sábado, 28 de fevereiro de 2015

RIA FORMOSA CADA VEZ MAIS POLUIDA!



O Programa Polis da Ria Formosa pretende ser um programa de Valorização e Requalificação da Ria Formosa e embora a sua acção se faça sentir apenas nas margens, ignora por completo toda a zona de sapal.
Mesmo nas margens, a acção do Programa Polis e da Sociedade do mesmo nome limitam-se a operações de cosmética e nunca de uma verdadeira valorização e ou requalificação da Ria, assistindo-se à sua degradação com o despejo de esgotos directos e sem qualquer tratamento, tornando-a cada vez menos Formosa.
Porque acompanhámos os deputados do PSD numa visita guiada aos esgotos directos em Olhão, propusemos ao deputado Cristóvão Norte uma visita em tudo semelhante, e este aceitou o repto, só que em Faro. No entanto não devemos esquecer que o deputado foi, antes, chefe de gabinete de Macário Correia, o anterior presidente da Câmara Municipal de Faro.
Os vídeos que hoje apresentamos foram captados esta semana e é possível ouvir para alem do vento, o correr da agua. Pena é que os vídeos não possam dar uma noção do cheiro, que não sendo de Bacalhau podre é ainda assim bastante desagradável.
Quando se elabora um programa de valorização e requalificação a primeira questão a colocar é a definição das prioridades, pelo que a omissão do problema dos esgotos directos é a prova mais que provada de que a prioridade do Programa Polis não tinha a ver com a tão propalada valorização e ou requalificação da Ria Formosa, mas tão somente, a acção de cosmética, de limpeza e embelezamento das zonas ribeirinhas e algumas ainda estão em curso como se pode ver na marginal de Cabanas, das Quatro Águas de Santa Luzia ou o Parque Ribeirinho em Faro.
Ninguém se opõe à melhoria e à requalificação das zonas ribeirinhas, pelo contrario, mas se essa era a ideia, então que a apresentassem como tal. Não podem vir é falar em valorização e requalificação da Ria Formosa quando o que vemos é a continuada degradação com a emissão de esgotos directos que poluem as águas da Ria, e com isso reduzindo drasticamente as actividades económicas e sociais da Ria, num desequilibrio que deveria ser objecto da primeira prioridade do programa Polis.
E a operação de cosmética vai mais longe com a pretensão da "renaturalização" que lhe vai dar mais valor num possível negocio, mas que em nada a valoriza aos olhos da população nativa.
REVOLTEM-SE, PORRA!

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