quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

RIA FORMOSA: ELEITORALISMO NAS CONDIÇÕES DE VIDA NA RIA!

Têm vindo a publico, alguns actores políticos do PS mas também do PSD a reivindicar méritos alheios no concurso lançado pela Águas do Algarve para a construção da nova ETAR.
Se alguém tem mérito, são aqueles que ao longo dos anos foram prejudicados pelo péssimo funcionamento das actuais ETAR como a própria Águas do Algarve reconhece na nota que enviou para a comunicação social, como se pode ver em http://www.sulinformacao.pt/2015/02/aguas-do-algarve-lanca-concurso-para-nova-etar-faro-olhao/.
Enquanto candidato á presidência da Câmara Municipal de Olhão, o moço pequeno António Pina, ameaçava meter a Águas do Algarve em Tribunal, mas assim que se apanhou eleito e nomeado vogal do conselho de administração daquela empresa, logo desistiu dos seus intentos.
Também o deputado do PSD, Cristóvão Norte vem reivindicar iguais méritos pelo facto de ser o deputado relator do Relatório Final da Petição nº 123/XII/1ª, onde esteve bem, diga-se em abono da verdade.
Mas quando os actores políticos vêm reivindicar os méritos de terceiros n que à construção da nova ETAR porque não reivindicam eles o demérito das demolições, da manutenção do POOC e da Polis, tal como era pedido na petição?
Este ano temos eleições e os actores políticos, habituados a que o Povo encare a politica como se de um campeonato de futebol se tratasse, mais uma vez e de forma despudorada, virão apelar ao voto. Só que enquanto no futebol, ganhe quem ganhar, perca quem perder, ninguém deixará de ter dinheiro para comer, ninguém perderá o seu meio de trabalho, na politica é bem diferente. Na politica decide-se o modo de vida de cada elemento do Povo, razão mais que suficiente para perguntar a esses senhores o que pensam fazer para salvar a integridade da Ria Formosa

É que, se num outro contexto, saudaríamos o lançamento da construção da nova ETAR, hoje não é bem assim. E não é assim, porque os produtores de bivalves não sabem qual vai ser o seu futuro porque as concessões terminam no próximo mês de Junho, depois do qual serão submetidos a leilões. Por outro lado, e como decorre do anuncio do concurso, a nova ETAR só estará pronta em 2017, mas até lá a maioria dos viveiros vão desaparecer, pelo que tudo indica que a nova construção, não se destina a melhorar a produção dos bivalves mas para satisfazer outros, maiores, interesses. Alem do mais, a propria Águas do Algarve reconhece os benefícios da reutilização das águas residuais urbanas, tanto como a Administração da Região Hidrográfica do Algarve (ARH), pelo que mal se compreende a localização da nova construção, construção essa que deveria ser submetida a discussão publica, em sede de Avaliação de Impacto Ambiental, mas que não foi devidamente publicitada.
Assim, devemos exigir à palhaçada politica que se comprometam na defesa da salvaguarda  dos interesses do Povo que os elegeu e não seguir caninamente as decisões centralistas do Terreiro do Paço ou do Largo do Rato.
Objectivamente, pergunta-se, de que lado estão estes senhores: do Povo, impedindo as demolições e a poluição da Ria, ou do Poder déspota que tudo rouba ao Povo?
REVOLTEM-SE, PORRA!

5 comentários:

Anónimo disse...

Mas que grande vitória do pina ! O tal moço pequeno é cada vez mais reconhecido por ser lutador e não um aparelhista no lado subserviente do puder

a.terra disse...

MNeu caro comentador é capaz de dizer o que é que o moço pequeno fez para que fosse construida a nova ETAR? Pina não passa de um mero palhaço politico!

Anónimo disse...

Então não foi por ele estar na administração das águas do algarve !!! É tão evidente ... Só a vossa raiva é que não quer ver!.

O Sombra disse...

Noticia do Publico em 13/3 2009
pelo jornalistra Idálio Revez.
A recém-fundada associação cívica "Somos Olhão" apresentou ontem à Comissão Europeia uma queixa contra o Estado português, por alegado incumprimento das directivas comunitárias no ecossistema da ria Formosa.

Os esgotos, dizem os promotores do protesto, "são lançados directamente" no espaço lagunar. O objectivo da denúncia é chamar a atenção para um velho problema do Algarve e "influenciar o programa" dos partidos que concorrem às próximas eleições autárquicas.

O Polis da ria Formosa, previsto para arrancar antes do Verão, dispõe de 87 milhões de euros para requalificar aspectos paisagísticos relacionados com o urbanismo das ilhas-barreira, mas não contempla a despoluição. Os viveiristas e mariscadores assumem-se como as principais vítimas das descargas ilegais de efluentes, denunciando a mortandade dos bivalves - situação que acontece, ciclicamente, durante o Verão.

Raul Coelho, porta-voz da organização "Somos Olhão", aponta como causa para o alegado crime ambiental o "mau funcionamento" da estação de tratamento de águas residuais (ETAR) da zona nascente de Olhão. A empresa Águas do Algarve - responsável pela gestão do sistema - diz que a "ETAR cumpre todos os requisitos legais". No entanto, a porta-voz da empresa, Teresa Fernandes, admite que lhe têm chegado queixas "de descargas ilegais, normalmente só detectadas quando ocorrem", sublinhou. Sobre os esgotos que desaguam na ria, enfatizou, "são águas tratadas, devidamente controladas".

Já o presidente da câmara, Francisco Leal, atribui à denúncia do movimento cívico uma "motivação política, a que não serão alheios os próximos actos eleitorais". Raul Coelho nega tal acusação. "Os objectivos do 'Somos Olhão' é que haja transparência no poder autárquico". "Não concorremos às eleições, mas podemos influenciar todas as candidaturas". E acrescentou: "Há elementos na organização dos vários partidos que compõem o espectro eleitoral. Um dos quais, José Castanheira, da CDU, vai ser cabeça de lista às eleições autárquicas, mas tal não significa uma colagem partidária".

Raul Coelho considera que os efluentes deitados na ria, apesar de tratados, constituem um factor de poluição. Diz que a própria água doce, proveniente das ETAR, "altera o equilíbrio de salinidade". Por toda a situação responsabiliza o Estado português pelo incumprimento das directivas comunitárias e a Câmara de Olhão, "politicamente", por não adoptar normas ambientalmente correctas. À empresa Águas do Algarve atribui um papel de prestador de serviços: "Apenas foi contratada para tratar os esgotos". A queixa que seguiu para a Comissão Europeia vai ser acompanhada por uma petição, para que o Parlamento Europeu exerça uma "acção de fiscalização relativamente à queixa".

Em Abril é decidida a candidatura que a Câmara de Olhão, em parceria com a Universidade do Algarve e o município de Vila Real de Santo António, apresentou para instalar na cidade um laboratório da UNESCO, dedicado à eco-hidrologia. E Francisco Leal assume um bom posicionamento para o receber. A sede administrativa ficaria na Universidade do Algarve, e junto à ria Formosa trabalhariam entre 16 e 31 cientistas de todo o mundo.

O autarca diz que as ETAR são geridas pela Águas do Algarve, mas não esquece que o município investiu mais de 250 mil euros a remodelar a rede de saneamento da zona velha, com o objectivo de " eliminar as descargas clandestinas para a ria". E adianta que a gestão da rede com recurso a câmaras de vídeo" tem detectado ligações clandestinas, dando o exemplo da Avenida de Bernardino da Silva, onde dois blocos construídos recentemente, tinham feito ligação directa dos esgotos à rede pluvial".

Anónimo disse...

Moss o sombra o que é que uma notícia de 2009 e a conversa do leal tem a ver com a vitória do pina e dos olhanenses!!