terça-feira, 16 de janeiro de 2018

RIA FORMOSA SEMPRE EM RISCO!

O Correio da Manhã noticia hoje que a draga que operava na Barra da Armona se virou, lançando à agua quatro tripulantes que foram socorridos de imediato, como se pode ler em http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/quatro-trabalhadores-feridos-na-barra-da-armona-em-olhao.
Felizmente não à perda de vidas, embora a tripulação não tivesse ganho para o susto e tivesse de sofrer um bocado.
Mas pergunta-se o que fazia a draga naquele local, porque há uma certa incoerência na actividade da draga, não por culpa dela, mas de quem tem o poder de decisão. Ainda que as dragagens sejam uma necessidade para a Ria Formosa, o que ali está a ser feito, é mais um crime para as ilhas barreira, nomeadamente da Culatra.
As areias movem-se tendencialmente de poente para nascente, pelo que as areias retiradas junto ao Lavajo, há já uns dias, deviam regressar ao seu ponto de origem, a Ilha da Culatra, até porque elas fazem falta tanto no núcleo dos Hangares como no do Farol, mas o que se verifica é que estão sendo utilizadas para enchimento da Praia do Barril.
Quanto mais areia tirarem desta zona da Ria mais cresce o risco para a Ilha da Culatra, que vai perdendo largura e altura e como tal mais permeável a um galgamento oceânico, e não podemos esquecer que estamos a dois meses de mais um equinócio e os riscos a ele associados pela grandeza das marés, em que se houver temporal conjugado com o preia-mar, pode varrer aquela Ilha.
Não podemos nem devemos omitir que neste momento está em preparação a tomada de posse administrativa de mais 22 casas, ou seja de mais 22 demolições. Devemos também recordar que os moradores daqueles dois núcleos protegeram as suas casas acumulando sacos de areia, formando um dique protector, que os novos demolidores também pensarão destruir, dias antes do equinócio.
É que esta será uma forma de aproximar ainda mais as aguas das casas, dando assim azo a nova delimitação da zona dita de risco e como tal outras demolições à vista.
Sabemos também que o nosso "amigo" Pina já se demarcou das demolições alegando que os núcleos dos Hangares e do Farol pertencem a Faro e que é na Assembleia Municipal de Faro que os moradores devem contestar. Mas a família do Pina tem mais de uma casa no Farol e se continua solidário com os demais moradores, deve agora também solidarizar-se com eles, indo à Assembleia Municipal protestar. Porque não o faz?
Lembramos que os ilhéus, acreditando no Pai Natal, se juntaram e vestiram as camisolas para apoiar o Pina na campanha eleitoral de Setembro passado, virando as costas àqueles que sempre os apoiaram. E agora? Vão pedir ajuda a quem viraram as costas?
Perguntem lá à cretina figura se ainda mantém a necessidade da demolição destas casas? Ou a postura "heroica" dele foi apenas para dizer que fazia oposição ao anterior governo? E contra o demolidor governo do Costa, não se opõe?
Cá se faz, cá se pagam!

Sem comentários: