Nos últimos dias, a empresa municipal Ambiolhão veio anunciar mas uma acção de combate aos ratos e baratas. Todos os anos é a mesma coisa: Nunca se veem resultados dessa acção, porque o ninho dos ratos e ratazanas são as velhas infraestruturas de saneamento que enquanto não forem substituídas, não há tratamento que resulte.
Da mesma forma que enquanto o eleitorado não ganhar consciência do autoritarismo instalado na Câmara Municipal de Olhão, ela jamais deixará de ser um verdadeiro ninho de ratazanas e baratas de duas patas.
Mas porque no próximo dia 30 vai haver uma assembleia municipal e prevendo que sejam suscitadas algumas pertinentes questões, o presidente da autarquia tomou uma manobra de ilusão. Trata-se da celebração do contrato para a elaboração do projecto do CENTRO DE RECOLHA OFICIAL ANIMAL DO MUNICÍPIO DE OLHÃO.
Se alguém questionar o presidente sobre a construção do canil/gatil, ele de imediato responderá com esta contratação, omitindo que noutras situações também mandou elaborar os projectos mas a sua execução ficaram para as calendas. Elaborar o projecto não é a mesma coisa que o concretizar! E assim vai ser, mais uma vez com este centro, mas sempre serve para desviar as atenções do essencial.
Como é do conhecimento da generalidade da população, uma colónia de gatos esteve em risco, não fosse a intervenção da ADAPO que procedeu à recolha. Mas continua por fazer uma campanha de vacinação e esterilização dos animais estimação abandonados.
As campanhas de esterilização têm de durar um período de pelo menos dez anos para que se consiga controlar a proliferação dos animais abandonados; por outro lado, deveria ser feita uma campanha porta a porta para identificar os animais e introduzir-lhes um chip. Mas para isso é preciso que a autarquia despenda as verbas necessárias à concretização de um tal projecto, sem esquecer o alimento para as colónias de animais abandonados.
O projecto do centro de acolhimento animal, é uma forma de contornar a legislação sobre os canis municipais, os quais têm de obedecer a regras próprias, que a autarquia não está disposta a cumprir.
Cabe às pessoas, aos tratadores de rua, aos voluntários e a todos os que se incomodam pelo abandono dos animais, manter a pressão sobre a autarquia, enviando-lhes emails, por forma a que as ratazanas no Poder Local percebam de vez que se trata de um assunto sério, e não mais uma brincadeira como a autarquia tem encarado o problema.
2 comentários:
ratas em monte na zona ribeirinha... mas cuidado que é espécie protegida pois até nadar sabem.
Por falar em ratas quando é que acabam com a merda directa para a Ria Formosa ou estão à espera que aconteça o mesmo que à vizinha Espanha que foi multada em milhões por destruição das zonas húmidas do Parque Donana?
Uma vergonha o que se passa na poluição da Ria Formosa em Olhão, onde a Comissão Europeia finge não saber.
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