domingo, 28 de janeiro de 2018

OLHÃO: PRESIDENTE TRAPALHÃO!

O suposto aluguer/compra da Bela Olhão está envolto numa negra nuvem com o presidente a cair em contradições e sem dizer a verdade dos reais objectivos.
Curiosamente, o presidente nunca mostrou a mais pequena preocupação com a situação dos antigos trabalhadores, alguns dos quais receberam a parte do fundo de garantia salarial, mas ainda hoje estão à espera do restante da indemnização a que tinham direito. E se é certo que o presidente nada tem a ver com isso directamente, questiona-se porque nunca exerceu a sua influência para que os trabalhadores daquela fabrica recebessem os seus direitos. Claro que sabemos que ele é um bocado avesso a lidar com quem não tem um estatuto social mais elevado e que por isso se está borrifando para as condições de vida de quem perdeu o seu sustento.
Na sequência do processo de falência, todo o património da Bela Olhão foi vendido a uma empresa nortenha, especialista neste tipo de aquisições, que mais tarde viria a colocar à venda as instalações por pouco mais de dois milhões, estranhando-se porque razão o presidente não a quis comprar na ocasião, já que o preço era bem apelativo.
De acordo com a Planta Síntese do Plano Director Municipal de Olhão, a área compreendida pela Bela Olhão, está classificada como Espaço Urbano Estruturante, embora entre cortada por uma linha de agua que de acordo com o respectivo Regulamento tem uma faixa de protecção de dez metros para cada lado, sobre a qual não é permitida a edificabilidade.
Sendo assim, naquele espaço é permitida a edificabilidade para fins habitacionais, mal se percebendo porque razão ainda não surgiu nenhum comprador. Ou será que surgiu e o presidente disse não ser permitida a edificabilidade, dizendo que se trata de uma categoria de espaço que integra a Zona Industrial do Porto?
O Presidente é trapalhão suficiente para o fazer, e só assim se compreende as contradições e as mentiras que vem propalando a esse respeito. A uns diz, que vai transferir serviços instalados na Horta da Câmara mas na Assembleia Municipal diz que no futuro pretende alterar a classificação do solo para permitir a edificabilidade, pondo então o espaço à venda, obtendo mais valias para o Município.
Ora a Câmara não é nenhuma agência imobiliária para praticar especulação de solos, que no fundo é o que vem propondo o Pina, ao comprar para tornar a vender com mais valias. Essa não é nem função nem vocação da autarquia.
E ainda que assim fosse, dando algum credito às palavras do moço pequeno em presidente, só o facto de propor a alteração do uso dos solos para negociar, sendo juiz em causa própria, é de muito duvidosa legalidade.
De qualquer das formas, vir primeiro alugar por 23.000 mil euros mensais durante dez anos despendendo 2.760.000 euros para no final daquele período pagar pela compra mais 5.000.000 euros, ficando a operação num total a roçar os oito milhões de euros, sem se saber qual o destino que lhe quer dar, é no mínimo suspeito. Ou será que estamos perante mais uma encomenda, que endivida a autarquia e será motivo para o aumento de taxas e impostos municipais?
E se algum particular se interessou pelo terreno e o Pina deu o nega, não permitindo a edificabilidade, perante um cenário destes? Não terá direito a pedir uma indemnização, tanto mais que o Plano Director Municipal permite a edificabilidade?
Porque não diz a verdade o trapalhão presidente?

1 comentário:

Atento disse...

Que ele seja trapalhão para quem o conhece,não é novidade nenhuma agora como é possível certas personagens da A.M. darem cobro a essas trapalhadas?