https://www.facebook.com/tomaz.graca/videos/10155524575946749/
Já se passaram um bom par de anos desde o inicio das denuncias de poluição da Ria Formosa, a qual tem consequências não só ao nível da qualidade ambiental e ecológica das suas aguas como ao nível da degradação da produção de bivalves e logicamente das condições de vida de milhares de pessoas. Nada que incomode o Poder instalado, a começar pela santíssima Câmara Municipal de Olhão.
Se clicarem em cima da URL do vídeo roubado do facebook de Tomaz Graça, obtido na passada semana, poderão verificar o "vinho" que sai da ETAR Poente de Olhão. localizada em plena zona de produção de bivalves, designada de Olhão 3.
O Decreto-Lei 236/98 define os critérios e objectivos de qualidade para proteger o meio aquático tem em vista o seu uso, como se pode ver em https://dre.tretas.org/dre/94857/decreto-lei-236-98-de-1-de-agosto, mas no fundo não se vê que as medidas propostas tenham como objectivo final aquela protecção, pelo menos no que diz respeito às aguas conquicolas.
Vejamos o que diz o artigo 40ª:
"2 - As normas de qualidade das águas do litoral e salobras para fins aquícolas - águas conquícolas, a seguir designadas «águas conquícolas», têm por finalidade proteger e melhorar a qualidade dessas águas a fim de permitir a vida e o crescimento de moluscos (bivalves e gastrópodes) equinodermes, tunicados e crustáceos, contribuindo para a boa qualidade dos produtos conquícolas passíveis de consumo pelo homem."
O que se pode concluir do resto da secção em que o tema é tratado, é a protecção da saúde do consumidor, com a qual concordamos, mas nem uma linha para a protecção da qualidade das aguas para a produção conquicola, sendo certo que competia ao IPMA propor normas de qualidade mais rigorosas, visando essas, a tal qualidade que falta para o desenvolvimento da actividade conquicola.
Claro que o IPMA é mais um daqueles organismos ditos independentes do Estado, a quem deve obediência canina, e por isso está condicionado na sua acção, optando por não levantar ondas.
Se ao invés disso, o IPMA procedesse a uma monitorização das aguas das zonas de produção conquicola, comprovando o crime ecológico que estão praticando na Ria Formosa e dela fizesse um relatório exaustivo, outro galo cantaria.
E tanto assim é que o IPMA foi um dos parceiros na elaboração do Livro do Forward, e que pode ser visto em http://goodclam.org/index.htm, onde se pretende justificar a poluição da Ria Formosa com as escorrências superficiais da agricultura, "inventando" produções se não extintas pelo menos em vias de extinção.
Certo é que a Ria Formosa continua a sofrer toda a espécie de ataques por parte de um Estado criminoso ambiental. porque é da parte dele que provem a maior parte desta poluição.
Até quando?
3 comentários:
Parabéns a Tomás Graça por ser um cientista e ter tido a coragem para revelar o crime que é a descargas diária desse veneno para a Ria Formosa.
Muito bom vídeo que documenta a vergonha e a triste realidade da poluição da Ria Formosa.
Sabiam que o IPMA diz que a Ria Formosa tem falta de oxigénio?
Não será pelos esgotos de aguas residuais que a CMOLhão TODOS os dias envena as aguas da Ria Formosa?
Não será pelo veneno dessa ETAR e de outras ETARs das Aguas do Algarve?
Já viram essa noticia do D.N.?
Será que o IPMA se juntou aos terroristas como o Pina e certos cagões apelidam os autores do blog Olhão Livre?
"Os níveis de oxigénio nas águas costeiras são "de um modo geral" bons, mas foram encontrados valores baixos no estuário do Mondego e na Ria Formosa, podendo afetar a vida aquática e causar mortalidade, segundo o IPMA."
Vão continuar a enterrar a cabeça na areia?
Enviar um comentário