De há uns tempos a esta parte que vimos assistindo ao aumento da repressão sobre quem labuta na Ria Formosa, com as autoridades, a pretexto das mais variadas explicações, perseguem as pessoas.
Para os viveiros de ameijoa, foi afixado um Edital que fixa como prazo máximo para a retirada de pedras, plásticos e outros meios utilizados na defesa e protecção dos viveiros contra a ondulação provocada pelas embarcações, com particular destaque para as da Marinha, quando há limites de velocidade estipulados mas que ninguém cumpre.
Com a elevada mortandade da ameijoa e os viveiristas descapitalizados, vem a exigência da sua substituição daqueles meios por sacos de calhau rolado, que não é nada barato, o que vai levar a que muitos deles não consigam cumprir com aquela exigência.
No entanto e curiosamente, os sacos das ostras, também eles de plástico, são permitidos, como se os animais não engolissem as partículas que se vão libertando daqueles sacos. E não é por acaso que há fundos comunitários para a produção destas ostras, que são uma espécie estranha à Ria Formosa, quando deveríamos estar a produzir a ostra portuguesa. Há dinheiro para as ostras, mas não há dinheiro para as ameijoas, porque a ideia é levar ao abandono de um prática que está enraizada no Povo que vive da Ria.
Também a pretexto da defesa do cavalo-marinho e com uns senhores académicos a distorcerem a realidade, atribuindo as culpas do desaparecimento daquela espécie à pesca, contrariando o que diziam há uns anos atrás de que era a poluição, saem para a rua na tentativa de apanhar supostos caçadores ilegais. E não vão senão, a Policia Marítima, o Parque Natural da Ria Formosa e sabe-se lá mais quem, para virem de mãos a abanar.
Na costa, também os apanhadores de conquilha apeada, são perseguidos, como se pode ler em http://www.sulinformacao.pt/2018/01/policia-maritima-de-tavira-apreende-ganchorras-de-mao-e-15-quilos-de-conquilhas/ , com a apreensão de dez arrastos de mão e quinze quilos de conquilha, uma media de 1,5 quilos por cabeça, quando aos turistas é permitido apanhar até dois quilos.
Na zona de Faro quando um pescador pescava com redes, foi perseguido de tal forma que a lancha da Policia Marítima foi embater num bote mandando duas pessoas para o hospital, um deles em estado grave.
Toada esta repressão visa acabar com as actividades tradicionais da Ria Formosa, mas traz consigo mais alguma coisa. É que na falta de rendimentos para assegurar a subsistência da família, muitos são aqueles que se fazem ao mar, procurando ali o sustento das suas famílias. Mas afinal que querem as nossas brilhantes autoridades? Que na falta de recursos, estas pessoas vão roubar?
No passado, a Ria era fonte de alimento e de rendimentos, e haviam toda a espécie de artes. Hoje, tudo é proibido e a vida na Ria é uma miséria.
Quando é que a canalha começa a olhar a Ria noutra perspectiva?
ABAIXO A REPRESSÃO!
5 comentários:
"Também a pretexto da defesa do cavalo-marinho e com uns senhores académicos a distorcerem a realidade, atribuindo as culpas do desaparecimento daquela espécie à pesca, contrariando o que diziam há uns anos atrás de que era a poluição" - sabe que o conhecimento evolui? deviamos dar-nos contentes por isso...Viva o conhecimento académico não reprimido. Revoltem-se, porra, contra a ignorância
Era bom que disse-se que o barco que estava a pescar com arte ilegal, se estava tudo bem porque fugiu e o bote navegava sem luzes.
antes dmais dizer que sou viveirista mas tenho de dizer que neste texto em cada duas coisas 3 sao falsas,primeiro em fevereiro saiu um edital que findava em maio, mas apos um ano nos viveiristas nos lixamos para aquilo e agora este edital é um ultimo acto para que maioria dos viveiristas remova o lixo acomulado em anos pois os viveiros sao autenticas lixeiras, e ao contrario do que dizes as pedras nao sao para tirar, é so para tirar fibrocimento borracha e plasticos, depois quanto aos arrastos da conquilha apanham 15 arrastos mas os 15kg nao eram dos 15 arrastos pois maioria dos arrastos estavam escondidos nas dunas pois se um gajo apanhasse 1,5kg estava tramado morria de fome, quanto aos cavalos marinhos é certo que a ria esta a ficar sem sebas epoluida diminuindo os cavalos mas tambem sei que o chines compra cada cavalo a 3€ e todos dias saem dezenas, depois a persiguicao da policia peca por ser é pouca pois era apreender essas embarcacoes com redes ilegais e de arrasyo de vara que apanham tudo e mais alguma coisa, e vendem tudo ilegal. eu ca tenho viveiro e passo factura de tudo o que vendo tenho o viveiro com valade de pedra e niguem me incomoda, cumpram a lei pois nas licença do viveiro com mais de 20 anos la dizia que nao permitiam plasticos etc... o pescador é o pior inimigo do mar.
Apoiado 23,58 já na Culatra andaram a distribuir bandeiras mas o lixo cada vez é mais dentro de agua.
toda gente sabe que os arrastos de ria é que matam os cavalos marinhos,quanto aos viveiros as pedras são um perigo as embarcações devem ser proibidas ,somente deve existir 4 estacas pequenas uma em cada canto
Enviar um comentário