação de Municípios Faro-Loulé.
O silencio da mudança faz desconfiar e por isso procurámos saber as altas qualidades do recem-promovido, começando desde logo pela empresa onde se apresenta com integrando o conselho de administração.
A Parque da Cidade é tão transparente e cumpridora das suas obrigações que desde 2009, não publica as suas contas, ano em que apresentou um resultado positivo de cerca de 2000 euros, uma autentica fortuna, mas onde não surgem quaisquer valores referentes à divida e ao respectivo serviço, ficando esta por conta da Associação de Municípios.
A Parque da Cidade não tem publicado no portal base do governo qualquer ajuste directo, o que equivale a dizer que não foram contratados, nos últimos cinco anos, quaisquer bens ou serviços. Então e como é feita a manutenção do Estádio, o elefante rosa-laranja que custou milhões de euros do erário publico? Paga e não bufes, otario!
De aparador de relva a director de Parque Natural, por via do cartão do Partido.
As Câmara municipais de Faro e Loulé, as duas que integram a Associação de Municípios, são dirigidas pelo PSD, e ficam muito mal na chapa no que à gestão dos dinheiros públicos diz respeito, em tudo se assemelhando às de Olhão e Portimão, excepto nos números.
Mas porque razão é nomeado um arquitecto paisagista e não alguém ligado ao ambiente, tendo em conta os valores ecológicos presentes na Ria Formosa?
A razão é simples. O actual governo pretende satisfazer a voracidade e ganancia de vastos sectores do ramo turistico-imobiliário, pondo termo à Reserva Ecológica Nacional na qual se integra a Ria Formosa e permitindo que na sua área de intervenção seja permitida a construção, onde os residentes não podem.
O novo director será o matador de serviço, quando for chamado a pronunciar-se sobre a integração paisagistica dos projectos a apresentar, validando-os.
Cada vez mais, o cerco em torno dos pequenos proprietarios a quem nada é permitido para depois verem crescer cogumelos de betão.
Para quando uma administração publica que dê a palavra aos residentes?
REVOLTEM-SE, PORRA!
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