quinta-feira, 7 de abril de 2016

RIA FORMOSA: AMBIENTALISTAS ENCOBREM CRIMES AMBIENTAIS!

Resultado de imagem para imagens do cavalo marinho
Uma leitora do Olhão Livre enviou-nos um comentário que pelo seu conteúdo, entendemos republicar, omitindo a fonte apenas porque não manifestou interesse na sua divulgação, como se pode ler a seguir:


A propósito de uma notícia sobre o declínio acentuado das espécies de cavalo marinho na Ria Formosa, apresento o devido comentário ao que me pareceu uma "não noticia". Isto porque o seu conteúdo, pretendendo ter carácter científico, é "poucochinho"... Perdoem a citação.
Após uma breve pesquisa sobre a vida dos cavalos marinhos, objecto da referida notícia, ocorre-me acrescentar:

Os cavalos marinhos da Ria Formosa, e os outros, vivem em águas temperadas, de baixo nível de altura, ou seja, baixas, e no meio de plantas ( zostera ). Estas são as características genéricas do seu habitat.

"Zostera", em botânica, é o nome dado à planta ou plantas marinhas que estruturam o habitat dos cavalos marinhos. Estas são então as "estruturas" que as fateixas dos barcos destroem (!), segundo a Liga para a Protecção da Natureza,  conforme notícia divulgada na Antena 1, no dia 6 de Março pelas 14h, aproximadamente.

Dizia-se nela que, tanto a pesca de arrasto, como a destruição das suas estruturas  feita pelas fateixas, seriam os grandes factores responsáveis pelo declínio daquela espécie.
Haja honestidade...
A divulgação, lançando ao vento, de modo calculado, notícias com este grau de desinformação, só pode servir interesses pouco claros.

Se investigarem, de boa fé, encontrarão um enorme declínio em muitas outras espécies cujo habitat é a Ria Formosa.

Aos defensores da natureza, na Ria Formosa, não os incomoda a poluição industrial, quanto aos efeitos nas plantinhas aquáticas ??? É que, estas mesmas, são a maternidade das espécies que por ali vão desaparecendo, não o sabem? Então investiguem.
Haja honestidade...


Nota do Olhão Livre:
As associações ambientalistas têm tido uma certa culpa na degradação ambiental da Ria Formosa, pela omissão que fazem de certas situações, desde que as mesmas encontrem nas entidades publicas, os principais responsáveis.
Quando a Sociedade Polis Ria Formosa abriu a barra no "fundo do saco" da península de Cacela, acabou por destruir a zostera ali presente. De forma contraditória, a mesma entidade, com as dragagens que fez na Fuzeta para fechar uma barra aberta naturalmente e abrir uma outra artificialmente, destruiu outra tanta zostera, para depois vir apelar à adopção de pradarias marinhas.
Não vamos dizer que a LPN esteja errada, mas a versão apresentada é de facto muito pobre e redutora.
Na verdade, as correntes que fazem a ligação dos cabos à fateixa, quando as embarcações fundeiam e rodam ao sabor das correntes, formam um circulo de desbaste na zostera se ali for zona de sua existência. Mas curiosamente, as mesmas associações nunca abriram a boca, em relação ao facto do canal Culatra/Armona estar classificado pelo POOC como canal secundário, o que só permite a navegação a barcos de pesca ou a modus náuticos a motor com o comprimento máximo de nove metros. Mas nem essas associações nem a Policia Marítima!
Também não podemos nem devemos omitir que a utilização de arrastos tenha consequências para a zostera, mas essas artes estão proibidas e são cada vez menos utilizadas. As associações ambientalistas deveriam ter em conta que antes das restrições/proibições ao exercício de certas actividades na Ria Formosa, havia fartura de tudo e hoje, com tanta proibição, cada vez há menos diversidade. Essa é que devia ser a preocupação maior das associações ambientalistas; saber os porquês?
As plantas de fundo, a tal zostera, é ao mesmo tempo produtora e consumidora de oxigénio dissolvido na agua. Durante o dia, enquanto realiza a fotosintese, produz o que consome à noite porque não realizando a fotosintese, está obrigada a consumir.
Ou seja, para que as plantas de fundo, possam realizar a fotosintese e sobreviver, precisam que a radiação solar lhes chegue, o que não acontece por causa da turvação da agua, turvação que encontra nas descargas de esgotos directos ou nas das ETAR.
As aguas residuais mal tratadas nas ETAR, são muito carregadas de sólidos suspensos, constituído na sua  maioria por matéria orgânica, ultrapassando em muito os valores permitidos por lei. Essa matéria orgânica quando entra em decomposição, também consome o oxigénio dissolvido,na agua, e isto sem falarmos na pobreza de oxigénio das aguas mal tratadas.
Se a tudo acrescentarmos as naturais e artificiais dificuldades na renovação das aguas da Ria Formosa, então encontraremos aí, sim, as verdadeiras razões do desaparecimento ou redução acentuada de muitas especies.
As razões que levam às "preocupações" de certas associações ambientalistas nesta altura do campeonato tem a ver com as parcerias que algumas dessas associações e entidades publicas fazem na realização/promoção de eventos, como aquele que se vai realizar sobre o cavalo-marinho, com o alto patrocínio da Aguas do Algarve, a principal poluidora da Ria Formosa. Ele há com cada uma! E esta hein!


7 comentários:

Anónimo disse...

"AMBIENTALISTAS ENCOBREM CRIMES AMBIENTAIS"?????????? O título não é de estranhar, bem pelo contrário.Quem é o patrão/dono de grande parte dessas organizações conhecidas como ambientalistas???? Não posso prejudicar quem me paga senão sou despedido,e depois onde encontro emprego??? Compreendam e Sejam felizes.

Anónimo disse...

E as obras de saneamento da Culatra para a Ilha da Armona quantos hct de floresta marinha destruíram? a obra é foi apelidada de provisória mas quanta vida já matou quantos milhares de toneladas de areia se acumularam entre as poitas de betão que as Aguas do Algarve utilizou para fazer a ligação de esgtos rede de agua e eléctrica por cima do leito da Ria.
Não foi essa ligação ilegal quando a União Europeia financiou essas obras para serem feitas por baixo do leito da Ria de modo a não destruir florestas marinhas e de modo a se poderem realizar dragagens da zona.
Haja paciência para a LPN a Quercus e todas as associações ditas ambientalistas que tem medo de dizerem a verdade ou será que desconhecem?
Ou como vivem da caça ao subsidio estão caladas?

Anónimo disse...

Subscrevo o comentário do Olhão livre estes ambientalistas que por aqui circulam são os ditos intelectuais que se preocupam com assuntos que lhes dão imagem. Conferências e beberetes com flor na lapela, nunca apresentam em público ou reuniões camararias contestações sobre casos conhecidos do grande público.
Alguém saberá qual o motivo que os mesmos nunca levantaram grande contestação sobre a implantação do IKEA no concelho de Loulé?
Procurem saber o nome e dos donos dos terrenos!!!!!!!

Anónimo disse...

Essa do IKEA é porque um dos terrenos eram de um ambientalista?
Vi agora esta noticia e ficoa perceber melhor o que se passa:
Almargem: localização da IKEA em Loulé é “ecologicamente pouco relevante”
A associação ambientalista Almargem considera que a localização pretendida pela IKEA para instalar uma loja em Loulé “é ecologicamente pouco relevante”, apesar de saber que os terrenos em causa “pertencem à Reserva Agrícola Nacional (RAN)”.

A associação tornou pública esta posição quando decidiu dar resposta a “insinuações” de que tem sido alvo, já que um dos terrenos adquiridos para a eventual localização da IKEA em Loulé era propriedade de um associado e colaborador da Almargem.

“Corresponde inteiramente à verdade que um dos terrenos adquiridos para eventual instalação da IKEA no sítio dos Caliços pertencia à família de um associado e colaborador activo da Almargem”, escreve a associação num comunicado.

“Nem a direcção da associação Almargem nem nenhum dos seus actuais membros têm a ver com este negócio que, aliás, desconheciam por completo até há bem pouco tempo”, salientam ainda os ambientalistas.

A associação sublinha que “tentar relacionar estes factos com um alegado silêncio comprometedor da Almargem perante a situação em causa, é uma atitude abusiva que a direcção repudia de forma veemente”.

No entanto a direcção da associação acaba por considerar que os terrenos em causa são pouco relevantes ecologicamente, e remata que “de qualquer modo não é favorável à implantação de mais grandes superfícies comerciais, sobretudo do modo massificado e pouco sustentável a que se tem assistido no Algarve”.

Recorde-se, a IKEA quer implantar uma loja em terrenos junto ao nó Loulé Sul da Via do Infante, num investimento de cerca 200 milhões de euros, criando 3000 postos de trabalho. Localização esta que tem dado polémica (ver notícias relacionadas), assunto que vai estar em foco na próxima Assembleia Municipal de Loulé, sexta-feira, 19 de Março.
JV/RS
10:30 terça-feira, 16 março 2010
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http://www.diarionline.pt/noticia.php?refnoticia=103828

Anónimo disse...

Semana da Ria Formosa ou Semana do encobrimento dos crimes que diariamente acontecem na Ria Formosa?

Anónimo disse...

O maior crime é o que está acontecer a cerca de três anos, pelos piratas que andam ao arrasto de vara ria que apanhavam as centenas de cavalos marinhos.E os que andam ao mergulho para apanharem langueirão, agora ainda mais porque já não apanham só langueirão é pepinos, cavalos marinhos e ouriços todo para venderem ao chines só apanham as centenas é ouvi los nos cafés da baixa.
Essa malta são todos uns coitadinhos que ai andam na destruição da ria e as autoridades a velos passar e nada fazem.
Onde estão as entidades que fiscalizam a ria??

Anónimo disse...

Refinada hipocrisia o politicamente correto ambientalismo. Abanam a cauda aos poderosos, mas mordem, esfarrapam os fracos.Um mínimo de decência ao menos...