Na sequencia dos resultados eleitorais, o por presidente despejado Francisco Leal que se prestava para ser eleito presidente da Assembleia Municipal, já percebeu que a oposição em bloco está contra e vai eleger alguem diferente, de outra cor, alterando o figurino, ficando por saber se a mesma oposição será capaz de impor a alteração do Regimento da dita assembleia por forma a que o Povo possa participar no processo de decisão.
Na Câmara que passará a ser presidida por António Pina, há também uma mudança de maioria, o que não significa uma mudança de politicas, como o tempo se encarregará de demonstrar.
É que os acordos pontuais que se podem estabelecer nesta fase, visam sobretudo reduzir a capacidade de liderança do executivo, sem que nas áreas de índole financeira se adivinhe qualquer alteração significativa. Ora sem se escalpelizar a situação financeira, saber quem, como e porque foi criada a divida da autarquia, sem a responsabilização criminal e civil, se a tal houver lugar, dos responsáveis pela situação calamitosa das finanças da Câmara, a oposição corre o risco do novo executivo lhe endossar a responsabilidade da ausência de projectos ou acções de desenvolvimento económico ou social. Neste contexto, a exigência de uma auditoria faz todo o sentido mas por si só, é demasiado curta, exigindo-se o apuramento das responsabilidades com vista à declaração de ilegitimidade da divida e obrigando a pagá-la quem a criou e dela beneficiou.
Não se vislumbra também que o rigor exigível num contexto de crise induza ao despedimento de funcionários admitidos por razões politicas, que não por necessidade de serviços, o que permitia a poupança de mais de dois milhões de euros, que poderiam aliviar a carga dos impostos e taxas municipais.Da mesma maneira que não se vislumbra a redução do uso e da frota de viaturas, muitas das vezes ao serviço particular que não da autarquia.
Nesta fase, à porta da discussão do orçamento municipal e a pretexto de permitir a governabilidade socialista, algum dos "opositores" se absterá na votação viabilizando a proposta de orçamento, mesmo que ela seja contraria aos interesses da população e do município, à semelhança do que tem acontecido em anos interiores, o que representará um acto de traição a todos aqueles que acreditaram numa mudança de politicas.
A abstenção de vereadores e ou deputados municipais, não é mais do que subscrever as propostas do executivo, é a extensão da ditadura socialista na Câmara Municipal de Olhão. E se há matéria que deva ser objecto de algum acordo pontual, essa é na área financeira da qual depende o futuro de Olhão e das suas formas de desenvolvimento.
Por isso a nossa vigilância sobre os actos da administração será redobrada, bastando um simples pedido de acesso a documentos que são públicos para demonstrar que a ditadura autárquica se mantém.
REVOLTEM-SE, PORRA!
7 comentários:
Nunca percebi muito bem esta questão dos governantes elegidos pelo povo de se "absterem" nas votações! Primeiro apelam ao voto do povo e depois quando lhes calha... absteem-se!! Quando o povo vota é para que se tomem decisões e quanto a mim só há duas hipóteses: sim ou não. Esta história da abstenção nos políticos é a posição mais cómoda/cobarde que existe, e passo a explicar: se a medida correr bem então não foram contra, logo não ficam mal; se correr mal, vêm logo com armas apontadas como se tivessem moral! Enfim, enquanto se tratarem dos problemas de um povo com retórica política nunca iremos a lado nenhum.
Quer dizer, falam no povo, que deve votar, que deve ter voz, que a abstenção foi muito grande e que isso tem que mudar, mas quando finalmente podem fazer a diferença, abstêm-se!!!!! E vêm falar e criticar quem não quis participar nas eleições por já não acreditar nos políticos!!!! Por favor, abstenção NÃO, é mau demais!!! Eu ainda fui daqueles que acreditou que ainda é possível mudar e corrigir o que está mal. Ainda participei, ainda cumpri com o meu dever. Cumpram agora com o vosso. Mostrem que não foi em vão!
O parvalhão ainda acreditas que existe pai natal cala-te e não digas que acreditavas destes poloticos de meia tigela
A era do Leal está a chegar ao fim!!!!Agora é esperar dos que estão na oposição façam frente e não se deixem "vender", pois o povo acreditou neles.
E PENA QUE HAJA TÃO POUCOS COMO O ANTÓNIO TERRAMOTO, DISPOSTOS A TRABALHAR PARA A SUA TERRA SEM RECEBER NADA EM TROCA.
é verdade, não tinha pensado nisso, sem a maioria o Sr. Leal é corrido com uma grande vassourada,nunca imaginou isso, estava feito para continuar a impor as suas teorias do querer e mandar.
Deveriam fazer uma auditoria ás contas da Camara, para se saber aonde foi gasto tantos milhões e deixaram um passivo enorme, como foi gasto o que se paga na água e depois não se paga ás Águas do Algarve, uma vergonha?
como o uso das viaturas da Camara, em que o proprio Presidente dava o exemplo máximo, utilizando o Volvo todos os dias do ano, como se ele a tivesse comprado e fosse o proprietário, nem aos domingos lhe dava descanso? esparemos que estas situações sejam corrigidas
Sr Cruz e companhia nem se atrevam a comer com a canalha.
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