A partir dos resultados eleitorais fazemos aqui uma extrapolação daquilo que nos parece ser o futuro da Câmara Municipal de Olhão e das consequencias que terá para o Povo de Olhão.
A fuga ao debate foi um indicador, um alerta para o Povo que não viu o que lhes estavam tramando, permitindo ao partido socialista manter-se no Poder embora com uma maioria relativa.
A autarquia está falida e nenhuma candidatura se quis comprometer com a situação financeira, nomeadamente quanto à forma de financiamento, nenhuma candidatura se quis comprometer com uma auditoria que responsabilize civil e criminalmente os responsáveis autárquicos, depois de apurada a forma como se criou a divida; nenhuma candidatura se quis comprometer com um pedido de declaração de divida ilegítima, na parte da divida criada à revelia do Povo e para beneficio de terceiros. E esta, era uma questão fundamental para o futuro do concelho.
Os responsáveis autárquicos jogaram com o pedido de resgate, o PAEL, para justificar o aumento do IMI bem como da generalidade das taxas e impostos municipais. Ora se o Povo foi e continua impedido de se pronunciar sobre a criação das dividas da autarquia, não lhe concedendo qualquer aval para o fazer e se a divida não serve os interesses do Povo, mas sim interesses alheios, então o Povo não pode ser penalizado por uma divida que não contraiu nem dela beneficiou, devendo ser paga pelos intervenientes nesses processos, o criador da divida e o beneficiario.
PS e PSD pelas mesmas razões, pela teia de interesses que os movem e alimentam, jamais poderiam concordar com uma auditoria desse género e muito menos com a responsabilização dos envolvidos.
Desde logo se prevê a concertação de apoios pontuais que permitam aos socialistas governarem, sendo que ninguém melhor do que eles, sabe como repartir entre si o bolo resultante do saque ao Povo.
Na falta de financiamento e de liquidez para fazer face aos salários do pessoal, e porque precisam de alimentar as maquinas partidárias, é previsível o aumento generalizado das taxas e impostos municipais ao mesmo tempo que o governo central rouba nos rendimentos do Povo trabalhador. É saque atrás de saque!
De qualquer forma o aumento da abstenção, 58,7%, mostra bem o desinteresse e a descrença que incutiram no Povo quanto ao futuro do concelho, numa altura em que era necessário correr com esta cambada e introduzir um novo modelo de gestão para uma autarquia ao serviço do Povo.
Quem acredita numa oposição, disposta a acordos pontuais, assentes em pressupostos que logo à partida estão errados? Apoios sociais a centros de explicação dissimulados em associações, a colégios privados ou a associações do tipo Verdades Escondidas e a clubes profissionais de futebol sob a capa da formação. E onde está o dinheiro para isso? Mais impostos?
De facto houve uma mudança, mas uma mudança que o que augura é a continuação da fome e miséria para o Povo de Olhão. Não é seguramente a mudança desejável!
REVOLTEM-SE, PORRA!