quinta-feira, 26 de setembro de 2019

OLHÃO: AGRAVAM-SE AS TAXAS E DEPOIS GASTA-SE NO SUPÉRFULO!

A Câmara Municipal de Olhão e o seu rico presidente já nos habituaram à cobrança em alta das taxas e impostos municipais para depois gastarem em superficialidades.
Depois do Menino dos Olhos Grandes, do Arraul e da Floripes, chega a vez do Cavalo-Marinho. Já está celebrado o contrato para a elaboração da estátua do cavalo marinho e que custa só a módica quantia de 58.551,20 euros, com o IVA incluído. Nada mau para quem está a criar!
A reboque do CCMAR, apresentando-se como um grande defensor do cavalo marinho, tal como no passado o fez do camaleão, o presidente e todos os outros envolvidos escamoteiam a realidade sobre a quase extinção do dito peixe na Ria Formosa, o que não acontece por acaso.
A acentuada diminuição da colónia de cavalos marinhos, que os nossos "amigos" pretendem responsabilizar a captura ilegal, já era reportada muito antes da existência de interesses comerciais associados àquela captura. Devia-se essencialmente aos altos níveis de poluição, que conjuntamente com os ferros das embarcações que fundeavam precisamente no sitio onde existia a maior colónia. As embarcações, sujeitas às variações das marés rodavam e com elas as correntes de ligação aos ferros também, arrancando a seba que era o habitat do cavalo marinho. E sobre isso ninguém quer falar apesar de estar previsto no POOC a criação de fundeadores próprios que permitiam salvaguardar a seba.
No âmbito do POLIS, em determinada altura, e com apresentação no hotel do regime, foi apresentado o lançamento do estudo para estimar a capacidade de carga do tráfego marítimo dentro da Ria Formosa. E das duas uma, ou se cortava nas embarcações de pesca ou na náutica de recreio e como esta está na moda, o estudo abortou. Nem o CCMAR nem nenhuma outra entidade, com responsabilidades na Ria Formosa se pronunciou até hoje sobre o assunto como se as hélices dos barcos também não tivessem impacto, e isto sem falar na poluição que provocam.
A Ria Formosa está poluída fruto dos esgotos directos, particularmente na Zona de Olhão, e pelo mau funcionamento das ETAR pelo que o mau estado ecológico das aguas não seja o melhor para certas espécies, entre as quais o cavalo marinho. E de tal modo, os esgotos directos são tão impactantes, que no Plano para a Aquicultura em Aguas de Transição, que a APA é chamada a pronunciar-se   exclusivamente sobre a Ria Formosa, em termos tais que propõe a criação de uma faixa de interdição de produção de bivalves com uma largura de 400 metros e correspondendo à toda a frente de mar de Olhão.
Se a isto acrescentarmos a área para a criação do santuário do cavalo marinho, daqui a pouco acabam todas as actividades tradicionais da Ria Formosa.
Afinal o que pretende o Pina? Homenagear o cavalo marinho ou em seu nome, criar as condições para correr com pescadores, viveiristas ou mariscadores e substitui-los por marinas  e turismo?

2 comentários:

Anónimo disse...

Mas onde vão colocar a porra do cavalo Marinho, e para é que isso serve?????Mas será que ninguém pára esta loucura, com tanta coisa para fazer em Olhão, pensam em estatuetas para os cães mijarem. Limpem mas é as ruas que deitam um cheiro nauseabundo.

Anónimo disse...

vão colocar o cavalo en frente da porra do hospital perdão da biblioteca, com o nouveaux horaire terão os funcionários bué de tempo para cuidar ele.