quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

RIA FORMOSA A PRECISAR DE SALVAÇÃO!

A Ria Formosa integra o Parque Natural do mesmo nome, aliás é a razão da sua existência. Para que se compreenda melhor, torna-se necessário perceber  que é um Parque Natural. Trata-se de uma área protegida, que tem como objectivo a preservação do património natural e cultural nela existente.
De tal forma assim é que foi criado um Plano de Ordenamento, bastas vezes violado pelo Poder político, que tinha a incumbência de o fazer respeitar.   
Como se pode ver em http://www2.icnf.pt/portal/ap/p-nat/pnrf/class-carac, uma dos problemas é a capacidade de carga, um estudo que já devia estar feito, para se poder compatibilizar as diversas actividades em presença. Porque o Poder político, sempre viu na área do Parque Natural e na Ria Formosa, uma excelente oportunidade de negocio para encher os bolsos de alguns gananciosos, nunca elaborou aquele estudo, transformando a Ria Formosa alvo da selvajaria de especuladores sem escrúpulos, para quem o dinheiro está acima de qualquer outro valor.
Um dos Planos da malfadada Polis era precisamente o Plano de Mobilidade e Circulação na Ria, como se pode  ver em http://www.polislitoralriaformosa.pt/plano.php?p=4, mais um plano que caiu em saco roto, tais eram as contradições nele contidas.
Com uma apresentação feita no Hotel do regime autárquico, para a qual foi convidado o presidente da Câmara, à época, o estudo nunca foi concluído. É que desde logo se levantava um problema com a capacidade de carga do tráfego marítimo na Ria, sendo que estava, e continua, em curso uma acção de promoção da náutica de recreio, o que poderia indiciar que a surgirem restrições, fossem aplicadas à pequena pesca.
Veja-se que a Polis preparava, ou pretendia proceder, à definição da tipologia de embarcações adequadas às necessidades e aos canais navegáveis existentes. Ora isso remete-nos para o POOC que procedeu à classificação dos canais e a Polis, enquanto instrumento financeiro de execução daquele plano de ordenamento, a ele não podia fugir.
A exemplo disso, o canal da Culatra-Armona, é interdita a navegação a modus náuticos a motor com mais de nove metros, excepto os de pesca, mas a Policia Marítima tão zelosa a perseguir quem vive e trabalha na Ria não vê os iates a motor, com cerca de trinta metros, estacionados naquele canal, porque se trata de turistas. Ou serão todos míopes?
Nos últimos tempos, temos vindo a assistir à fobia da criação de mais e mais portos de recreio e de marinas, com a cumplicidade de autoridades como a ministra do mar, do traste do secretario de estado das pescas e dos presidentes de câmara, entre os quais o de Olhão.
O impacto da circulação dos barcos no eco-sistema da Ria Formosa será tremendo se entretanto não for feito o estudo da capacidade de carga da circulação marítima, seja por acção das hélices ou mesmo dos poluentes com origem nos motores. A ausência desse estudo e de regulamentação e fiscalização do tráfego marítimo dentro da Ria Formosa vai a breve trecho transforma-la numa autentica selva, podendo causar a destruição do património natural e cultural.
A RIA FORMOSA CORRE UM RISCO GRAVE. É PRECISO SALVA-LA, PRESERVANDO-A DO ASSEDIO DOS TUBARÕES!

1 comentário:

Anónimo disse...

Mas a Sociedade POLIS não ia acabar? Isto é de um gajo dar em maluco com tanta desinformação! E já agora incompetência!