Ontem uma noticia anunciava a oferta dos manuais escolares aos alunos do concelho, como se pode ler em https://regiao-sul.pt/2018/08/28/educacao-e-ciencia/camara-de-olhao-oferece-manuais-e-material-escolar-aos-alunos-do-concelho/445707.
Só que o Ministério fez saber que havia gasto 40 milhões de euros nos manuais a distribuir pelo País como se pode ver em https://sicnoticias.sapo.pt/pais/2018-08-01-Manuais-para-500-mil-alunos-disponiveis-a-partir-de-hoje-na-plataforma-MEGA.
Já não é a primeira vez que o cretino presidente da câmara tem saída destas fazendo-se dono de obra mandatada pelo governo. Afinal de que falamos, é a câmara que oferece os manuais ou é o governo? O presidente da câmara devia ter vergonha na cara de estar a vender gato por lebre, pensando que engana tudo e todos, mas o algodão não engana. A verdade vem sempre acima como o azeite!
Mas surgiu também uma outra noticia menos abonatória para a Câmara Municipal e esta num jornal de âmbito nacional como se pode ver em https://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/fecho-de-abrigo-em-olhao-ameaca-30-caes.
O problema dos animais abandonados tem diversas componentes, começando desde logo pela falta de civismo das pessoas. As crianças gostam de brinquedos que passados meia dúzia de dias abandonam. Quando veem um animal de pequenas dimensões também o querem, mas passados meia dúzia de dias, põem de parte tal como fazem com os brinquedos. Os pais, levados na vontade de satisfazer as vontades do menino, oferecem o cão ou o gato, mas quando o menino o põe de parte, perdido o interesse, abandonam-no. Não quer isto dizer que todas as pessoa tenham este comportamento, mas são muitas que o têm.
Os animais abandonados são um problema de segurança e saúde publica. Segurança porque quando com fome podem formar uma matilha e atacar outros animais e até pessoas: de saúde porque portadores de doenças.
Um pouco por todo o lado, há pessoas que se juntam e formam associações para dar abrigo e alimento aos animais de rua, realizando para isso campanha de recolhas de alimentos. São pessoas que dão algum do seu tempo disponível para minorar o mal do melhor amigo do homem, abandonado.
Não recebem qualquer vencimento ou outras compensações que não a sensação de bem estar dos animais a quem dedicam parte da vida. São voluntários!
Se é verdade que as pessoas devem reflectir sobre se têm ou não condições para manter o animal em casa, também não é menos verdade, que cabe às autarquias responder pelo tratamento daqueles animais.
No caso de Olhão, a câmara dá cerca de 3.000 euros anuais que são manifestamente insuficientes para pagar os tratamentos veterinário que muitos dos cães e gatos apresentam. Tudo o mais, comida, detergentes. lexivias, areias e outros utensílios, é oferta da pessoas.
A Câmara Municipal de Olhão em tempos destacou um terreno para a construção de um canil-gatil, junto ao antigo cemitério, à época transformado em lixeira. Esse terrenos situava-se na zona onde iria passar a Variante Norte à 125, que a autarquia nunca pensou fazer, até que Sócrates se lembrou da Requalificação da 125. E aí, morreu o sonho do canil-gatil, com a autarquia longe de apresentar uma solução.
Não há em Olhão, como não há para a Freguesia de Moncarapacho-Fuzeta, apesar da boa vontade das pessoas.
Os nossos autarcas gostam muito de falar de modernices mas situações como estas escondem dos olhos e ouvidos das populações como se estivessem varrendo o lixo para debaixo do tapete.
Cabe ás pessoas organizarem-se em torno das associações e exigirem da Câmara Municipal de Olhão a construção de instalações condignas para os animais abandonados à espera de adopção.