sábado, 19 de janeiro de 2019

OLHÃO: CÂMARA MATA GATOS?

Na sequência da demolição do quintal destinado a ser (talvez) um silo automóvel, os vizinhos constataram que a autarquia não teve o cuidado de prevenir a apanha dos gatos que ali tinham o seu abrigo.
Durante anos a fio, foram varias as pessoas que tratavam da alimentação e de alguns cuidados com medicamentos dos animais por apresentarem sintomas de doenças.
Como em tudo, seja com as pessoas ou com os animais a autarquia tem dois pesos e duas medidas, tratando-os de acordo com o estatuto social do proprietário, que neste caso não são de ninguém.
Durante a campanha eleitoral autárquica de 2017, a Câmara Municipal de Olhão, anunciou com outdors e na imprensa regional, a inauguração de um Dog Park, destinado a receber os cães mais finos da cidade, porque nem todos podem frequentar aquele sitio.
Também foi anunciado a criação de um canil/gatil intermunicipal que não passou do papel mas serviu para granjear simpatias e votos.
É verdade que a temática dos animais de estimação tem a ver com a formação, educação das pessoas. Normalmente são os filhos mais pequenos que ao avistarem um pequeno cão ou gato, logo o querem levar para casa como se de um brinquedo se tratasse e que passados poucos dias os abandonam. Os pais fazem as vontades aos meninos mas depois, quando se dão conta da "inutilidade" do brinquedo, correm com ele e abandonam-nos. Com esse tipo de comportamentos, temos a cidade cheia de gatos e cães abandonados. Se tivermos em conta a alta reprodutividade dos gatos percebemos a gravidade do assunto, porque muitos deles são portadores de doenças e precisam de tratamento.
No quintal em causa, haviam pelo menos doze gatos adultos e algumas crias, que deviam ter sido previamente recolhidos e esterilizados, mas não foram. Alguns deles ficaram debaixo do entulho por uma atitude negligente de quem tem a responsabilidade de gerir uma situação que é da sociedade.
Foi com indignação e alguma revolta que os vizinhos assistiram à "matança" dos pobres animais. Pior ficaram quando viram um tal de Sérgio Viana ser mal educado com uma das protectoras, rindo na cara da senhora. Segundo ela, até a vereadora Rendeiro, diz que os gatos não precisam ser alimentados, tal é o pensamento dos nossos autarcas em relação a esta matéria.
Mas quem é afinal este Sérgio Viana?
Ex-motorista do António Pina (pai) quando governador civil, entrou pela porta do cavalo na Fesnima e agora integra o gabinete de apoio à presidência, gozando dos previlegios e impunidade como se tivesse sido eleito.
Responsável pela Ilha da Armona, o Sérgio devia ter algum cuidado com a sua postura porque de um momento para o outro pode cair do pedestal. Lembramos-lhe que alguns funcionários da autarquia já foram constituídos arguidos por práticas menos correctas. O facto de estar á frente da gestão da Armona, pode muito bem tornar-se uma tentação na facilitação da transmissão de casas e as pessoas darem uma gratificação, o que lhe estará vedado por força de Lei. É certo que nestes casos, não há uma escritura publica e as possíveis comissões ou gratificações não são registadas, mas os gratificadores podem passar uma rasteira. Não significa isto que tenha já acontecido, mas pode acontecer!
Já se passaram muitos anos desde que uma senhora cede ou vendeu um terreno á autarquia, junto ao cemitério novo, com vista à instalação de um canil/gatil, que a Câmara Municipal de Olhão aproveitou para instalar uma lixeira até que acabarmos com aquilo. Mas o canil/gatil continua por fazer.
Entretanto a câmara dá quando dá, cerca de três mil euros por ano a uma das associações, a ADAPO, que muito tem trabalhado neste campo, desenvolvendo campanhas de recolha de alimentos para os animais e na medida do possível tratar de cuidados veterinários que t~em contado com a colaboração preciosa do veterinário municipal, a titulo pessoal.
Mas todo o esforço feito pelas associações não chega para responder ás solicitações e caberia à autarquia uma ajuda mais larga, nomeadamente promovendo conjuntamente com aquelas associações, campanhas de esterilização de gatos e cães abandonados.
Um cão abandonado e com fome pode tornar-se perigoso e basta pôr os olhos na matilha que a ADAPO tem acolhido e alimentado e que antes eram causa de problemas mas que desde que a associação assumiu o seu tratamento deixaram de constituir um perigo.
Cabe à autarquia que tem dinheiro para vaidades, para contratações muito duvidosas, para subsidiar certas actividades, apoiar um serviço publico como o que é prestado pelas associações.

1 comentário:

Anónimo disse...

Com tantos problemas acumulados nestes da democracia da abrilad@, n@o percebo como estes municipes continuam a eleger estes escroques do PS para a governacao local?