A propósito da reunião de moradores no Auditório Municipal vieram uns candidatos a jornalistas, com carteira mas sem rigor, anunciar que estariam presentes apenas trezentas pessoas quando a lotação da sala é de quatrocentos lugares, totalmente preenchidos e pessoas em pé, nos corredores e encostados à parede, em baixo e em cima e ainda no hall de entrada, e portanto seria bem mais correcto se anunciassem mais do triplo de presenças.
A contabilidade das presenças neste caso, como noutras situações inconvenientes, não é inocente e visa retirar o impacto e a grandiosidade da reunião. Há jornalistas e jornalistas muito subservientes ao Poder, rastejando por um lugar ao sol. Vou tomar a ousadia de publicar aqui alguma fotos retiradas da página do face book de Silvia Padinha,para desmentir esses jornalistas cegos ou vesgos, que não viram a multidão que encheu o Auditório, que leva 400 lugares sentados, ficando os corredores laterais cheios de pessoas,a assim como a sala de entrada que ficou cheia de gente que não conseguiu entrar de cheia que estava, e muita pessoas ficaram na Rua.
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E nem sequer foram capazes de dizer o que efectivamente se passou, porque na intervenção com mais peso, a da presidente da Associação de Moradores da Culatra, não foi apenas das casas que se falou mas de toda a Ria, da poluição, dos viveiros e da forma como querem expulsar a população nativa.
Na mesa estavam dois presidentes de câmara e um ex como moderador e os presidentes das associações do Farol e dos Hangares, curiosamente presidente da assembleia municipal de Olhão e da concelhia local do PSD. Portanto uma mesa bastante politica.
Em 2010 foi lançada uma petição ao parlamento para suspensão do POOC, que pode ser lida em http://olhaolivre.blogspot.pt/2010/09/fora-com-o-pooc.html e em 2011 nova petição sobre o mesmo assunto e que pode ser vista em http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N7397. Também a então Ministra do Ambiente foi brindada com uma cartinha que pode ser lida em http://polvodoalgarve.blogspot.pt/2011/07/salvem-ria-formosa.html.
Ambas deram origem a recomendações ao governo, aprovadas por unanimidade na Comissão Parlamentar de Ambiente e Ordenamento como se pode ver em http://olhaolivre.blogspot.pt/2013/06/salvem-ria-formosa.html, no caso da segunda petição.
Os farsantes ou palhaços políticos que agora se vêm pronunciar contra as demolições e que em sede própria, o parlamento, tiveram oportunidade na altura de o fazer, esqueceram-se que uma das funções do grande circo em que está transformado a Assembleia da Republica é a fiscalização dos actos do governo e que se este não acata as recomendações por duas vezes, então só têm um caminho, apresentar um projecto de Resolução votado pelo hemiciclo. Ora, se todos os partidos representados votaram favoravelmente as recomendações mal se compreenderá que agora façam o contrario daquilo que aprovaram em Comissão.
As recomendações do parlamento têm a mesma função que o papel higiénico com o qual o governo limpa o cu, mas quem sofre com isso são as populações. Virem agora teatralizar junto das pessoas, dizerem que estão contra mas não tomam uma atitude que dê substancia ao que defecam pela boca, desencadeando acções que vão de encontro aos legítimos anseios da população.
Estamos a meses de um acto eleitoral e os moradores, pescadores, mariscadores e restante população deve fazer um aviso serio a esta canalha de que todos nós queremos uma mudança, mas uma grande mudança, começando por suspender o processo de demolições em curso.
Quanto aos moradores das ilhas barreira devem resistir e lutar contra a canalha politica que lhes rouba a casa e o sustento.
REVOLTEM-SE, PORRA!
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